Marcos Antonio Dantas de Oliveira
É o
dono-cooperado, ativista e praticante do estatuto da cooperativa, o agente
transformador e garantidor de justiça social. Aliás, é também vital a
vigilância do dono-cooperado sobre o controle dos recursos e serviços naturais
e dos tributos para o êxito da prática cooperativista - Salve a prática cooperativista.
Como
assegurar o usufruto dos bens primários, com a ridícula renda mensal familiar
[família numerosa] de R$ 300, caso dos cooperados da Cooprel? [1].
“Alagoas tem a maior taxa de miséria do País” – um insulto aos alagoanos.
Acrescente-se
a isso as dificuldades de acesso e uso dos recursos naturais, às oportunidades
econômicas, às liberdades de expressão, de consciência, de pensamento, de
direito à propriedade [inclusive acesso a terra, principalmente aos jovens],
aos serviços sociais, ao serviço de pesquisa agrícola e ATER – para aqueles com
renda de até dois salários mínimos [e na Classe E - segundo a FECOMÉRCIO];
entre eles estão os nordestinos, os alagoanos, os povos e as comunidades
tradicionais, agricultores familiares, trabalhadores de aluguel [crianças,
adolescentes, mulheres, jovens, velhos], os mais atingidos em seu estado de
direito, pelo alto número de analfabetos, por exemplo. Essas categorias estão
com vida caótica pela pouca riqueza privada e pelo pouco acesso e uso da
riqueza pública, a maioria vive em insegurança jurídica.
Aliás,
essas dificuldades têm origem nos processos de exploração, expropriação,
apropriação e acumulação da riqueza privada, da riqueza pública e de outras
prerrogativas pelos ‘donos dos meios de produção e da natureza’; que ora,
consideram os recursos naturais, renováveis e não renováveis, como eventos
substituíveis e, usam a grande reserva da mão de obra disponível como
estratégia para assegurar-lhes grandes lucros.
Sem sofisma.
Os contratos sociais devem ser inclusivos por usar critérios de oportunidades:
social e econômica e, por critérios de diferenças, pois, a brutal distribuição
desigual dos bens primários [segundo Rawls (2002) são bens primários: autoestima, inteligência, imaginação,
saúde e vigor, oportunidades,
renda, riqueza, liberdades, direitos] só é tolerável se essa
desigualdade contribuir para melhorar a condição de vida dessas categorias. O
Estado e a iniciativa privada devem colocar em suas agendas, ações públicas que
promovam e garantam vida digna aos menos favorecidos - justiça social.
Então, o
associativismo e a cooperativa também são ferramentas para enfrentar essa
penúria. E a Carta Magna assegura no artigo 5º [XVII: é plena a liberdade de
associação..., e XVIII: a criação de associações [...] de cooperativas
independem de autorização...]. Assim, os direitos e deveres individuais e
coletivos dessas categorias e suas famílias são autênticos para mitigar e ou
combater as desigualdades regionais e sociais e a degradação da natureza. É
usando a Carta que podem e devem protagonizar maneiras eficazes para enfrentar
sua penúria social e patrimonial; resguardando a natureza e seu patrimônio
imaterial.
É
imprescindível ao cooperado, citadino, rurícola, índio, agricultor e
extrativista familiares a cidadania igual, a dialética, a liberdade individual,
a prática cooperativista como estratégias para viabilizar melhorias das
condições de suas vidas indignas passa pelo exercício da democracia direta [é
aquela praticada pelos donos-cooperados nas assembleias, como instância máxima
de deliberações].
E
solidários reconheçam-se no outro ao compartilhar as relações culturais; e
encantem-se com a ajuda mútua, com a cooperativa, com o associativismo e com a
democracia direta para empoderar-se [pensar, dialogar e agir] nos princípios
rochdaleanos.
Por isso
é necessária uma práxis que seja capaz de refundar os espaços públicos e
democráticos de suas estruturas sociais e de poder, que reflitam e criem
condições para planejar, executar, avaliar, controlar e corrigir os atuais
processos que drenam os recursos patrimoniais, econômicos, sociais e ecológicos
de todos, para uma minoria privilegiada; e sim, assegure a todos sem
condicionalidades, os bens primários; e, sobretudo, transformem, mantenham e
valorizem os rituais e os ritos [prosaicos e poéticos] de seus estilos de vida.
E a
máxima rochdaleana: um homem, uma mulher, um voto, como princípio democrático
[democrático aquele que se constrange em exercer o poder sobre seus iguais],
continua atual e pode fazer a diferença em todas as eleições, porque,
"aquele que promove o poder de um outro perde o seu" (Maquiavel).
Importante ressaltar a apatia dos cooperados no que diz respeito a sua prática cooperativista. Toninho
ResponderExcluirEstimado Marcos,
ResponderExcluirParabéns pela escrita continuada de artigos que convidam para uma reflexão sobre o Brasil que temos e o Brasil que queremos.
Abraços
Mário Amorim
Parabéns,Toninho e Mário, pelos oportunos comentários. Vera
ResponderExcluirAs manifestações que ora ocorrem e esse texto têm em comum a indignação com os serviços de má qualidade. Oto
ResponderExcluirCooperado chega de apatia!Maria
ResponderExcluirUma vez mais nos brinda um texto reflexivo, parabéns colega. Marcelo
ResponderExcluirLi e enviei para outros colegas. Tonho
ResponderExcluirTexto Realmente muito bom e inteligente! Paulo josé - Adm Pública PROESP
ResponderExcluir