sábado, 31 de dezembro de 2011

PINTOU o sinal verde: Ano Novo

Marcos Antonio Dantas de Oliveira

Alfabetize-se ecologicamente, recicle-se [por respeito à diversidade, parceria, flexibilidade, cooperação, interdependência...] para o uso e não uso dos recursos e serviços naturais como para a arrecadação e distribuição dos tributos, ora aprendendo a conhecer, aprendendo a fazer, aprendendo a viver juntos e aprendendo a ser – ao produzir, consumir, preservar e divertir-se.

Acelere e vá lendo os sinais de perigo e de boa convivência: à frente, aos lados, na dúvida, releia pelo retrovisor. Formule, execute, maximize, conserve as políticas públicas [inclusive, à família e à cultura]. Avalie-as. Corrija-as, se for o caso.

Exercite a liberdade individual, e assegure seu bem-estar – Bens Primários: renda, riqueza, prerrogativas, liberdade, felicidade, autorrespeito, amor... .

Não obstante, o progresso econômico tem na inovação a condição para a eficiência dos sistemas de produção e distribuição dos bens e serviços; no mercado a possibilidade de reinvestir uma parte os lucros. Assim, os homens e as mulheres dignificam suas labutas diárias, também ao empreender [criar algo diferente e com valor] inovando em seus sistemas de produção, de distribuição de consumo e de serviços; e podem liberar não só para uns poucos, mas para mais de 1,5 milhão de alagoanos pobres, bem-estar individual, familiar, coletivo, vida digna.

Porém, a acumulação de riqueza privada e pública e de prerrogativas é desfrutada por alguns poucos – e como se não bastasse, há o desempregado rico que gasta fortuna na compra de bens e serviços de uso supérfluo e de obsolescência precoce [tudo fica velho antes da hora]; enquanto, há aqueles que vivem do sobretrabalho e do subemprego, muitos, e outros milhões do desemprego.

É desejo do democrata – aquele que se sente constrangido em exercer o poder entre seus iguais – que esses bens promovam vantagens para todos, incorporando ao processo econômico, uma legião de desafortunados, via externalidade social e ecológica. Pois, “todo indivíduo nasce com um legítimo direito a uma certa forma de propriedade ou seu equivalente” defendia Thomas Paine já em 1795.

Expie-se!!!

Atentai! “Mais de 75% das famílias brasileiras dizem ter pelo menos alguma dificuldade de fazer a renda ‘chegar ao fim do mês” (G1, 17/set/2010). Enquanto um senador, um ministro ganha por mês, R$ 26.700; e olhe que eles são empregados da sociedade brasileira, inclusive dos povos e comunidades tradicionais. Há também aqueles em que não falta dinheiro antes do fim do mês, como exemplo, está o dono do Itaú, com lucro de R$ 3 bilhões só de abril a junho (Gazeta de Alagoas, 02/01/2011). Tem mais: sem qualquer dificuldade para gastar com o consumo, o Brasil tem 18 pessoas ou famílias com fortunas acima de US$ 1 bilhão, segundo a revista americana Forbes (BBC Brasil, 10/03/2010) - os senhores da vida.

Em Alagoas, dos mais de 03 milhões de moradores, mais de 1,5 milhões são pobres, e muitos são agricultores e extrativistas familiares [comunidades e povos tradicionais], que sobrevivem com até 1/2 salário mínimo. Ah, no Brasil são quase 40 milhões de pobres.

E, no ano novo, que a dialética substitua a omissão dos adultos e dos jovens como ferramenta de aproximação e de liberdade entre indivíduos; que inculque nos detentores do PIB mais próspero a maximização de oportunidades sociais, econômicas e ecológicas aos agricultores e extrativistas familiares, aos rurícolas e citadinos, e aqueles que os sucederem; que assegure-os uma condição de vida para além da liberdade de produzir, consumir e entreter-se, do trabalho e do não trabalho, à liberdade de escolhas múltiplas: cidadania igual, benefício, ética, crença e afeto... .

No Ano Novo: abaixo os pecados capitais!!!

No Ano Novo: eleve o amor ao próximo!!!

Nesse sentido, desejo-lhes, um próspero Ano Novo.

Publicado pela Tribuna Independente, Maceió – Alagoas, 2011

segunda-feira, 19 de dezembro de 2011

Reunião do CONDRAF - 01 DE DEZEMBRO DE 2011

Pronunciamanto Marcos Antonio Dantas de Oliveira/FASER




Reunião do CONDRAF - 30 DE NOVEMBRO DE 2011

Pronunciamanto Marcos Antonio Dantas de Oliveira/FASER


Sessão Pública na Assembleia Legislativa de Alagoas - 25 de outubro de 2011

Pronunciamanto Marcos Antonio Dantas de Oliveira/FASER


sábado, 10 de dezembro de 2011

QUALIDADE de vida!

