quarta-feira, 31 de outubro de 2018

A ineficiência do Governo


Marcos Antonio Dantas de Oliveira[1]

As viúvas da seca - No Sítio Serra da Lagoa II, no município de Santa do Ipanema, distante 210 quilômetros de Maceió, a maioria dos pequenos produtores rurais, depois de perder tudo na roça, viajou para trabalhar como mão de obra barata na construção civil e no agronegócio de Mato Grosso do Sul, conta a agricultora Gildete dos Anjos, mãe de cinco filhos. Ela não sabe quando o marido vai voltar -http://gazetaweb.globo.com/gazetadealagoas/noticia.php?c=330137


O governo Collor extingue a Empresa Brasileira de Extensão Rural/EMBRATERcomo consequência aniquilou o sistema brasileiro de Extensão Rural, deixando a deriva as entidades estaduais de assistência técnica e extensão rural, principalmente as do Nordeste e do Norte. Essa extinção desorganizou o serviço de Extensão Rural nos estados, enquanto agente animador, promotor e impulsionador de prosperidade e de bem-estar - Ademais, está dando êxito as políticas de mal-estar ora em curso. de igual modo continua gerando um passivo social altíssimo para os beneficiários da Lei 11.326, 24 de julho de 2006. Essa desorganização administrativa continua causando danos significativos ao planejamento e a gestão, e ao balanço social das entidades estaduais, aumentando a ineficiência de governo - que despautério! 

Nas duas últimas décadas, a partir do governo de Ronaldo Lessa (1999/2006), que ao sancionar a Lei Delegada, entre outras atribuições, extinguiu os serviços de pesquisa agropecuária e extensão rural, ora executados pela EPEAL e EMATER-AL; e criou a Companhia Alagoana de Recursos Humanos e Patrimoniais/CARHP, que passou a gerir o ativo e passivo das empresas incorporadas, entre as quais a EPEAL e EMATER.

Mas os serviços do setor agrário e agrícola estatal que já vinham enfrentando dificuldades de ordem orçamentária, gerencial – custeios e investimentos em recursos humanos e da máquina administrativa – e política, degradam de vez no governo de Ronaldo Lessa. A Lei Delegada coloca os serviços de pesquisa agropecuária e extensão rural sob à execução direta da Secretaria Executiva de Agricultura, Irrigação, Pesca e Abastecimento/Seagri, via superintendência de ATER, pela cessão de técnicos e administrativos remanescentes da EPEAL e EMATER, que foram incorporados pela CARHP. Adiante, o governo do Estado é pressionado pelas representações dos agricultores e pelo Sindicato dos Trabalhadores do Setor Público Agrícola e Ambiental de Alagoas/Sindagro para realizar concurso público, uma vez que, o quadro de profissionais não dá conta das demandas: da decisão de plantar à comercialização de insumos e produtos, da prosperidade ao bem-estar da família. Não houve avanço na condição de vida dos beneficiários da Lei 11.326, e famílias no governo Ronaldo Lessa.

Em 2002, assume o governo estadual, Teotônio Vilela que continuou sem dá nenhuma atenção dos beneficiários da Lei 11.326 e famílias; por fim, optou por um contrato de outorga de bolsistas. E como resultado dessa opção, o serviço piorou e acelerou o ritmo da ineficiência, e aumentou a precarização da vida desses beneficiários e famílias, e daqueles que ofertam seus serviços à unidade produtiva; e ainda por cima, precarizou o exercício profissional e o salário das profissões envolvidas nesse serviço, por exemplo, pela falta de fiscalização do Conselho Regional de Engenharia e Agronomia/CREA, apesar da denúncia feita pelo Sindagro. Esse atendimento precário é fruto da ineficiência da EMATER e do CREA/AL em cumprirem seus objetivos. De todo modo, a Fetag, a Capial e o Sindagro passam a cobrar do governo do Estado concurso público para o setor agrário e agrícola.


