Marcos Antonio
Dantas de Oliveira[1]
Para o quê diz Proudhon citando
Malthus ...”num mundo já ocupado, se sua família não possui meios de
alimentá-lo ou se a sociedade não tem necessidade de seu trabalho, esse homem,
repito, não tem o menor direito de reclamar uma porção qualquer de alimento:
está em demasia na terra. No grande banquete da natureza, não há lugar para
ele. A natureza lhe ordena que se vá e ela mesma não tardará a colocar essa
ordem em execução...”. Assista, Brasil pobre - https://www.youtube.com/watch?v=TkEYL7L4tuI
Atentai! Instituições
extrativistas econômicas e políticas promovem proposital e desproporcionalmente
a pobreza brasileira e alagoana – dos 207,7 milhões de brasileiros, 23,4% têm
renda de um salário mínimo por mês. Em Maceió/AL, cerca de 500 mil
pessoas tem renda mensal de um salário mínimo. De modo que, “a
humanidade, nessa Terra, não pode estar reconciliada com ela própria enquanto o
luxo de alguns insultarem a pobreza de quase todos”, afirma Raymond Aron [2016]
- https://g1.globo.com/economia/noticia/5-bilionarios-brasileiros-concentram-mesma-riqueza-que-metade-mais-pobre-no-pais-diz-estudo.ghtml?utm_source=twitter&utm_medium=share-bar-desktop&utm_campaign=share-bar
Atentai! “A pressão
da sociedade sobre o indivíduo pode voltar, sob uma nova forma, a ser tão
grande quanto nas comunidades bárbaras, e as nações irão se vangloriar, cada
vez mais, de suas realizações coletivas em detrimento das individuais”, diz
Russel [Elogio ao Ócio].
Atentai! Enfrentar
essas situações exige a onipresença das liberdades fundamentais dos cidadãos
para o cumprimento do contrato social posto ou de um novo contrato, ambos
necessitam de ambiente institucional e não institucional em que floresçam e
dispersem as instituições inclusivas, essas, quando políticas "asseguram a
ampla distribuição do poder e restringem seu exercício arbitrário.",
quando econômicas "geram uma distribuição mais equitativa de recursos,
facilitando a persistência de instituições políticas inclusivas",
descreve-nas Acemoglu e Robinson, Por que as nações fracassam.
Atentai! A
economia política, dizia Adam Smith, decerto que, objetiva: “primeiro prover
uma receita farta ou subsistência para as pessoas, ou mais propriamente,
capacitá-las a prover tal receita ou subsistência para si mesmas; segundo,
suprir o estado ou a comunidade nacional com receita suficiente para seus
serviços públicos. Propõe enriquecer tanto o povo quanto o governo”; o quê
nos leva a considerar que “o homem desacomodado não é mais do que um pobre
animal, nu e dividido”, afirmava o Rei Lear.
Atentai! É
oportuno em 2018, compreender que “todo indivíduo nasce com um legítimo direito
a uma certa forma de propriedade ou seu equivalente” defendia Paine em 1795.
Faz sentido que, homens e mulheres, e principalmente as crianças, que, por
viverem em meio a tantas incertezas e inseguranças, inclusive pela privação de
suas capacidades básicas, torna urgente diminuir ou erradicar o fosso
social, econômico, ecológico e patrimonial entre os que têm muito e os que têm
pouco bem-estar; e Oliveira [2013] anuncia, busquem no desenvolvimento
sustentável como um processo em rede dialética compartilhada pelo indivíduo e suas categorias [conflitos e alianças] ao preservarem e ao
usarem os recursos naturais e os tributos [planejamento, gestão, ideia de
negócio] transforma-os em bens e serviços [proposta de valor]: do autoconsumo
ao mercado, da renda ao bem-estar pelo usufruto dos bens
primários: individualidade, posse, confiança e felicidade, intra e intergeracional" - o
estado da arte do bem viver.
Atentai! Como o
Brasil necessita reconciliar-se com o Grito do Ipiranga.
[1] Mestre em Desenvolvimento Sustentável, Engenheiro agrônomo, professor da Universidade Estadual de Alagoas/UNEAL, membro da Academia Brasileira de
Extensão Rural/ABER, diretor do Sindagro,
articulista da Tribuna Independente/Alagoas, Blog: sabecomquemestafalando.blogspot.com
Comecei o ano bem, parabéns pelo texto. Edgar
ResponderExcluirQuando seus textos nos fazem bem. Vanessa
ResponderExcluirPois é, continue nos provocando. Artur
ResponderExcluirComo precisamos entender e viver em rede para resolver os problemas. Jason
ResponderExcluirAtentai para a vida dura que temos. Gabriela
ResponderExcluir“O homem desacomodado não é mais do que um pobre animal, nu e dividido”. É como vivemos no mundo de hoje. Vanessa
ResponderExcluirPrezado Marcos,
ResponderExcluirGosto muito de sua maneira de abordar temas que interessam a todos que se preocupam com o destino do Brasil. Adauto
Muita boa sua abordagem sobre mal estar. Hélio
ResponderExcluirLembrar Malthus é sempre oportuno nesse mundo tão desigual. Rita
ResponderExcluirMarcos sua definição de desenvolvimento sustentável atinge o objetivo desejado: bem-estar para todos é que vale. Chico
ResponderExcluirQue reflexâo sobre ,
ResponderExcluirÓtimo. Adão
Precisamos de mais escrevendo sobre bem-estar. Carlos
ResponderExcluirA frase final coloca em questão se nós temos capacidade para mudar tal situação. Mauricio
ResponderExcluirÉ isso Mauricio, e acrescento primeiramente o que diz Malthus. Oto
ResponderExcluirO texto pode nos ajuda a votar melhor em outubro. E vou repassá-lo a terceiros. Divalado
ResponderExcluirVou repetir o mote do texto, atentai para o perigo das instituições extrativistas que permeiam nossas vidas. Amélia
ResponderExcluirVamos dar o Grito do Ipiranga nesta eleição. Ricardo
ResponderExcluirMuito boa essa reflexão sobre as desigualdades econômicas sobre tudo vivenciadas no nosso estado. Muito pertinente esse dado que praticamente metade da população maceioense vive com renda de até um salário mínimo. Esse dado retrata claramente o contexto que vivemos, onde a escassez financeira atinge matade da população da capital alagoana. Manassés Kenendy
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