Em Alagoas [a maior desigualdade de renda do país (Gazeta de Alagoas, 06/09/2019)] e no Brasil, em geral,
pela fragilidade política dos agricultores minifundiários, analfabetos,
descapitalizados e de suas representações nos espaços públicos e privados
precarizam ainda mais seu modo de vida: social, econômico e ecológico. Essas
categorias permanecem com dificuldades de acesso à cultura e ao lazer; às TICs e à segurança jurídica; aos serviços [saúde, educação, segurança pública, crédito rural]; e tampouco têm acesso à terra, aos meios de produção,
à renda – em êxodo, principalmente os jovens, pelo insucesso ou a
interrupção na sucessão familiar, a consequente masculinização do campo, e de idosos em viés de alta na atividade agrícola, inclusive pela falta de objetividade em suas finalidades, o Cedafra/Conselho Estadual da Agricultura Familiar e a Emater/AL, têm atuações ineficientes. Na Emater não há prescrição de receita agronômica
para o uso de agrotóxico, e é pouca a fiscalização do CREA do uso na propriedade. Essa
precarização de vida é acentuada pela ineficiência de governo [municipal,
estadual, distrital e federal] em empregar o poder substantivo do chefe – a
troca como meio de “controle ou influência tendo por base recursos materiais e
recompensas na forma de remuneração pelo recebimento de algum tipo de
contribuição” (Bernardes, 2009) –, a tal ética de compadrio, que leva-os à iniquidade –https://www1.folha.uol.com.br/mercado/2019/04/crise-empurra-74-milhoes-de-brasileiros-para-pobreza-segundo-dados-do-banco-mundial.shtml
É sabido que o êxito das pessoas e de
qualquer negócio sustentável, inclusive do negócio agrícola - preservação e uso
dos recursos naturais, posse, produção, tributos, bens de capital, lucros, liberdade individual,
a vida na bacia hidrográfica – que impulsionado pela interação do
computador-internet-dispositivos móveis de banda larga facilita e barateia o
planejamento de curto a longo prazo e a gestão [o quê, quem, como, quando,
quanto, onde, por que]; diminui as incertezas quanto a visão de futuro, a ideia
do negócio e a proposta de valor dos empreendedores, investidores, empregados,
consumidores e stakeholders; principalmente, importa-se com o
debate acerca do intervencionismo do grupo de pressão, da ética, do governo
eficiente, e da sociedade de avaliar e corrigir os benefícios e malefícios da
tecnologia, da lei Moore, da globalização, da mudança climática, da demografia e da migração, da poupança e do capital (dos bens de capital); da troca desigual econômica e ecológica;
da vantagem comparativa e ou competitiva, e do custo de oportunidade; de
cenários, tendências e opções estratégicas para maximizar o desempenho da
cadeia produtiva pela suficiência de ciência, pesquisa agrícola, assistência
técnica e extensão rural incrementa a produtividade de todos os fatores [preço
competitivo por serviço e unidade produzida]; sobretudo pela qualidade de bens
e serviços, e as vantagens em ofertá-los rastreados, certificados e
fiscalizados aos consumidores, e pelo êxito das ferramentas
de cooperação e associativismo com atuação em redes [associação, sindicato e
cooperativa]; enfim, pelo acesso e o uso da internet das coisas pelas pessoas,
empresas e governos impele à prosperidade e o bem-estar.
Portanto, uma política de
desenvolvimento sustentável é assegurada pelo exercício da individualidade,
liberdade e posse de homens e mulheres, de agricultores e extrativistas
familiares (dos povos e comunidades tradicionais) e de crianças e adolescentes,
garanta-lhes o acesso e o uso dos recursos naturais, tributos e lucro em suas
unidades: familiar, produtiva, social e geográfica; sobretudo pelas suas
participações, acompanhamentos e avaliações do PPA, da LDO e da LOA, federal,
estadual e municipal. Esse processo aponta para a necessidade de estratégias para garantir que as diretrizes e a execução de programas, ações e
projetos construam uma visão de futuro, um propósito de vida, garantindo
o Desenvolvimento
sustentável como conceitua Oliveira – um processo, conflitos e alianças, que compartilhado em redes
multidimensionais pelos indivíduos em pleno Estado de Direito, usam a
capacidade organizacional, a ideia de negócio para preservar e
utilizar os fatores de produção e os tributos, transformando-os em bens e
serviços: do autoconsumo ao mercado para suprir as necessidades e desejos, a
expectativa de vida, pelo usufruto dos bens inalienáveis – individualidade,
liberdade, propriedade, confiança e felicidade – o Estado da Arte.
