domingo, 30 de setembro de 2018

Em 2018

Marcos Antonio Dantas de Oliveira

É atualíssimo falar com Zaratustra [Nietzsche] e ouvi-lo dizer: "Mas dizei-me, irmãos, se falta objeto à humanidade, não é porque ela mesma não existe?".

De maneira que, ”A pressão da sociedade sobre o indivíduo pode voltar, sob uma nova forma, a ser tão grande quanto nas comunidades bárbaras, e as nações irão se vangloriar, cada vez mais, de suas realizações coletivas em detrimento das individuais”, diz Russel (2002). 

No Brasil: há uma cidadania na casa sob influência da família (amizades e favores), uma cidadania na rua sob influência mundana (direitos e deveres), e uma cidadania religiosa sob influência do outro mundo (penitências e obediências). Esses códigos estão institucionalizados na nossa intensa e densa vida pessoal – e as nuances e evidências transbordam nessa eleição, por exemplo.  
   
E nesse caos, é que se forjam líderes capazes de usarem a autoridade que: “é o controle ou influência sobre o comportamento de outros para a promoção de  metas coletivas, com base em alguma forma verificável de consentimento destes outros em razão de estarem informados da situação” [Bernardes citando Buckley, 2009] rumo à prosperidade e ao bem-estar. Mas, onde estão os líderes?

Sobretudo, “Será que a natureza da atividade de pensar, o hábito de examinar, refletir sobre qualquer acontecimento, poderia condicionar as pessoas a não fazer o mal? Estará entre os atributos da atividade do pensar, em sua natureza intrínseca, a possibilidade de evitar que se faça o mal?", comentou Arendt (2008).

E nos leva a considerar que, “O homem desacomodado não é mais do que um pobre animal, nu e dividido” [Rei Lear/Shakespeare]. E esse vazio é potencializado, porque o voto, ora é um exercício da cidadania, ora é uma mercadoria porque a pessoa reage por medo, e assim, simplifica os problemas mediante a oposição entre Nós e Eles. O que tem "consequências devastadoras sobre a (in)capacidade de lidar com as múltiplas crises que envenenam nossas vidas: a ruptura da relação entre governantes e governados. A desconfiança nas instituições, em quase todo o mundo, deslegitima a representação política e, portanto, nos deixa órfãos de um abrigo que nos proteja em nomes do interesse comum”, afirma Castells (2018).

É no locus da política [e nas audiências públicas, principalmente as do: PPA, LDO e LOA] que se debate o controle dos recursos naturais, dos tributos e das políticas públicas [distributivas, redistributivas, reguladoras]; das incertezas social, econômica e ecológica; das liberdades fundamentais; dos negócios privados e públicos, individuais e coletivos; dos princípios da Administração pública; do bem-estar para além do viés normativo e ideológico. Todavia, o controle e o uso dos bens naturais e dos tributos, tal como os encargos e os benefícios da cooperação social estão sob a guarda do ‘príncipe’; e essa é uma das razões do Estado, enquanto uma associação de iguais, não ter um Projeto de Desenvolvimento Sustentável. De modo que, “A humanidade, nessa Terra, não pode estar reconciliada com ela própria enquanto o luxo de alguns insultarem a pobreza de quase todos”, afirma Aron (2016); essa reconciliação está na justa medida entre a falta e o excesso das virtudes anunciadas por Aristóteles,

Uma vez que, é pelo exercício do estado de direito que as instituições inclusivas políticas "asseguram a ampla distribuição do poder e restringem seu exercício arbitrário.", e essas, quando econômicas "geram uma distribuição mais equitativa de recursos, facilitando a persistência de instituições políticas inclusivas", descrevem-nas Acemoglu e Robinson (2012).

Ademais, a raiz da crise de legitimidade entre os políticos e os cidadãos está na crise da democracia liberal e seus ganhadores e perdedores, porém, não é uma rejeição a democracia, enquanto, sistema de relações sociais que depende para sua estabilidade das mentes dos cidadãos nos ambientes e arranjos institucionais ou não, e que necessita de governança e de governabilidade eficazes para solucionar os agravos ao bem-estar -  

Dito isso, Arendt (2018) afirma: “o maior mal perpetrado é o mal cometido por Ninguém, isto é, por um ser humano que se recusa a ser pessoa” – Nós e Eles – Porque fazemos o que fazemos? Essa prática está em viés de alta nessa eleição.