Já no segundo mandato (em 2008), numa reunião promovida pelo governo estadual/Seagri com o Sindagro, Fetag, Capial, Emater/RS, Emater/RN, Emdagro/SE, Asbraer e a Embrapa ficou acertado que uma comissão nomeada pela Seagri apresentaria um relatório propondo qual deveria ser o regime jurídico de uma nova entidade de pesquisa agropecuária e extensão rural que seria criada pelo governo do Estado; e em audiência com o governo do Estado, a comissão apresentou a proposta de uma empresa pública de direito privado como opção. Depois de muito diálogo entre o Sindagro, a Fetag, a Capial e o governo, uma audiência pública convocada pelo deputado estadual Paulão para debater e encaminhar sobre qual seria a melhor opção: uma empresa pública ou uma autarquia. O governo termina por escolher a autarquia. E em primeiro (1º) de dezembro de 2011, o governador Teotônio Vilela Filho sanciona a Lei 7.291, que criou a autarquia: Instituto de Inovação para o Desenvolvimento Sustentável, com o nome fantasia de EMATER, para prestar o serviço de pesquisa agropecuária e de extensão rural. 

E mais uma vez a CARHP passou a ceder os empregados públicos da antiga EPEAL e EMATER; e a nova EMATER continuou com o precário contrato de bolsitas para executar os serviços de pesquisa agropecuária e extensão rural. E de novo a Fetag, a Capial e o Sindagro cobram do governo concurso público; pois, a precarização desse serviço de atendimento aos beneficiários da Lei 11.326 e suas famílias continuou ocasionando danos irreparáveis à unidade produtiva e social, pelo baixo nível de escolaridade; pela jornada não remunerada da esposa e dos filhos; pelo pouquíssimo capital investido; pelo baixo valor dos contratos agropecuários financiados pelos bancos do Brasil e do Nordeste; pela baixa produtividade de todos os fatores; pela queda da renda agropecuária. Mesmo assim começou um processo de demissão em massa dos empregados públicos cedido pela CARHP em 2013. Um governo ruim até em propaganda.

Indubitavelmente, o atendimento precarizou-se ainda mais no governo Renan Filho com mais demissões em massa, que iniciou em 2013 e persistiu até novembro de 2016 com mais de 600 demissões, todos empregados públicos cedidos pela CARHP, com exceção de 03 deles que têm estabilidade sindical, embora outros 05 dirigentes com estabilidade foram demitidos. Há um processo judicial sobre demissão de dirigentes com estabilidade sindical na 2ª instância – 19º TRT. Essas demissões desembocaram em processos judiciais em andamento. E há um passivo de dezenas de milhões de reais para a sociedade pagar por má gestão dos dirigentes da CARHP.

Atualmente a EMATER-AL tem 07 gerências regionais, 73 bolsistas que fazem a atividade-fim, e 50 comissionados que fazem a atividade-meio (EMATER-AL, 2018) - Como essa mão de obra é de alta rotatividade e de baixa produtividade, a ineficiência é alta. E esse pequeno quadro de pessoal e o sucateamento da frota, principalmente, a Seagri (servidores em ritmo acelerado de aposentação) e a EMATER-AL (com bolsitas e comissionados) tão ineficientes que os beneficiários da lei 11.326 continuam em penúria.

Ressalte-se o baixo crescimento Produto Interno Bruto/PIB brasileiro em 2014 (0,5), 2015 (-3,8), 2016 (-3,6) e 2017 (0,5), reduziu o volume de recursos das transferências federais e que impactou negativamente a vida daqueles que sobrevivem de políticas públicas. E Alagoas é um estado que depende dessas transferências; ademais, o “Desempenho da economia de Alagoas é o pior do País” -http://gazetaweb.globo.com/gazetadealagoas/noticia.php?c=328818

