Marcos Antonio Dantas de Oliveira [1]
Sobretudo depois da extinção da Empresa Brasileira de Assistência Técnica e de Extensão Rural/Embrater pelo governo Collor, que teve como consequência a aniquilação do Sistema Brasileiro de Assistência Técnica e de Extensão Rural/Sibrater, deixando à deriva as entidades estaduais de assistência técnica e extensão rural, principalmente, as do Nordeste e do Norte. Agora é a vez dos estados dá sequência a extinção desse serviço, enquanto agente animador e impulsionador de prosperidade e de bem-estar individual e da família. Restam a Emater dos estados – Ceará, Brasília (DF), Minas Gerais, Pará e do Rio Grande do Sul que continuam originais, por enquanto. Contudo a Epagri (resultado de fusões) é um caso sucesso! Visite-a, pelo menos no https://www.epagri.sc.gov.br/
A desorganização administrativa gerada pela extinção da Embrater e do
Sibrater continua causando danos significativos ao planejamento e a gestão, e
ao balanço social das entidades estaduais, aumentando a ineficiência de governo,
inclusive tornando os serviços estaduais caros e clientelistas e sem
perspectiva; no mínimo, condenando-os ao ostracismo, o que ainda o tornar mais
caro. Esse fato deixou o extensionista à deriva,
sobremaneira aquele que desenvolve suas ações na área social – Em Alagoas, 10 anos após a criação da nova Emater, a lei não foi regulamentada. O precário serviço de extensão rural
e pesquisa agropecuária, é fato – e deixou à toa o extensionista (se é que esse título é válido para
quem é bolsita).
À vista disso, nos últimos 30 anos, a ênfase do governo (federal,
estadual, municipal e distrital) está na aplicação de políticas de mal-estar,
salvaguardadas pela onipresença de instituições políticas e econômicas
extrativistas. Que, de igual modo, continua gerando um passivo econômico, social
e ambiental alto para os beneficiários da Lei 11.326/2006, principalmente, pela
não reposição dos bens de capital e baixo consumo de bens e serviços, ferramentas motivadoras para alavancar o uso de
inovações, da produtividade de todos os fatores, do lucro do empreendimento, impossibilitando,
por certo, à prosperidade, o bem-estar individual, a felicidade com
repercussões de mal-estar também nos outros indivíduos e na sociedade.
O que se vê, é que,
é próprio do indivíduo (extensionista, área técnica e social) como escolher sua
preferência temporal individual, em viés de alta; à busca conceitual e
contextualizada de sua existência e do potencial do seu ser – individualidade,
liberdade e posse; porquanto, “não importa quão sejam primitivas as suas ações,
ele precisa projetá-las no futuro e pesar as consequências; o que requer um
processo conceitual – e um processo conceitual não pode ocorrer em um vácuo:
ele requer um contexto. A escolha do homem não é se ele precisa de uma visão
abrangente da vida, mas apenas se sua visão é verdadeira ou falsa. Se ela for
falsa, isso o leva a agir como seu próprio destruidor” (Rand, 2019).
Extensionistas,
mulher e homem, nesses 70 anos, além de discutirem, inovarem e difundirem os
sistemas produtivos e sociais buscam melhorar à qualidade de vida do rurícola, do
citadino, e dele, extensionista; e ainda estimulam a participação dessas
categorias no processo decisório: municipal, estadual, distrital e federal,
para deixar firme e segura a reprodução de suas lógicas familiares, sob a
complexa sustentabilidade: econômica, social e ecológica, ora imposta, mas continuam
inventando e reinventando dia a dia as relações sociais. É inexorável, reconhecer
os conflitos, os diálogos e a confiança nas alianças – e assim, se reproduz.
O Extensionista, essa marca distintiva, está em viés de baixa na iniciativa estatal e ausente na iniciativa privada, mas, ainda assim, pode ajudar à promover o Desenvolvimento Sustentável – um processo, conflitos e alianças, que compartilhado em redes multidimensionais pelos indivíduos em pleno Estado de Direito utilizam a capacidade organizacional, a ideia de negócio, para preservar e usar os fatores de produção e os tributos, transformando-os em bens e serviços, a proposta de valor, do autoconsumo ao mercado para suprir às necessidades e desejos, a expectativa de vida, pelo usufruto dos bens inalienáveis – individualidade, liberdade, propriedade, confiança e felicidade – O Estado da Arte.
Aplausos!
[1] Mestre em Desenvolvimento Sustentável, Engenheiro Agrônomo, professor da Universidade
Estadual de Alagoas/UNEAL, jornalista, membro da Academia Brasileira
de Extensão Rural/ABER, diretor do Sindagro, articulista da Tribuna
Independente/Alagoas, Blog: sabecomquemestafalando.blogspot.com