sexta-feira, 31 de dezembro de 2021

Longe do ESTADO DE DIREITO

       Marcos Antonio Dantas de Oliveira[1]

Contudo, eis o homem, como bem diz, Frédéric Bastiat (2010) – “foi pelo fato de a vida, a liberdade e a propriedade existirem antes que os homens foram levados a fazer as leis”.

 

O processo compulsório e coercitivo de um Estado que atua ausente de suas funções básicas: proteger à vida, à liberdade e à propriedade; que arrecada muito imposto e o distribui mal, por exemplo, ao prestar serviços de má qualidade, ineficientes e caros, de educação, saúde, saneamento básico (+50% da população não o tem) e segurança pública afetam severamente às preferências temporais de longo prazo de homens e mulheres, crianças, jovens e adultos, principalmente, de beneficiários da Lei 11.326/2006; essa ação estatal contínua, por anos a fio, gera aumento da desigualdade econômica e social. 


Pensar e agir são necessidades naturais de homens e mulheres, independentes de sua pouca riqueza e renda privadas; da manutenção de suas lógicas familiares; de suas éticas de compadrio; e de políticas públicas que degradam biótopos, biótipos, biomas, nesses casos, pela carência de alimentos, vestuário, renda, moradia, educação empobrecem porque não conseguem acumular a renda do capital, e muito mal acumulou a renda do trabalho – acumular riqueza e usá-la – Riqueza, para Piketty (2014), é “o valor total, a preços de mercado, de tudo que os residentes e o governo de um país possuem num determinado momento e que possa ser comprado e vendido em algum mercado”. Essas pessoas, segundo o Conceito Estatístico do Décimo, estão entre os 50% da base da distribuição de renda na pirâmide social pela “deficiência de impulsos e preferências pessoais” (MILL, 2018).

 

Longe do Estado de Direito, esses homens e mulheres, não frequentam o banquete da riqueza gerada, devido aos persistentes efeitos causados pela apatia dessas pessoas e da sociedade, e pelo ineficiente governo [federal, estadual, municipal e distrital]; e momentaneamente pela pandêmica Covid-19, que agrava essa já precária condição de vida. Dito isso, vale ressaltar que entre esses beneficiários, é alto número de analfabetos; é elevado nível de descapitalização e endividamento bancário; é baixíssimo o número de empreendedores; é comum, a insegurança jurídica, a gestão precária, o custo de produção que não remunera a mão de obra familiar; o uso de tecnologia de baixa produtividade, o pouco uso da interação computador-internet, a incapacidade de repor os bens de capital, a sazonalidade de um mercado de poucos serviços e produtos, o baixo consumo de bens, e a ineficiência do serviço governamental de educação, saúde e segurança pública, por exemplos, sobretudo por uma visão de futuro sem qualquer prazo, bem como a de curto prazo dos planejadores, estatal e da iniciativa privada, que aniquilam à disposição dessas pessoas em solucionar à hierarquia de suas necessidades e autorrealizações – Maslow (1943); Diamandis (2012) e Oliveira (2019): comida, água, abrigo, energia, educação, tic, saúde, individualidade e liberdade para alavancar seu propósito de vida.

 

Portanto, uma política de desenvolvimento sustentável, que assegurada pelo exercício da liberdade individual e da cidadania de homens e mulheres, garanta-lhes o acesso e o uso dos recursos naturais, tributos e lucro em suas unidades: familiar, produtiva, social e geográfica; sobretudo pelas suas participações, acompanhamento e avaliação do PPA, da LDO e da LOA, federal, estadual e municipal. Esse processo aponta para a necessidade de estratégias sustentáveis para garantir que as diretrizes e a execução de programas, ações e projetos construam uma visão de futuro baseada nas preferências temporais individuais, salvaguardadas pelo Estado de Direito ­– “significa que todas as ações do governo são regidas por normas previamente estabelecidas e divulgadas – as quais tornam possível prever com razoável grau de certeza de que modo a autoridade usará seus poderes coercitivos em dadas circunstâncias, permitindo a cada um planejar suas atividades individuais com base nesse conhecimento”, diz Hayek (2010) - https://jovempan.com.br/opiniao-jovem-pan/comentaristas/j-r-guzzo/stf-impede-o-executivo-e-o-legislativo-de-governar-o-pais.html

 

Nalgum momento, servidores públicos em campanha – presidente, governador e parlamentares – estão a um passo de adentrar sua casa para "pedir seu voto". 


Pense. Aja! 


Há soluções – "... o indivíduo tem liberdade de decisão e é solicitado a sacrificar voluntariamente as vantagens pessoais à observância de uma regra moral” (Hayek, 2010). 

 

 



[1] Mestre em Desenvolvimento Sustentável, Engenheiro Agrônomo, professor da Universidade Estadual de Alagoas/UNEAL, membro da Academia Brasileira de Extensão Rural/ABER, diretor do Sindagro, articulista da Tribuna Independente/Alagoas, Blog: sabecomquemestafalando.blogspot.com 

 

terça-feira, 30 de novembro de 2021

Extensionista, em viés de baixa

 Marcos Antonio Dantas de Oliveira [1]


Sobretudo depois da extinção da Empresa Brasileira de Assistência Técnica e de Extensão Rural/Embrater pelo governo Collor, que teve como consequência a aniquilação do Sistema Brasileiro de Assistência Técnica e de Extensão Rural/Sibrater, deixando à deriva as entidades estaduais de assistência técnica e extensão rural, principalmente, as do Nordeste e do Norte. Agora é a vez dos estados dá sequência a extinção desse serviço, enquanto agente animador e impulsionador de prosperidade e de bem-estar individual e da família. Restam a Emater dos estados  Ceará, Brasília (DF), Minas Gerais, Pará e do Rio Grande do Sul que continuam originais, por enquanto. Contudo a Epagri (resultado de fusões) é um caso sucesso! Visite-a, pelo menos no https://www.epagri.sc.gov.br/