Esse baixo PIB gera poucos empregos e rendas baixas com repercussão negativa no bem-estar da população rural de 822.634 mil de habitantes (IBGE, 2010) e dos 110.231 mil estabelecimentos agropecuários de beneficiários da Lei 11.326 (Censo Agropecuário, 2006). E esses beneficiários ainda não se deram conta do desprezo do governo estadual (Renan Filho) pela zona rural e pelo negócio agropecuário familiar face a uma mídia surreal que insiste que está tudo bem -  assista o José Reinaldo: https://www.youtube.com/watch?v=wtdQ3QhG1Ec


Vale acrescentar que políticas públicas como Programa Nacional de Alimentação Escolar/PNAE, o governo estadual não adquiriu um só quilo da produção do agricultor; o programa do leite está sempre com pagamentos atrasados aos agricultores, comprometendo a saúde do rebanho e sua condição social; não emitiu nenhuma receita agronômica para o uso do agrotóxico; a contaminação solos e dos aquíferos, e a irrigação dos cultivos não interessam ao governo, e na EMATER a prática de mitigação de danos à saúde humana inexiste; fez pouquíssimos projetos de custeio e de investimento; apenas, sobram a pouca efetividade do Programa de Aquisição de Alimentos/PAA que adquiriu por R$ 3.353.711,98 produtos de 804 beneficiários da Lei 11.326 até fevereiro de 2018, que distribuiu a 132 entidades beneficentes (EMATER -AL, 2018); a distribuição de pouquíssimos tratores e equipamentos, bem como a distribuição de sementes de feijão, milho e sorgo não garantem aumento de produtividade dos cultivos; não atendem à demanda dos beneficiários da Lei 11.326, é na verdade uma prática cara, clientelista, ineficiente; a emissão de Declaração de Aptidão ao Agricultor/DAP, toma o tempo dos pouquíssimos técnicos. E faz sentido avaliar, corrigir e reprogramar o Fundo Estadual de Combate e Erradicação da Pobreza/Fecoep, pois sua aplicação ainda é  inócua e tem sido aplicado, em geral, em ações que fogem de sua finalidade. Há um acelerado processo de desertificação em cerca de 60% dos municípios alagoanos, um descumprimento ao Código Florestal e das Águas, e da avaliação de aptidão de uso dos solos. E na pauta da Seagri e da EMATER/AL não há nenhuma atividade para barrar ou mitigar esse processo de desertificação -  https://g1.globo.com/al/alagoas/noticia/al-tem-cerca-de-60-dos-municipios-com-risco-de-desertificacao-diz-estudo-ambiental.ghtml

Então, nesses últimos 20 anos, a ineficiência da EMATER-AL continua comprometendo seriamente o atendimento aos beneficiários da Lei 11.326, notadamente aos relacionados ao negócio agropecuário: da aceitação, adoção e geração da inovação tecnológica e/ou organizacional; como consequência, estes não conseguem manter suas famílias em suas unidades geográficas e, sem as condições sociais e econômicas necessárias para usufruir de bem-estar pelos bens primários observados por Oliveira (2010) – individualidade, liberdade e posse, não asseguram sua reprodução; e assim, migram para as cidades, onde passam a viver na informalidade, no submundo do crime. E a ineficiência da Seagri e da EMATER-AL continua em ritmo acelerado porque o governo estadual é refratário em cumprir os objetivos fundamentais da República Federativa do Brasil: Artigo 3º: “I – construir uma sociedade livre, justa e solidária; II – garantir o desenvolvimento nacional; III – erradicar a pobreza e a marginalização e reduzir as desigualdades sociais e regionais; IV– promover o bem de todos, sem preconceito de origem, raça, sexo, cor, idade e quaisquer outras formas de discriminação.”