Marcos Antonio Dantas de Oliveira

É o quê os agricultores, os extrativistas, suas famílias e especialmente os jovens rurais[Comunidades e povos tradicionais] também podem tê-la e realizar-se. Aliás, surpreender o cotidiano, essa é a idéia. Mas é preciso usar imaginação, prudência e competência para pressionar menos os potenciais ecológicos, quando do empreender e cultivá-los como guardá-los para as futuras gerações.

É necessário reinventar a arquitetura espacial dos assentamentos humanos, inclusive o acesso a terra e as atividades econômicas radicalizem no uso de tecnologias limpas, de reusos e recicláveis, ora pelo uso, ora pelo não uso do recurso natural; gerar, incrementar e assegurar rendas aos indivíduos, e tributos aos municípios e ao Estado, e assim, melhorar os serviços essenciais [de saúde, segurança pública, educação...] como distribuir renda não produtiva àqueles em condições indignas.

Aliás, estimular a dialética com os movimentos sociais, rotiniza a criação e o funcionamento de organizações livres, e ainda preserva a diversidade, cultural e ecológica, como assegura o acesso aos bens primários [liberdades, oportunidades, renda, riqueza, inteligência, autorrespeito...] e as políticas públicas [inclusive a um serviço de pesquisa e extensão rural de qualidade]. Por fim, otimiza os rituais de equidade e de solidariedade, e assim cumpre-se as normas estabelecidas, como dever e direito do homem e da mulher, citadino e rurícola, agricultor e extrativista, pequeno comerciante e trabalhadora de aluguel, e fora do alcance do egoísmo.

“Toda pessoa tem um direito igual ao conjunto mais extenso de liberdades fundamentais que seja compatível com a atribuição a todos desse mesmo conjunto [princípio de igual liberdade]; as desigualdades de vantagens socioeconômicas só se justificam se contribuem para melhorar a sorte dos menos favorecidos da sociedade [princípio de diferença], e são ligadas a posições que todos têm oportunidades equitativas de ocupar [princípio de igualdade de oportunidades]”, escreve Van Parijs [O que é uma sociedade justa?] – Em Alagoas, “dos 26 mil menores que estão fora da sala de aula, 21 mil são negros" (Tribuna Independente, 03/dez/2010).

De posse desse desenho, é fundamental reflexões para compreender e contextualizar o rural e suas outras relações, no sentido de articular e construir tipos de desenvolvimento que, interdependentes, assegurem o cumprimento de normas ambientais, econômicas, sociais e culturais e o fluxo cíclico dos recursos naturais. E, com isso, visem uma política agrária e agrícola: nacional, estadual e municipal assentada numa rede de proteção social, inclusive o acesso e o incremento da riqueza privada e da riqueza pública.

Aliás, são condições imperativas para a melhoria da qualidade de vida dos rurícolas, agricultores, extrativistas e famílias: os direitos e deveres constitucionais, o planejamento e execução de políticas públicas baseadas na função social do uso, conservação e preservação dos potenciais ecológicos, dos empregos e ocupações [respeitando o ECA] e rendas decentes e legais. Ao exercitarem essas condições proporcionam meios para colocar em prática, os direitos e deveres suscitados nos ordenamentos jurídicos de suas instituições. Assim podem promover uma distribuição equitativa dos benefícios e encargos da cooperação social em suas lógicas familiares - terra e água, ocupação e renda, sucessão e propriedade comum, patrimônio imaterial e bem-estar.

Assim, o contraditório, a autonomia e a cidadania igual são capazes de transformar, manter e valorizar os ritos e os rituais estabelecidos e a serem estabelecidos; e ainda promoverão o acesso aos bens primários e vida saudável, as mulheres e homens, as crianças e adolescentes, aos adultos e velhos garantindo-lhes que seus estilos de vida interativos e solidários criem novas faces quando da reapropriação patrimonial, econômica e ecológica; ao cumprir as leis e normas de proteção aos recursos naturais, as relações sociais e econômicas.

Aliás, avanços dependem, sobretudo, do exercício da liberdade individual, da elevação do autorrespeito e da autoestima dos agricultores, dos extrativistas, dos rurícolas, dos citadinos, dos técnicos e de suas famílias.

Publicado pela Tribuna Independente, Maceió - Alagoas, 2011