segunda-feira, 31 de outubro de 2022

Anuncia Hayek

     Marcos Antonio Dantas de Oliveira[1] 

“Graças à multiplicação, à diferenciação, à comunicação e à interação ao longo de distâncias cada vez maiores, e à transmissão ao longo do tempo, a humanidade tornou-se uma entidade distinta que preserva certas caraterísticas estruturais que podem produzir efeitos benéficos para crescimentos numéricos adicionais”.

 

Decerto que, a prosperidade e a riqueza de um país, de um município, de um negócio estão umbilicalmente ligadas ao uso e preservação (planejamento, gestão e resultado) dos fatores de produção: recursos naturais e humanos, bens de capital e a eficiência de governo. Nesse sentido, o Banco Mundial e a Cruz Vermelha [2005] fizeram um estudo para avaliar a prosperidade nos países e concluíram: no Brasil, os recursos naturais são responsáveis por 18%, nos Estados Unidos e na Europa 2%, cada um; os bens de capital, respondem por 14%, 13% e 17%; o capital humano e a eficiência de governo somado atingem 68%, 85% e 87%, respectivamente. O que confirma que no Brasil, o usufruto dos bens naturais é mal usado e sujeito à grilagem [a quem serve o Cadastro Ambiental Rural?], como é baixo o usufruto dos bens de capital, do capital humano e da eficiência do governo, principalmente, pelos 3,9 milhões de beneficiários da Lei 11.326/2006, dos quais quase 50% são nordestinos. 

Para empreender e prosperar os brasileiros, principalmente, os jovens necessitam de ambientes e arranjos institucionais, públicos e privados, que diminuam incertezas, emulem tendências e construam cenários que operem políticas públicas efetivas para alavancar sua prosperidade e bem-estar, e a busca pela felicidade. Se faz necessário em quaisquer atividades e funções desempenhadas por esses indivíduos no processo de desenvolvimento sustentável que a pluralidade e o pluralismo da sociedade emulem a problematização e aprimorem a governabilidade e a governança para solucionar os agravos ao bem-estar pelo difícil usufruto dos bens primários por esses brasileiros pela prática do governo de costumes monárquicos e dos skateholders, rigorosamente, em desfavor do julgamento de valor do indivíduo, bem como a favor da aplicação do imposto regressivo ao indivíduo, por exemplos; são práticas que restringem às preferências temporais individuais no presente e no futuro, entre tantas outras práticas governamentais que afrontam o Estado de Direito, e que, em geral, as representações dos agricultores e outras representações costumeiramente ajudam a mantê-lo, propagandeando-o.

 

É sabido do êxito das pessoas e das empresas, que a ideia de negócio na bacia hidrográfica em qualquer negócio sustentável, inclusive do negócio agropecuário eficiente e eficaz quanto ao uso dos fatores de produção, certificação e fiscalização; tributo, lucro e consumo de bens e serviços  – os indivíduos moldam as instituições, e essa interação em redes potencializa e satisfaz suas escolhas, suas preferências temporais individuais; impele-os à prosperidade e ao bem-estar pelo usufruto inalienável dos bens primários – individualidade, liberdade, propriedade, confiança e felicidade  – as instituições inclusivas econômicas e políticas, por certo, são as regras do jogo num mundo que se globaliza velozmente, principalmente pelo uso da interação computador-internet-dispositivo móvel de banda larga, uma conectividade ágil, confiável, barata e onipresente em qualquer atividade exercitada pelo espírito inovador do Homo sapiens: quanto ao uso dos recursos, processos, valores e tomada de decisão em ofertar bens e serviços de qualidade, funcionais, convenientes, confiáveis e a preços de mercado – uma troca pacífica.

 

É fato. É pelo princípio da simpatia e da ética que os indivíduos (Id, Ego e Superego), também, tanto no sentido do belo, como no juízos morais usam-na na cooperação pacífica; e que podem e devem usá-la para continuar criando e aperfeiçoando suas criações, sociedades, governos e estados, longe da espoliação, ilegal e legal, com o intuito de diminuir seu desconforto material (e econômico), emocional e espiritual; e que escolhe suas preferências temporais, individuais e coletivas, de imediato e de longo prazo, baseadas em seus julgamentos de valor, leve-os à prosperidade e ao bem viver.





[1] Mestre em Desenvolvimento Sustentável, Engenheiro Agrônomo, professor da Universidade Estadual de Alagoas/UNEAL, jornalista, membro da Academia Brasileira de Extensão Rural/ABER, diretor do Sindagro, articulista da Tribuna Independente/Alagoas, Blog: sabecomquemestafalando.blogspot.com