Essa ineficiência do governo estadual em suas atribuições constitucionais é confirmada pelo Ranking de Eficiência dos Estados da Folha de São Paulo (2018) -https://www1.folha.uol.com.br/remf/, que numa escala de zero a 1: o estado de Alagoas tem nota geral baixa, mas tem nota boa quanto a gestão fiscal, e vem aumentando à arrecadação de impostos, mas não sua distribuição - a Seagri e a EMATER-AL não são beneficiadas pelo governo estadual, o que alavancou a ineficiência com repercussão muito negativa no atendimento às demandas dos beneficiários da Lei 11.326. Portanto, o baixo número, a baixa presença, e o baixo grau de envolvimento desses beneficiários e suas representações e das representações do serviço de pesquisa agropecuária e extensão rural nas audiências públicas de qualquer natureza dificultam o acesso aos benefícios resultantes dos encargos e da cooperação social, não garantindo-lhes o usufruto dos "bens primários" observados por Oliveira (2013).

Sobretudo porque o lugar rural como espaço público, é um lugar de baixa participacão cidadã e liberdade individual. Não é um lugar de exuberância da (de) vida para os rurícolas, os beneficiários da Lei 11.326; é o lugar da imobilidade social; aliás, é o lugar onde é vigorosa a multidimensionalidade da pobreza econômica, da pobreza social, da pobreza ecológica e da pobreza política – “Alagoas, 201 anos: População luta para sobreviver em meio à fome e o desemprego” - http://alagoasbrasilnoticias.com.br/2018/09/16/alagoas-201-anos-populacao-luta-para-sobreviver-em-meio-a-fome-e-desemprego/

É público e notório que o baixo exercício da cidadania dos beneficiários da Lei 11.326, e dos empregados e servidores públicos do serviço de pesquisa agropecuária e extensão rural – e das entidades federais, estaduais, municipais e distrital - comprometem as políticas públicas que objetivam alavancar as visões de futuro, as missões, os objetivos, as ideias de negócio, as propostas de valor, e os balanços sociais dessas entidades. Aliás, quaisquer avanços para melhoria do bem-estar do beneficiário da Lei 11.326 e daqueles que fazem o serviço de pesquisa agropecuária e extensão rural passam, sobretudo, pelo exercício da liberdade individual e da cidadania, e pela participação em rede das representações desses beneficiários, das organizações patronais e da Federação Nacional dos Trabalhadores e Trabalhadoras da Assistência Técnica,  Extensão Rural e da Pesquisa do Setor Público Agrícola do Brasil/FASER (e seus sindicatos e associações) nas audiências públicas de Conselhos e de Casas Legislativas nacionais, estaduais, municipais e distrital que tratem da complexidade de assuntos e ações que potencializem e alavanquem o Plano Plurianual/PPA, a Lei de Diretrizes Orçamentárias/LDO e a Lei Orçamentária Anual/LOA; essas audiências, principalmente, as do Congresso Nacional, dialogam, encaminham e definem a maioria dos recursos de custeio e investimentos destinados ao negócio agropecuário: associativismo, crédito rural, pesquisa agropecuária e extensão rural, reforma agrária, preservação e conservação dos bens naturais, moradia, saneamento básico, segurança alimentar e pública, seguridade social, concurso público e capacitação, outras políticas públicas de bem-estar, e a criação de sistemas: um para dar conta das entidades estatais estaduais; o outro um sistema nacional de ATER das entidades estatais e não estatais: agrária, agrícola e ambiental; outra função relevante dessas entidades é fazerem lobbies junto aos congressistas, deputados estaduais, distritais, e vereadores para aprová-las.

Entre tantas ferramentas de intervenção em atos e processos, decerto que, as audiências públicas em Alagoas, por exemplo, de tão poucas frequentadas e com baixo grau de envolvimento das representações: dos beneficiários da Lei 11.326; dos empregados e servidores públicos, e dos empregadores públicos do serviço de pesquisa agropecuária e extensão rural nas audiências nem potencializam, nem alavancam o PPA, a LDO e a LOA, e outras de qualquer natureza, são atuações pífias devido ao sistema de valores que opera por inércia e por consciência dos envolvidos, o medo de atravessar o espaço familiar da casa em direção ao espaço individual da rua (DAMATTA, 1997); e assim inviabilizam e ou aniquilam a ideia do negócio e o balanço social pela falta de planejamento e gestão estratégica para uso dos bens naturais, dos bens de capital, do capital humano e da eficiência de governo; essa prática não lhes assegura o bem-estar pelo usufruto dos "bens primários" (OLIVEIRA, 2013).