Desde sempre, Nós e Eles estão presentes na vida das pessoas. Pois bem, no século XVI, La Boétie, ressaltou que o eleito “considera quase sempre o poder que o povo lhe conferiu como devendo ser transmitido a seus filhos; bem como escreveu Maquiavel: “aquele que promove o poder de um outro perde o seu...”. Essa complacência é um padrão “derivado da subordinação social e política”, diz Zander (2014), que continua aniquilando à cidadania, e os agricultores familiares são vulneráveis demais a esses males e essas crises.

Por isso, Rousseau em 1762, argumentou para que serve o governo – “o ato que institui o governo não é, de forma alguma, um contrato, mas uma lei, que os depositários do Poder Executivo não são os senhores do povo, mas seus funcionários, os quais pode ele designar ou destituir quando lhe agradar, que não se trata para eles de contratar, mas de obedecer e que ao se encarregarem das funções que o Estado lhes impõe nada mais fazem do que cumprir seu dever de cidadão sem ter, de modo algum, o direito de questionar as condições”. 

Desde sempre, Nós e Eles, estão presentes na nossa casa, na nossa rua; nas coisas do outro mundo, é uma complexa relação social afastada do equilíbrio da (e de) vida, que é retroalimentada pelo ausente controle social. Daí é vital o controle social para garantir à prosperidade pelo usufruto dos bens primários propostos por Oliveira (2013): individualidade, liberdade, posse, confiança e felicidade para promover o bem-estar.

Decerto que, Nós e Eles, cabem muito bem no comentário de Arendt (2008) - "Será que podemos detectar uma das expressões do mal, qual seja, o mal banal, como fruto do não-exercício do pensar?" De modo que, o exercício do agir entre cidadãos livres e iguais, a ética da cidadania, se dá na rua, daí a significância do VOTO que é individual e secreto. Mas na rua estamos sós! Aí escolhemos agir como pessoas e suas redes de relações domésticas, a ética do compadrio e a ética do outro mundo, onde o VOTO é desigual e relacional – pois em casa estamos
juntos - clique e leia a opinião de Zander:   


O que podemos aprender, desprender e reaprender com essas escolhas rumo ao bem-estar? Como queremos ser uns com os outros? Quem somos? 





42 comentários:

  1. Bem oportuno, necessário e muito reflexivo nesse período eleitoral. Toninho

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  2. Revela como o nosso exercício da cidadania é tão pífio. Hugo

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  3. O texto nos mostra quão pobre é essa discussão do nós e eles, parabéns. Graça

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  4. É um boa reflexão sobre o voto e a democracia. Jason

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  5. Quanto precisamos filosofar para avançar em vida digna. Ana

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  6. Que força tem as palavras de Arendt. Otávio

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  7. O texto nos faz pensar fora da caixa, parabéns. Claúdia

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  8. Pela lucidez, parabenizo-o. Stella

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  9. A significância do voto precisa ser exercida por todos nós. Roberto

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  10. O ponto de vista levantado por você sobre a influência da casa, da rua e do outro mundo está tão presente messa eleição que mal vemo-o. Estou recomendando a outras pessoas. Oto

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  11. Contudente para entender o nosso não exercício de cidadania. Maria

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  12. O seu texto e o texto do Zander são oportunos. Márcia

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  13. Ótima reflexão!
    É interessante notar essa dualidade do voto: ora exercício de cidadania, ora uma mercadoria.
    Essa mercadoria é, ao mesmo tempo um reflexo do "jeitinho" e da imensa desigualdade. Desigualdade porque o voto torna-se, mesmo que momentaneamente e a cada dois anos (eleições municipais e presidenciais), uma forma do sertanejo enganar sua vulnerabilidade social.

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  14. Exatamente, nós devemos compreender de maneira mais ampla, o verdadeiro significado do voto, de que o mesmo, não é apenas um exercício de cidadania, e que sim através dele muita coisa pode-se mudar no país. Infelizmente a sociedade brasileira tornou-se cada vez mais um povo alienado, e incompreendem que a desigualdade social existente não é apenas culpa do 'príncipe' mas sim também do 'dominado' que aceita como uma criança 'inocente' o pouco que lhe é oferecido.


