Marcos Antonio Dantas de Oliveira
"Alagoas descumpre a LRF desde 2009" [1].
"Comissionados tomam conta do funcionalismo"[2].
"Esquistossomose ameaça 80% da população alagoana" [3].
Presos são algemados em motos – Policiais cobram
soluções" [4].
Em Murici, dentro ou próximo da Área de Proteção Ambiental/APA, existe
em média 15 pedreiras, todas sem o licenciamento ambiental, autorização do
Exército e muito menos do Departamento Nacional de produção Mineral/DNPM [5].
“Contrato do Detran com empresa vira caso de polícia” [6]
“Fiscais denunciam ‘vista grossa’ da Sefaz com usinas – Empresas do
setor sucroalcooleiro não são fiscalizadas desde 2008; prédios do Fisco em
Alagoas funcionam sob risco constante de desabamento” [7]
Desabrigados da cheia de 2010 ocupam casas em Santana do Mundaú – “o
governo nos prometeu que as casas seriam entregues em fevereiro de 2011 e não
cumpriu. Depois mudou o prazo para fevereiro de 2012. Já estamos em 2013 e
nenhuma casa foi entregue”, diz Clevivaldo Lúcio de Lima [8]. " MP aponta fraude no Programa da Reconstrução em
Alagoas. Promotores citam irregularidades em cadastros e má distribuição dos
imóveis; Nonô diz que não há prazo para entrega das 18 mil casas". http://gazetaweb.globo.com/noticia.php?c=337918&e=6
Canal do Sertão. “Depois de 20 anos de espera, a água chegou. É água
para beber, pra plantar, pra tomar banho e pra deixar um sorriso estampado no
rosto da nossa gente”, diz propaganda do governo federal e estadual [9]. Canal do Sertão: “agricultores usam água de forma
improvisada”. “Plantamos milho na semana passada, mas a semente estava muito
velha e não brotou. Então agora estamos cortando de novo a terra, para plantar
feijão e milho para o São João” [10]. Depois da irrigação improvisada, da perda das sementes, e do novo plantio por onde anda o serviço de Extensão Rural estatal e não estatal? Ah, os carros-pipa continuam abastecendo precariamente as famílias.
“Governo do Estado atrasa repasse de ração para alimentar animais”.
“Prefeitos cobram doação de farelo para o Sertão” [11].
Em discurso o prefeito Jorge Dantas “cobrar as iniciativas do Governo do Estado
para concretização das ações paliativas ocasionadas pelo efeito da seca” [12]. Convém lembrar que os agricultores com propriedades nos limites do semiárido também já registram escasso suporte forrageiro e água [baixíssima qualidade nutricional e potabilidade], baixíssima produtividade de leite e carne, mortes de animais, contas para pagar a credores, inclusive aos bancos; estão descapitalizados.
Em Alagoas, “mais de três mil pequenos produtores estão ameaçados de não
receber pelo leite já entregue nos últimos dois meses”. Porque o
“Ministério do Desenvolvimento Social ainda não publicou o convênio que
autoriza um novo preço para o programa local o no Nordeste” [13].
O preço pago ao agricultor pelo Programa de Distribuição de Leite do
governo federal de R$ 1 pelo litro de leite é muito abaixo do custo de
produção. Ressalta-se a apatia dos agricultores familiares a esse Programa que
já vem com um preço defasado desde 2010, e assim confirma sua penúria social;
por outro lado, são as estruturas, a montante e a jusante da produção
agropecuária, que ganham muito dinheiro nesse negócio. Nesse sentido, o
agricultor familiar é um grande transferidor de renda à conta-corrente dos
setores econômicos dominantes: o industrial, o comercial, o financeiro e o estatal.
Na Síntese dos Indicadores Sociais do IBGE: “64,5% dos alagoanos não têm
acesso aos serviços básicos, 71,2% moram em casas sem esgotamento sanitário ou
fossa séptica e num universo de 380 mil jovens, cerca de 110 mil não trabalham,
nem frequentam a escola. Além disso, mais da metade da população vive abaixo da
linha da pobreza”[14].
Fundo de combate à pobreza é ‘caixa-preta’ em Alagoas – nos últimos sete
anos foram arrecadados R$ 252.829.471,90. “Recursos são investidos em projetos
sociais, mas não sabe o resultado alcançado” [15].
“Se Alagoas, fosse uma empresa e o alagoano, seu acionista, cada cidadão
que vive neste Estado teria uma dívida de mais de R$ 2,7 milhões” [16].
Alagoas, um estado rico que continua com os piores indicadores sociais
do Brasil [mais da metade da população é pobre]. Portanto, é preciso uma ação política nos espaços públicos dos
rurícolas, agricultores e extrativistas familiares, povos e comunidades
tradicionais, principalmente dos jovens rurais, e dos citadinos [enquanto cidadãos iguais e livres] para avançarem no acesso e usufruto dos bens primários – e segundo
Rawls (2002)
são eles: autoestima, inteligência, imaginação, saúde e vigor, oportunidades, renda, riqueza,
liberdades, direitos.
[5] O DIa Alagoas/17 a 23/mar/2013
[6] Gazeta de Alagoas/03/mar/2013
[7] Gazeta de Alagoas/31/mar/2013
[8] Gazeta de Alagoas/04/abr/2013
[9] Tribuna independente – publicidade/24/mar/2013
[10] Gazeta de Alagoas/31/mar/2013
[11] Gazeta de Alagoas/19/mar/2013
[12] Tribuna independente/21/mar/2013
[13] Gazeta de Alagoas - rural/05/abr/2013
[14] Gazeta de Alagoas – mercado Alagoas/31/mar/2013
[15] Gazeta de Alagoas/31/mar/2013
[16] Gazeta de Alagoas – mercado Alagoas/31/mar/2013
Dar uma vontade! Gustavo
ResponderExcluirAbriu a agenda política, ótimo artigo. toninho
ResponderExcluirVamos acordar gente! Lúcia
ResponderExcluirÉ muita miséria. Oto
ResponderExcluirQuanta corrupção! Mauricio
ResponderExcluirPrezado Marcos Dantas,
ResponderExcluirParabéns pela responsável e documentada indignação contra as mazelas sociais!
Kleber.
Prezado Marcos,
ResponderExcluirLeio sempre suas matérias, pois elas constituem um bálsamo para a alma. Além de verdadeiras, chamam a atenção da sociedade para uma tomada de providências. Continue assim.
Um forte abraço.
Lindalvo Costa
Boa a observação de kleber. Maria
ResponderExcluirParabenizo pelos seus textos atuais e lúcidos. Vera
ResponderExcluirFigue assustado com a dívida alagoana. Edgar
ResponderExcluirContinue nos chamando atenção para a precária situação no campo. Vânia
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