Portanto, essa pífia atuação das entidades nos Conselhos e nas Casas Legislativas tem intensificado a ineficiência do serviço de pesquisa agropecuária e extensão rural de Alagoas, que continua não promovendo nenhuma garantia de minimização do fluxo de migrantes; da opção de sua permanência na unidade geográfica, social e produtiva; da segurança alimentar, e da sociedade em geral; da implementação de inovações tecnológicas e organizacionais; de danos ambientais e de processo de mitigação; da criação de mais empregos diretos e indiretos, no campo e na cidade; de poder ajudá-los a aumentar a produtividade, a renda, a mobilidade social; da melhoria no grau de coesão social no campo e na cidade; o estado de Direito; e do bem-estar.

Sobretudo que as representações dos beneficiários da Lei 11.326, as representações dos empregados e servidores públicos e as entidades patronais do serviço de pesquisa agropecuária e extensão rural perseverem nas suas atribuições para garantirem que o Desenvolvimento Sustentável se realize como conceitua Oliveira  (2013) – um processo em rede dialética compartilhada pelo indivíduo e suas categorias [conflitos e alianças] ao preservarem e ao usarem os recursos naturais e os tributos [planejamento, gestão, ideia de negócio] transforma-os em bens e serviços [proposta de valor]: do autoconsumo ao mercado, da renda ao bem-estar pelo usufruto dos bens primários: individualidade, liberdade, posse, confiança e felicidade, intra e intergeracional".

Com o Tema Extensão Rural e Cidadania, a FASER contando com a presença de 450 associados-extensionistas de todo o Brasil, que ora representando suas entidades estaduais afiliadas levantaram, debateram, potencializaram e  encaminharam soluções para a defesa, proteção e reivindicação de seus interesses e de suas entidades; bem como a criação do sistema nacional de Ater e do seu balanço social. A FASER realizou com êxito o XIII CONFASER, nos dias 26 a 30 de novembro, em Guarapari/ES - Aplausos para o extensionista, neste 06 de dezembro!! AVANTE FASER!!





[1] Mestre em Desenvolvimento Sustentável, engenheiro agrônomo, professor da Universidade Estadual de Alagoas/UNEAL, membro da Academia Brasileira de extensão Rural/ABER, dirigente Sindical do Sindagro, articulista da tribuna Independente de Alagoas, blog: sabecomquem estafalando.blogspot.com

32 comentários:

  1. Bem elaborado texto sobre a situação precária da Emater, parabéns. Vânia

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  2. Você deixa claro a importância do exercício da cidadania nos conselhos e audiências públicas, instâncias tão desprezadas pela sociedade. Marcelo

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  3. Esclarecedor sobre o por quê da má gestão governamental. Roberto

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  4. A Seagri praticamente não tem mais ninguém do quadro efetivo, mesmo comissionados são poucos para dar conta das atribuições da Seagri. Petrúcio

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  5. Eu nunca fui qualquer uma dessas audiências públicas. Vou melhorar minha atuação. Jason

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  6. Prezado Marcos Dantas, você foi muito feliz na narração dessa cronologia que cristaliza todo o processo de desmonte do setor público agricola em Alagoas, o que mais me impressiona é a Cegueira política dos beneficiários desses serviços públicos, que mesmo padecendo com o descaso dos vários governos que têm se seguido, continua se deixando levar pela falácia e a propaganda enganosa dos gestores públicos.