    Dayrane Rose - Pós graduanda em Tecnologias e Inovações em Sistemas Sociambientais

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  15. O texto leva em consideração dois tipos de voto, como cidadao ou como mercadoria.
    Insere-se neste contexto a ampla desigualdads,desigualdade relacionada a instabilidade do voto,pois a cada dois anos presencia-se a vulnerabilidade social.Logo, é fundamental uma reflexao social, para que ideologias e questionamentos sejam levantados pela sociedade, planieando as tomadas de decisões.

    Pós graduanda em Tecnologias e Inovações em Sistemas Sociambientais- Elice Lira

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  16. Esse Texto é algo que nos leva a refletir melhor sobre o peso que existe no simples fato de votar! Diante desse cenário conturbado, que foram as eleições de 2018; eu gostaria de enfatizar a "pseudo-neutralidade" dos indivíduos que se orgulham por estarem votando em Branco. Ao meu ver, votar em branco, é deixar de trazer uma responsabilidade que pertence a você, e lançar essa responsabilidade para as mãos de outros. Portanto, de qualquer forma alguém precisa ser coerente e fazer na maioria das vezes uma escolha que nem sempre será a mais assertiva, e as consequências recairão para a coletividade.
    Thiago da Silva Barros
    Pós-graduando de Tecnologias e Inovações Socioambientais.

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  17. O voto é um direito conquistado mais é muito comum ouvirmos que todos os políticos são iguais e que o voto é apenas uma obrigação. Muitas pessoas não conhecem o poder do voto e o significado que a política tem em suas vidas. Por essa razão o voto é comercializado, e o verdadeiro sentido do voto que é exercer o poder da cidadania não é cumprido e a maioria da população sofre com isso. Os políticos ao comprar voto irão defender o que for conveniente a ele, mais se o voto for consciente a população tem poder de cobrar que os projetos aprovados sejam para melhoria da sociedade.
    Pós graduanda em Tecnologias e Inovações Socioambiental
    KELLY JANE

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  18. É interessante esta reflexão, pois os eleitores muitas vezes acaba por esquecer desse detalhe que o voto é individual e secreto e não relacional e aberto como é citado no texto acima. As pessoas vivem de certa forma presas a favores de representantes políticos e acabam por não cobrarem de seus representantes que seus deveres sejam exercidos.E que os eleitores tem a obrigação de fiscalizar o trabalho exercido de cada um deles e que deve deixar de lado os compadrinhos para que a democracia seja de fato exercida.

    Pós-graduanda em Tecnologias e inovações socioambientais.
    Leiliane P. Venceslau

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  19. O texto, é bastante significativo para refletirmos sobre nosso papel como cidadãos, que detemos de uma força tal, que podemos provocar mudanças para o nosso bem-estar: social, econômico e ambiental, se assim escolhermos fazermos o que nos cabe como parte desse cenário. Nossa sociedade, está cada vez mais, sendo afetada negativamente das mais diversas maneiras, necessitando de um novo horizonte, para enxergar o poder que tem es suas mãos de mudança; visando o bem-estar de todos de fato de fato e de direito, garantindo assim o desenvolvimento sustentável.

    Pós-graduando em Tecnologias e Inovações em Sistemas Sócio-Ambientais

    Fabiony Alves Pereira

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  20. O texto é rico de informações que parecem "arcaicas", mas que se adaptam muito bem nos tempos atuais. nos levando a pensar não só no valor do voto em nossa individual opinião, onde certas vezes é utilizado para saciar apenas nosso bel-prazer, mas também no seu peso para toda uma sociedade. Talvez o que falte ao homem é informação de qualidade para que o mesmo entenda melhor qual o papel do "Nos" e "eles" e principalmente que o homem saiba valorizar o que com tanto esforço foi conquistado e aprender a ter uma visão mais ampla das necessidades do meio em que vive.