E afirma Bastiat (2010): “se cada
homem tem o direito de defender – até mesmo pela força – sua pessoa, sua
liberdade e sua propriedade, então os demais homens têm o direito de se
concertarem, de se entenderem e de organizarem uma força comum para proteger
constantemente esse direito”. Indubitavelmente, falta-nos líderes que
organizem a lei. E argumenta Bernardes, 2009, líder é aquele que usa a autoridade, que é o
“controle ou influência sobre o comportamento de outros para a promoção de
metas coletivas, com base em alguma forma verificável de consentimento destes
outros em razão de estarem informados dessa situação”. E essa nova era das máquinas potencializa o pensar e o
agir dos homens e mulheres [sobre individualidade, liberdade, posse,
vigilância e confiança], e suas atuações nas organizações para enfrentar às
incertezas e o intervencionismo de qualquer natureza, principalmente a do
Estado; de maneira que a economia política possa "prover uma receita farta
[...] para as pessoas, ou, mais propriamente, capacitá-las [...]; segundo,
suprir o estado [...] com receitas suficientes para seus serviços
públicos", afirmava Adam Smith.
Quando Ouvidos moucos interessam?
[1] Mestre em Desenvolvimento Sustentável, Engenheiro agrônomo,
professor da Universidade Estadual de Alagoas/UNEAL, membro da
Academia Brasileira de Extensão Rural/ABER, diretor do Sindagro,
Blog: sabecomquemestafalando.blogspot.com
Palavras sábias que devem ser que devem ser lidas e analidadas pelas pessoas que detem os poderes constituídos.
ResponderExcluirPor isso, a pobreza é fato consumado em Alagoas. Jason
ResponderExcluirComo precisamos entender o que é sustentabilidade, parabéns pelo texto. ângela
ResponderExcluirMuito além do que é ensinado levianamente em grande parte das escolas, a sustentabilidade não se refere apenas a preservação do meio ambiente. Na realidade, apesar da questão do cuidar ser importante, é preciso mais do que plantar uma árvore ou ensinar a não descartar lixo em local errado, é necessário abrir os olhos de todos os cidadãos e falar sobre o que realmente importa. Parabéns pelas palavras professor.
ResponderExcluirMaxsuel R.
um texto para reflexão sobre o nosso cotidiano. Alencar
ResponderExcluirPor definição desenvolvimento sustentável é:"O desenvolvimento que procura satisfazer as necessidades da geração atual, sem comprometer a capacidade das gerações futuras de satisfazerem as suas próprias necessidades, isto implica em possibilitar que as pessoas, agora e no futuro, atinjam um nível satisfatório de desenvolvimento social e económico e de realização humana e cultural, utilizando de maneira consciente os bens naturais já escassos. Por outro lado, cabe a cada um de nós sermos agentes fiscalizadores e cobrar providências quanto a ineficiência governamental, fomos nós que os elegemos para nos representarem e precisamos sair da inércia, pois, torna-se cômodo apenas “apontar” ou “responsabilizarmos” fulano ou ciclano.
ResponderExcluirFlávio Roberto Viveiros – Aluno do 8º Período de ADM - UNEAL
Principalmente o Estado é um dos maiores interessados nesse status quo. Leonardo
ResponderExcluirParabéns pela reflexão. Luciana
ResponderExcluirE a cada dia mais notícias sobre a corrupção no governo. Quando vamos tomar providências? Solange
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