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  7. E as colocação do Neto complementa esse descaso com o campo. Alcides

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  8. Governos de discursos surreais. Angela

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  9. A prática governamental clientelista de distribuir sementes, é inócua e cara à sociedade. O agricultor quer o financiamento e não esmola. Cássio

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  10. Um dos grandes descasos com a agricultura do país foi sancionar a Lei Delegada 11.326, entre outras atribuições, extinguiu os serviços de pesquisa agropecuária e extensão rural, e teve como resultado dessa opção, piora no serviço e acelerou o ritmo da ineficiência, aumentou a precarização da vida do beneficiário.
    E assim nos últimos 20 anos, a ineficiência da EMATER-AL continua comprometendo seriamente o atendimento aos beneficiários da Lei 11.326, a falta da aceitação, adoção e geração da inovação tecnológica ou organizacional, como consequência não conseguem manter suas famílias em suas unidades geográficas e, sem as condições sociais e econômicas necessárias para usufruir de bem-estar pelos bens primários como, autoestima, imaginação, inteligência, confiança, liberdades fundamentais, disposições sociais saúde, educação, renda, riqueza, deveres e direitos não asseguram sua reprodução, com isso migram para as cidades, onde passam a viver na informalidade, no submundo do crime.

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  11. É de entristecer o descaso da administração quanto ao desenvolvimento agrário do estado. É sabido que vem do agricultor familiar a maior parte dos suprimentos alimentares que mantém funcionando o mercado de alimentos. Ver a cada ano os incentivos sumindo e os problemas aumentando, com sucateamento de órgãos públicos e a precarização do atendimento aos agricultores nos faz pensar sobre o papel que os gestores andam exercendo, e qual deveriam exercer. Parabéns por levantar a reflexão professor Marcos.

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  12. A administração não mostra interesse com o desenvolvimento agrário, o que causa grande tristeza, pois nao levam em conta que é apartir dela que o agricultor mantem vivo o mercado de suprimentos.

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    1. A administração não mostra interesse com o desenvolvimento agrário, o que causa grande tristeza, pois nao levam em conta que é apartir dela que o agricultor mantem vivo o mercado de suprimentos.

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  13. Através desse texto, podemos perceber a importância do exercício da cidadania nas audiências públicas e o motivo da má gestão do governo. É uma pena que a sociedade não busca fiscalizar mais o governo para que então, ele (o governo) se sinta pressionado pelo povo a agir de uma maneira que beneficie a população.

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  14. No Brasil quando se fala em Agronegócio ou Agricultura familiar sempre temos a sensação da historia de oportunidades perdidas.
    Em um Estado que a agricultura familiar é presente se faz necessário o uso de uma modernização e que tenham objetivos tantos produtivos quantos sociais e claro ambientais.
    Cabendo aos nossos governantes e entediardes a conscientização de que esses trabalhadores rurais precisam e necessitam de um bom projeto de financiamento para poder alavancar aquilo que foi retirados deles.
    Aluna: Thainã Guimarães de A.Ramos - 6ª Período de Adm. de Empresas - UNEAL.

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    1. Entra ano e sai ano, mas a precariedade e a ineficiência do governo continua. Infelizmente, a falta de concursos públicos afeta diversas áreas do Estado, uma delas, citada no texto, é gestão de meio ambiente e agronegócios. Um dos grandes problemas apresentados, é essa carência nos concursos. É uma pena, quando inúmeros profissionais capacitados não têm oportunidade de exercer sua profissão e de fato gerir o negócio com eficiência e ética. Por outro lado, a gestão pública é afetada com poucos profissionais para tanta demanda. Não podemos permitir que essa situação continue.

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  16. Analisando o texto podemos perceber o descaso do governo em relação ao agronegócio, que vem de certa forma, sofrendo as consequências de um governo ineficiente e que não cumpre com o combinado. Dessa forma, o agronegócio vem percedendo seu espaço e as familias sustentadas por ele, perdendo sua qualidade de vida. Fernanda Lira

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  17. De acordo com o texto percebe- se a falta de interesse e de importância que o gorverno dar para o agronegócio. A Administração é ineficiente, causando assim, um retrocesso, ou seja, uma INVOLUÇÃO para o agronegócio brasileiro.