    Wallisson Raimundo de Oliveira

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  21. Pode-se ver que, no texto descrito deixa claro o valor da informação e da importância na tomada de decisão quando se trata do seu VOTO, deixando explicito que a partir do momento que você confia seu VOTO nas mãos de um representante legal, ele por direito tem nas suas mãos o poder de tomada de decisão, ou seja, aquele que não toma para si o compromisso de sua escolha democrática perante os demais não terá o direito de criticar atos que foram tomados pelo representante escolhido democraticamente. O VOTO tem um peso muito visto para toda comunidade e em diferentes localidades, e por conta desse peso não é aceitável que seja usado de maneira incorreta, impulsiva ou até mesmo como mercadoria, pois os reflexos dessa má utilização por falta de conhecimento será refletido mais adiante para todos.

    TIAGO DE ALMEIDA LEITE

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  22. O artigo trata muito bem da situação política em que o país se encontra, uma vez que o VOTO perdeu o seu valor e se tornou algo para vender ou deseperdiçá-lo votando em quaisquer, mesmo sem ir atrás do que é defendido pelos candidatos. Um país em que ofender o outro lado ideológico ou social se tornou mais apreciativo do que observar suas ideias e entendimentos. E qual a consequência de votar pensando apenas em si prórprio e não no geral? São eleitos pessoas que não tem nenhuma responsabilidade com os eleitores e os tratam como se fossem seus subordinados, aprovando inúmeros projetos e leis que não beneficia aqueles que estão nas camadas mais baixas das pirâmides sociais. É importante salientar e conscientizar à todos que não basta apenas analisar seu lado ideológico e sim toda a trajetoria e ética, para que não sejam eleitos pessoas que não se importam e tomam decisões pensando apenas em si mesmo. O Brasil precisa de pessoas que pensam em todos e não de pessoas presas as crenças ideológicas, religiosas e entre outros.


    JOÃO MARCELO NUNES DOS SANTOS

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  23. Nota-se que grande parte da população não sabe discenir as informações que lhe são expostas, e nesse contexto acaba por desperdiçar o poder que tem mãos por meio do seu voto. Ficam vulneráveis as escolhas muitas vezes devastadoras para os menos favorecidos, o Brasil tem suas tomadas de decisões embasada em diversos aspectos: religiosos, ideológicos, por gêneros e isso atrapalha as tomadas de decisões. Ainda não temos muitas pessoas que saibam valorizar seu poder e suas necessidades.


    Júlio César Pereira Nunes

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  24. Evidencia-se a importância da informação real e congruente, para se ter argumentos e atitudes eficazes na tomada de decisões, o Voto, bem como, esta ação de votar demonstra isto. O conhecimento acerca do que é real, refletido na significância do alcance e consequências de nossas ações validam a relevância e seriedade das mesmas. Permitindo abranger mais que nossos interesses e desejos, enxergando o conjunto como um Todo, o que atualmente ainda está disperso e equivocado. Mas acredito, que proporcionando e propondo o interesse pelo saber crítico e coerente agir, possa-se reverter esta situação.

    Quitéria Nice Lima da Paz

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  25. Fica evidente que a sociedade precisa de líderes, nos mais diversos ambientes sociais, não sendo diferente na administração de uma nação. Porém há de saber que em nosso sistema de governo todos os "líderes" são representantes do povo e devem governar para o povo e não em privilégio de uma minoria, podendo o cidadão destitui-los do poder quando esses não mais beneficiam a coletividade.
    São necessárias pessoas que governem independente de viés ideológico, político ou religioso e tome decisões que de fato será o melhor para a maioria.

    Evandro Santos e Silva

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  26. Política, um dos assuntos apontados no texto, algo importante que envolve todos os membros de uma nação. E por abranger tantos interesses, individuais e coletivos, é imprescindível a formação de pensamentos críticos, que possam ser colocados em prática de forma eficiente num momento de tanta representatividade como o ato de votar. Todavia, é perceptível, ainda, a necessidade de construção destes seres que não se deixem alienar, muito menos que caiam no “voto do cabresto”, seres reflexivos que exerçam seus direitos de forma consciente e coerente.

    Leticia Monteiro de Oliveira

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  27. O texto nos faz repensar sobre a responsabilidade que temos ao votar. Nosso voto tem não tem preço, tem consequência. Nossas escolhas irão refletir no futuro. A sociedade precisa passar por uma reeducação, precisa pensar, ler, ganhar cada vez mais conhecimento e esquecer de uma vez essa "cultura" de usar o voto como moeda de troca. Assim seremos uma sociedade com um senso critico, uma sociedade que sabe os seus deveres e que luta por seus direitos. Não podemos deixar que a politica suja continue em nosso pais, em nossa história. Somos seres pensantes e capazes de fazer escolhas, não podemos fechar os olhos para o que acontece em nosso país.

