terça-feira, 31 de agosto de 2021

BEM VIVER O QUÊ?

              Marcos Antonio Dantas de Oliveira[1]

 

"Mas dizei-me, irmãos, se falta objeto à humanidade, não é porque ela mesma não existe?  Assim falava Zaratustra (Nietzsche)". Então, como cheguei até aqui como indivíduo e como espécie? Porque faço o que faço? Como enxergo e pratico às virtudes e vícios, me leva à prosperidade, bem-estar e felicidade? Como quero ser com os outros, e estes como querem ser comigo? Se a grande maioria dos 7,8 bilhões de habitantes da terra sobrevivem sem praticar sua individualidade, sua liberdade e sua propriedade usam, em viés de alta, suas preferências temporais individuais no presente, no caso, não têm como escolherem àquelas orientadas para o futuro, que geraram prosperidade e bem-estar – o que há?  https://g1.globo.com/mundo/noticia/2021/07/28/brasileiros-lideram-ranking-mundial-de-sensacao-de-viver-em-pais-em-declinio.ghtml

 

As pessoas devem compartilhar leituras e filosofar sobre o pensar e o agir, e assim fazer uso da razoabilidade para prover às necessidades e autorrealizações humanas – Maslow, Diamandis e Oliveira: comida, água, abrigo, energia, tic, saúde, liberdade e individualidade,  educação  –  https://www.ecodebate.com.br/2021/07/27/educacao-basica-271-dos-estudantes-brasileiros-tem-dificuldades-com-interpretacao-de-texto-diz-pesquisa/

 

Afinal, nesse cenário de tantas desigualdades, incertezas e inseguranças, inclusive a jurídica, o índio, o agricultor familiar, o quilombola, a quebradeira de coco, a catadora de mangaba, o faxinalense, o fundo de pasto, a marisqueira e suas famílias que necessitam preservar, usar e  compartilhar os fatores de produção, os impostos, a máquina estatal, a cultura e as subculturas, o bem-viver, com os diversos agrupamentos humanos prósperos. E esse sistema cooperativo ao usar a educação, a tecnologia transformacional, a produtividade age como uma força motriz que protege, conserva, usa, inova, produz, consume, especializa, armazena, intercambia e otimiza ideias e bem-estar em escala ascendente e abundante, e pode garantir que o usufruto da riqueza pública e da privada não é um jogo de soma zero nesse mundo globalizado. Sobretudo porque "cada pessoa possui uma inviolabilidade fundada na justiça que nem mesmo o bem-estar da sociedade como um todo pode ignorar”. Por essa razão, a justiça nega que a perda de liberdade de alguns se justifique por um bem maior partilhado por outros" (Rawls), e salvaguardada pelo império da lei, como assertivamente afirmava Bastiat – “A Lei é a organização coletiva do direito individual em legítima defesa”.

 

Uma vez que, compreender o estado da vida e de vida de todos na bacia hidrográfica, é criar, reinventar e compartilhar tendências e cenários para organizar e melhorar as trocas desiguais ecológicas e econômicas sob regras formais e informais; e o diálogo como exercício máximo da individualidade, da liberdade e da propriedade, lhes assegura não só uma vida confortável, mas, sobretudo usufruir de suas preferências temporais, principalmente as de longo prazo, bem como abri mão voluntariamente de algumas delas, em favor de uma regra moral, que aperfeiçoada ao longo da vida alavancará o desfrute dos bens e serviços em contínuos processos de aprendizagem, desaprendizagem e reaprendizagem sobre os princípios ecológicos (o estudo da casa) e os fundamentos econômicos (o estudo do manejo da casa). Que ao pensar, dialogar e agir, planejar e gestar estrategicamente o uso dos fatores de produção, a estrutura dos impostos e a tomada de decisão efetivam os objetivos estabelecidos, prosperidade e bem viver, pelos indivíduos e pela sociedade, ao primarem pela eficiência, eficácia e ótima qualidade da produção e do consumo; da legislação e da fiscalização; da política pública de educação, de saúde e de segurança pública e jurídica; do serviço de pesquisa agropecuária e extensão rural – da vigilância da mídia e do eleitor à corrupção em qualquer instância social.

 

Tal que, compartilhar ideias, especializações, cooperações, ciência, filantropia bilionária, ética e conectividade em ambientes institucionais e ambientes não institucionais públicos e privados, que salvaguardados por instituições inclusivas econômicas e políticas garantem o Estado de Direito, aumentando às possibilidades de promover o Desenvolvimento sustentável – um processo, conflitos e alianças, que compartilhado em redes multidimensionais pelos indivíduos em pleno Estado de Direito utilizam a capacidade organizacional, a ideia de negócio, para preservar e usar os fatores de produção e os tributos, transformando-os em bens e serviços, a proposta de valor, do autoconsumo ao mercado para suprir as necessidades e desejos, a expectativa de vida, pelo usufruto dos bens inalienáveis – individualidade, liberdade, propriedade, confiança e felicidade – O Estado da Arte.



1 Mestre em Desenvolvimento Sustentável e Engenheiro agrônomo, professor da UNEAL, membro da ABER, diretor do SINDAGRO, articulista da Tribuna Independente de Maceió - Alagoas, Blog: sabecomquemestafalando.blogspot.com