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  18. O desenvolvimento agrário tem sofrido com o descaso administrativo do estado, um setor tão importante e indispensável na vida de todos, além de alimentar a sociedade, funciona como mercado, onde geram lucros a produtores rurais, mas que infelizmente vem sofrendo com a falta de apoio e incentivos de órgãos públicos, se faz necessário uma cobrança maior da sociedade aos administradores públicos para que haja incentivos e apoio financeiro, além de investir mais em projetos de sustentabilidade e cuidado com o meio ambiente.

    Nathalia S. L. dos Santos - 6º Período de Administração - UNEAL.

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  19. Alagoas continua com os piores indicadores socioeconômicos devido a falta de sensibilidade dos gestores para com a população, claramente perceptível no artigo, em que ao longo dos anos, agricultores e seus familiares são massacrados com a falta de incentivos de políticas publicas voltadas para esse segmento.
    Karina de O. Vilela - 6° Período - Uneal
    Administração de Empresas

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  20. O que percebemos é um completo descaso com os agricultores, o governo de Ronaldo Lessa foi um completo desastre para os agricultores, mesmo após a nova gestão assumir, os agricultores continuaram sem atenção e o que já era ruim, piorou e continuou esse declínio mesmo no governo de Renan filho. O Estado, trata a agricultura como algo sem importância e parecem não se dar conta de quanta riqueza aquelas famílias prejudicadas podem gerar ao Estado e até mesmo ao país. Uma coisa prejudica outra e podemos ver o reflexo da má gestão no PIB, sendo Alagoas, o pior do país. A pobreza leva à procura por uma condição melhor e o êxodo rural é algo comum, pois sem tem como sustentar suas famílias, o ideal é buscar uma nova fonte de renda. A falta de incentivos é notória e deve-se buscar meios urgentes para que os possíveis 60% passiveis de desertificação, não se concretizem.

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  21. O estado de Alagoas por ser um estado pobre, deveria ter mais atenção quanto a agricultura e não é isso que acontece. A agricultura encontra-se largada desde o governo Ronaldo Lessa. É notória a falta de interesse do governo nessa área tão importante que é a agricultura. Os agricultores hoje são massacrados com a falta de apoio. O êxodo rural é muito comum em Alagoas, a maioria dos jovens buscam o estudo como uma maneira de sair da vida precária, muitos saem com a esperança de um dia voltar e levar seus pais. O Agronegócio vem sofrendo cada vez mais resistência por parte da administração, muitos não enxergam como é importante uma boa administração nessas áreas. O governo não percebe mas está deixando de investir numa das melhores áreas que se tem no estado. É preciso urgentemente fazer um plano que vise melhorar e incentivar principalmente os pequenos agricultores. É sem dúvida preciso repensar os planos atuais.

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  22. É de causar sentimentos de insatisfação,indignação e desmotivação da sociedade para com o sistema governamental de nosso estado,Alagoas, a falta de incentivos e apoio, políticas voltadas para o desenvolvimento sustentável e agrário, ao fortalecimento da agricultura filiar, de onde movimenta e muito a economia local, mas que porém vem seindo degradada por estar caminhando de forma lenta, quase fechando as portas... É necessário fiscalização mais produtiva , de cada cidadão e cobrar de nossos gestores medidas que visem ao desenvolvimento local, pois é preciso projetos para manter nossa população em nosso estado, vivendo de forma satisfatória para evitar o êxodo de muitos que não encontram mais em seu território a esperança que acreditava .

    Sidney da Silva Praxedes.
    6° Período de Administração de Empresa. UNEAL.

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  23. Com o texto podemos perceber que no agronegócio brasileiro o nosso governo não dar pouco valor, possui um administração precária, fazendo com que não evolua, como se deveria ser. Alagoas, como o estado mais pobre do Brasil, nesse quesito, precisa de uma atenção maior, uma maior fiscalização por parte de cada habitante. Os pequenos agricultores precisam de apoio, precisa se repensar nos planos atuais voltados para eles, repensados e modificados.
    Gleydson Colatino Veiga 6º Período de Administração

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  24. A falta de compromisso com a agricultura na qual o governo estadual de Alagoas demonstra, durante os últimos anos, com seus cidadãos, é preocupante. Pois sabemos que nossa agricultura é familiar e não se tem muitos incentivos para o seu desenvolvimento. Percebe- se que impedindo os programas de pesquisa e extensão na área, prejudica o que seria uma boa fonte de receita para o estado. Poderiam buscar modelos do centro-sul e adaptar o sistema de agronegócio ao nosso estado, para que assim, consiga desenvolver o interior, os agricultores, e tornar um estado atrativo para investimentos.