    Ester Larisse Oliveira Costa

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  28. A ilusão que a pequena parcela detentora do poderio nos impõe, faz com que fiquemos alienados numa eterna ditadura disfarçada de democracia, onde nossas opiniões e desejos são nitidamente sufocados pelo regime atual, onde os "poderosos" fazem valer apenas seus anseios e sugam a energia e os direitos sociais.

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  29. Eles, os "poderosos", devem agir de maneira a beneficiar a sociedade, todavia, não é exatamente isso que ocorre. A carência, a má distribuição de riquezas, e a miséria assolam o meio social, enquanto eles encontram-se num estado abastado e egoísta.
    Devemos dignificar nossa representatividade no meio social, fazendo valer o voto que nos é confiado, cobrando atitudes sensatas e dizendo não à corrupção tão enraizada nesta nação.
    Nadja Santos

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  30. O texto nos retrata claramente realidade atual do pais em wuestaq da importância e valor do voto. Ferramenta de grande relevância para exercício da democracia, o voto em dias atuais perdeu sua essência e transformou-se apenas no cumprimento de uma obrigação, as pessoas não se importam em 'vender' sei exerxexer de cidadania e acabam por se tornar vítimas do abuso de poder de quem elegeram. Seria necessário uma 'regeneração' na sociedade a fim de mudar esta realidade, partindo da reeducação de gerações menores para que em um determinado tempo possamos enxergar a recuperação do verdadeiro valor do voto.
    - Anne Bomfim, 3° periodo ADM

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  31. Primeiramente, NÓS, temos que entender o papel e a suma importância do que é cidadania, nada mais que ter consciência de quais sãos os nossos direitos e obrigações e lutar para que sejam colocados em práticas e também a participação ativa nas questões sociais, civis e políticas. Mas se NÓS, não entendemos e não participamos, como podemos eleger bons líderes, como poderemos lutar por melhorias e principalmente ser o elo mais forte em busca do que é nosso? O caminho para que ELES sejam os nossos bons líderes, começa na educação, na saída do comodismo, na inconformação, na união de pensamentos, no conjunto coletivo, com uma sociedade ativa, onde haja reflexão e vontade de lutar pelo nosso bem e pelo bem do nosso próximo. ELES, são poucos em comparação a NÓS. Não podemos continuar parados, como aquela velha frase de Marquês de Argenson, em 1751. "Deixai fazer, deixai ir, deixai passar, o mundo vai por si mesmo". É preciso não deixar fazer e não deixar que essa situação política, social e civil continue a beirar o caos. Com conhecimento e união somos mais fortes!

    Thalita Gabriela Evangelista Santos

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  32. Uma ótima reflexão para o momento que estamos vivendo.A população já não confia nos governantes,porem temos a obrigação de eleger alguém para nos representar.
    Estamos tão acomodados com essa política suja que prioriza uma minoria que não fazemos nada a respeito, diante desse quadro temos que ganhar conhecimento e lutar pelos nossos direitos e ir a luta para que vivamos todos com conforto e qualidade de vida.
    Ana Carolina Araújo Magalhães

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  33. É interessante levar essa reflexão adiante, tendo vista que o voto é um ato democrático de alta relevância para o futuro do país. O artigo retrata claramente a nossa situação política atual e nos leva a refletir sobre a importância do papel do cidadão na sociedade. Direitos e deveres devem ser exercidos para que haja um país melhor, levando em consideração um forte instrumento de mudança política e social: o voto consciente. Desse modo não seríamos alvos fáceis da corrupção enraizada na nossa pátria.

