Marcos Antonio Dantas de Oliveira[1]
– O vagalume, Diogo
Guerra ecoa: “Sentíamos a
segurança de ter uma luz que nos conduzia para os nossos sonhos”. Essa atuação
cheia de significados, ao aprender a conhecer, a fazer, a ser e que juntos
daqueles que fazem a Asbraer, a Aber, a Faser, emulam a história, a identidade,
a cultura extensionista. Mas a Extensão Rural, essa marca distintiva, está em
viés de baixa na iniciativa estatal e ausente na iniciativa privada, ainda pode
alavancar o Desenvolvimento Sustentável, à prosperidade, o bem viver?
E o Extensionista
com sua autoestima em alta escolhe suas preferências temporais, “não importa
quão sejam primitivas as suas ações, ele precisa projetá-las no futuro e pesar
as consequências; o que requer um processo conceitual – e um processo
conceitual não pode ocorrer em um vácuo: ele requer um contexto. A escolha do
homem não é se ele precisa de uma visão abrangente da vida, mas apenas se sua
visão é verdadeira ou falsa. Se ela for falsa, isso o leva a agir como seu
próprio destruidor” (Rand).
Sobretudo, após a
extinção da Empresa Brasileira de Assistência Técnica e de Extensão
Rural/Embrater pelo governo Collor, que teve como consequência a aniquilação do
Sistema Brasileiro de Extensão Rural/Sibrater, deixando à deriva as entidades
estaduais de Extensão Rural estatal, principalmente, as do Nordeste e do Norte
– um caos para os agricultores e os Extensionistas.
A desorganização
administrativa pela extinção da Embrater (e do Sibrater) continua causando
danos ao balanço social das entidades estaduais estatais, aumentando a
ineficiência de governo, inclusive tornando estes serviços clientelistas,
condena-os ao ostracismo, torna-o mais caro e sem perspectiva; e gera um
contínuo caos à relação entre Extensionista e Agricultor. Em Alagoas, 13 anos
após a criação da autarquia, nova Emater, a lei não foi regulamentada. O
precário serviço de extensão rural e pesquisa feito por bolsistas, deixou à toa
o Extensionista. Esse título é válido para quem é bolsita.
Pois os governos
estaduais continuam extinguindo-as, ora fundindo-as com outras empresas
estatais estaduais, ou criando autarquias e departamento na secretaria de
agricultura, inclusive com salários baixos e muitas sem realizarem concursos
públicos, precariza-as, enquanto animadoras e impulsionadoras de prosperidade e
bem-estar individual e familiar. E ora, poucas continuam originais, entre elas:
a Emater do Ceará, Brasília, Minas Gerais, Pará, Rio Grande do Sul e Rondônia.
Mas a Epagri (resultado de fusões) é exitosa! Visite-a, ela pode ser a chave
para debater, um novo “Sibrater”.
E uma das saídas
necessária e oportuna, é criação de uma entidade e um sistema nacional estatal
de planejamento e de gestão que represente e defenda os interesses das
entidades estaduais estatais de ATER, e assim assegurar um serviço estadual
eficiente e eficaz aos agricultores.
À vista disso, nos
últimos 30 anos, a ênfase do governo (federal, estadual, municipal e distrital)
está na aplicação de políticas de mal-estar pela onipresença de instituições
políticas extrativistas repercutindo negativamente na vida profissional e social
dos Extensionistas e Agricultores. E, continua gerando em muitos municípios um
passivo econômico, social e ambiental alto para os agricultores, ora pela não
reposição dos bens de capital, do baixo consumo de bens e serviços, do pouco
uso de inovações, da baixa produtividade de todos os fatores, e sem lucro. A
baixa qualidade pelo ineficiente serviço de Extensão Rural, impossibilita-os de
prosperarem rumo ao bem-estar individual, coletivo e à felicidade.
O extensionista,
nesses mais de 75 anos, além de discutir, inovar e difundir os sistemas
produtivos e sociais, ainda estimula a participação dessas categorias no
processo decisório para deixar firme a reprodução de suas lógicas familiares,
sob a complexa sustentabilidade ora imposta; reinventa suas relações sociais,
ao se reproduzir. É inexorável, que ao reconhecer conflitos, diálogos e
confiança fazem alianças melhora à qualidade de vida do rurícola, do citadino e
dele, extensionista – Parabéns!
Este é um resumo triste da extensão rural no Brasil e principalmente no nosso estado de Alagoas .
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