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  25. É visivel a desvalorização do governo em relação ao agronegócio, impossibilitando assim avanços necessários. Tratando a atual situação dos agricultores com tamanho descaso, os fazendo conviver com a falta de incentivos para continuar no campo.

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  26. É triste ver que uma pauta tão importante como a Agricultura é tratada sem importância. Talvez se a sociedade se envolvesse mais nos problemas comuns as coisas poderiam ser diferentes. Vanessa

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  27. Como o artigo deixa em evidencia há um grande descaso dos órgãos públicos em relação ao agronegócio,a falta de politicas publicas que incentivem a produção e o cultivo da terra gera inúmeros problemas sociais e ambientais, tais como a migração para outras regiões do pais onde os migrantes estão sujeitos a condições de vida precária o que pode gerar o aumento da criminalização, outro problema está na falta de profissionais capacitados que auxiliem o agricultor no cultivo do solo e no uso de agrotóxicos, essa carência resulta na poluição de mananciais e contribui para o processo de desertificação do solo. Não basta apenas o governo ser eficiente na fiscalização tirando do agricultor o pouco que ele possui, é preciso utilizar os impostos arrecadados em beneficio do agronegócio, pois grande parte do alimento que vai as nossas mesas todos os dias depende disso, precisamos valorizar essa área que é tão importante no nosso estado.

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  28. A ineficiência do governo é notória, de nada adianta criar programas que não serão colocados em prática de forma séria e eficaz. A escolha de não auxiliar aqueles que permanecem no campo em meio ao desemprego em massa atual é de total descaso. Os beneficiários da Lei 11.326 são obrigados a conviver com o despreparo da EMATER-AL, e muitos que não inseridos na Lei, encontram abrigo na informalidade. Os incentivos somem e os problemas só tendem a aumentar. A falta de concursos públicos e de investimentos afeta a eficiência, e mesmo em meio a tantas desvantagens e falta de incentivos em relação ao agricultor, parece que nada realmente está de fato sendo feito. É visível a desvalorização do governo em relação ao agronegócio, impossibilitando assim avanços necessários. Tratando a atual situação dos agricultores com tamanho descaso, os fazendo conviver com a falta de incentivos para continuar no campo.

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  29. O que se esperava com a criação da Lei 11.326/2006 e a instituição do PRONAF que em suma promovia o desenvolvimento sustentável do seguimento rural constituido pelos agricultores familiares de modo a oportunizar-lhes o aumento da capacidade produtiva e geração de empregos e melhoria da renda. Daí vem o governo Collor e o desmantelamento por completo do sistema Brasileiro de extensão rural e com isso todas as mazelas que seguem até os presentes dias, em que se ver o homem do campo sem assistência, a mercê da própria sorte.

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  30. A cada novo governo que é iniciado, surgi com ele também a esperança que será dado a devida importância e soluções plausíveis para muitos casos esquecidos, abandonas, degradados pelo governo anterior. Mas então o que seria o começo se torna o exício de muitos, aquilo que era motivo de estímulo se torna uma sina. De modo que aqueles que lutaram fervorosamente por uma causa vão perdendo o ser fervor até chegar certo ponto que não se luta mais por aquilo que acreditava, deixando os políticos e os gestores dos órgãos que deveriam exercer seu dever para preservar e garantir o sucesso de alguns departamento e causas, no conforto, a chegar o ponto de achar o que eles jugam ser digno de sua atenção o que é importante para eles não o que seria relevante para a população.

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