    Lucas Soares Pereira - ADM

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  34. 2018, ah se este fosse o ano dividor de águas entre um passado caótico e uma nova visão de mundo, isto é, mumida de transformações desruptivas. Essa realidade, no entanto, está longe de acontecer no Brasil aonde há muito tempo se estabeleceu uma espécie de coronelismo político, este que é disfarçado de democracia, ao passo que o poder sempre é repassado para um ente familiar capaz de fazer pendurar esse prática. Nesse sentido, é notório que ao invés de fazer jus ao nome democracia que etimologicamente do grego significa governo do povo e para o povo, é colocado sempre os interesses pessoais acima do coletivo, demostrando, desta forma que o individualismo impera sobre o ser humano reverberando para diversas áreas da vida, tornado-o incapaz de perceber que de nada vale ter poder quando este não é utilizado para servir. Nesta acepção, Martin Luther King define bem o que acontece quando nos omitimos frente a essas questões ao dizer " Nossas Vidas começaram a terminar no dia em que permanecemos em silêncio sobre as coisas que importam".

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  35. O texto nos faz refletir sobre um ponto muito importante para o bom desenvolvimento da política brasileira, o argumento de Rousseau de que pra que serve o governo "os depositários do Poder Executivo não são os senhores do povo, mas seus funcionários", fica evidente que no Brasil isso não é praticado, pelo contrário o povo virou funcionários dos governantes e ficam inertes nessa situação.

    Sandiel Cassiano dos Santos

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  36. O texto expõe de forma muito interessante a situação política em que estamos vivenciando, cada vez mais deteriorada. Hoje vive-se em um país em que a população em sua maioria não se interessa e acaba deixando por conta de pessoas que nunca ouviram sequer as ideias propostas pelos mesmos. E uma forma interessante de se resolver esse problema de desinteresse, seria adicionar a matéria de política nas escolas, para que então o futuro do Brasil esteja engajado na política e construa um país com mais ética e respeito com a população.

    Flávia Emily de Melo Barbosa

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  37. O texto nos faz refletir sobre a importância e significância do voto para o indivíduo e para a sociedade. A acomodação nos leva a essa realidade política que vivemos no Brasil. O Eles e o Nós sempre existiu, porém nós temos sim, o poder de mudar essa realidade política caótica, porque em uma democracia o poder emana do povo.
    Francyelle de Messias Ferreira - Adm

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  38. O ano de 2018 foi marcado pelo ano de conflitos ideológicos, em que escolher um lado se torna mais importante do que ter respeito e amor com os outros. Foi marcado por fake news em peso produzidos por todos os lados. E o artigo expõe todo o caos que vive a nossa sociedade, em que cada vez mais é notável o ódio entre as pessoas apenas pelo fato de pensar diferente. Precisamos de pessoas que governam para toda a população sem olhar etnia, religião e opnião.

    Dayvid Lima Bispo

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  39. Segundo Aristóteles, a principal finalidade da política é a de propiciar felicidade ao povo. Temos conhecimento de que este ensinamento se deteriorou bastante com o passar dos tempos, ao ponto de se contrariar por total em nosso país, onde o principal interesse dos "politiqueiros"(denomino-os assim porque essa massiva parte dos representantes não agem de acordo com os preceitos da verdadeira Política, e portanto, não podem ser chamados politicos) é o de serem felizes a seu modo, ainda que tenham suas mãos enbebidas no sangue e suor de uma nação inteira. Não podemos cometer o erro de analisar a política global como um todo, pois existem bastantes peculiaridades em cada uma, mas acredito que a do Brasil é uma das mais corroidas, se não a pior. Há tempos que a política brasileira virou um negócio, uma forma de ganhar dinheiro. Nos países desenvolvidos temos comprovação de que isso não ocorre, tanto é que em países como EUA ou Suecia por exemplo, os prefeitos andam de metrô. A cultura tupiniquim deteriorou todo o conceito de Política tão defendido por Platao, é vero. Porem, brasileiros que somos, não percamos a esperança! Esta ultima eleiçao deixou claro que o povo está acordando. Obviamente que é um despertar gradativo, que será feito muito aos pouquinhos, mas ficou comprovado com a não reeleicao de mais de 3/5 do Senado de que a mudança ocorrera, nem que seja a passos curtos e lentos. Por fim, deixo aqui a frase que Mário de Andrade consagrou como sina e praga do passado, presente e futuro brasileiro através do discurso inflamado do seu inesquecível personagem Macunaíma, o mais fiel retrato já feito do povo brasileiro: "MUITA SAÚVA E POUCA SAÚDE, OS MALES DO BRASIL SÃO!!!".


    Yan Carlos J. I. Dos Santos

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