A desorganização administrativa gerada pela extinção da Embrater e do Sibrater continua causando danos significativos ao planejamento e a gestão, e ao balanço social das entidades estaduais, aumentando a ineficiência de governo, inclusive tornando os serviços estaduais caros e clientelistas e sem perspectiva; no mínimo, condenando-os ao ostracismo, o que ainda o tornar mais caro. Esse fato deixou o extensionista à deriva, sobremaneira aquele que desenvolve suas ações na área social – Em Alagoas, 10 anos após a criação da nova Emater, a lei não foi regulamentada. O precário serviço de extensão rural e pesquisa agropecuária, é fato e deixou à toa o extensionista (se é que esse título é válido para quem é bolsita).

 

À vista disso, nos últimos 30 anos, a ênfase do governo (federal, estadual, municipal e distrital) está na aplicação de políticas de mal-estar, salvaguardadas pela onipresença de instituições políticas e econômicas extrativistas. Que, de igual modo, continua gerando um passivo econômico, social e ambiental alto para os beneficiários da Lei 11.326/2006, principalmente, pela não reposição dos bens de capital e baixo consumo de bens e serviços, ferramentas motivadoras para alavancar o uso de inovações, da produtividade de todos os fatores, do lucro do empreendimento, impossibilitando, por certo, à prosperidade, o bem-estar individual, a felicidade com repercussões de mal-estar também nos outros indivíduos e na sociedade.

 

O que se vê, é que, é próprio do indivíduo (extensionista, área técnica e social) como escolher sua preferência temporal individual, em viés de alta; à busca conceitual e contextualizada de sua existência e do potencial do seu ser – individualidade, liberdade e posse; porquanto, “não importa quão sejam primitivas as suas ações, ele precisa projetá-las no futuro e pesar as consequências; o que requer um processo conceitual – e um processo conceitual não pode ocorrer em um vácuo: ele requer um contexto. A escolha do homem não é se ele precisa de uma visão abrangente da vida, mas apenas se sua visão é verdadeira ou falsa. Se ela for falsa, isso o leva a agir como seu próprio destruidor” (Rand, 2019).

 

Extensionistas, mulher e homem, nesses 70 anos, além de discutirem, inovarem e difundirem os sistemas produtivos e sociais buscam melhorar à qualidade de vida do rurícola, do citadino, e dele, extensionista; e ainda estimulam a participação dessas categorias no processo decisório: municipal, estadual, distrital e federal, para deixar firme e segura a reprodução de suas lógicas familiares, sob a complexa sustentabilidade: econômica, social e ecológica, ora imposta, mas continuam inventando e reinventando dia a dia as relações sociais. É inexorável, reconhecer os conflitos, os diálogos e a confiança nas alianças – e assim, se reproduz.

 

O Extensionista, essa marca distintiva, está em viés de baixa na iniciativa estatal e ausente na iniciativa privada, mas, ainda assim, pode ajudar à promover o Desenvolvimento Sustentável – um processo, conflitos e alianças, que compartilhado em redes multidimensionais pelos indivíduos em pleno Estado de Direito utilizam a capacidade organizacional, a ideia de negócio, para preservar e usar os fatores de produção e os tributos, transformando-os em bens e serviços, a proposta de valor, do autoconsumo ao mercado para suprir às necessidades e desejos, a expectativa de vida, pelo usufruto dos bens inalienáveis – individualidade, liberdade, propriedade, confiança e felicidade – O Estado da Arte. 


Aplausos!



[1] Mestre em Desenvolvimento Sustentável, Engenheiro Agrônomo, professor da Universidade Estadual de Alagoas/UNEAL, jornalista, membro da Academia Brasileira de Extensão Rural/ABER, diretor do Sindagro, articulista da Tribuna Independente/Alagoas, Blog: sabecomquemestafalando.blogspot.com 

 

 

 


domingo, 31 de outubro de 2021

Por anos a fio

 Marcos Antonio Dantas de Oliveira[1]

Inexoravelmente, pensar e agir são sentimentos naturais e imperiosos para os rurícolas: homens e mulheres, crianças, jovens e adultos, independentes de sua pouquíssima riqueza e renda privadas, mesmo que usem os fatores de produção para manter suas lógicas familiares, suas éticas de compadrio, e suas preferências temporais; nesses casos, pela carência de alimentação, vestuário, renda, moradia, educação e políticas públicas que degradam biótopos, biótipos, biomas – esses sentimentos estão em falta no seu dia a dia; e por um Estado coercitivo que compulsoriamente atua, nitidamente, ausente de suas funções básicas: proteger à individualidade, à liberdade e à propriedade; que arrecada muito imposto e o distribui mal, por exemplo, ao prestar serviços de má qualidade e caros, de educação, saúde e segurança pública; essa atuação estatal é orientada para apreferências temporais no presente desses homens e mulheres; essa ação estatal contínua, por anos a fio, gera aumento da desigualdade econômica e social – https://www.youtube.com/watch?v=AMYo5NoGZCY

Tampouco, a Lei nº 11.326 de 24/07/2006 – que ao estabelecer as diretrizes da Política Nacional da Agricultura Familiar e Empreendimentos Familiares Rurais conseguiu minimizar o seu caráter político-ideológico, uma espoliação legal, que contamina o entendimento sobre a heterogênea agricultura familiar como atividade econômica geradora de empregos, rendas, prosperidade e bem-estar; e que continua sem atender às necessidades básicas da grande maioria dos beneficiários dessa lei; e priva-os do consumo de bens e serviços. 

Para além disso, em geral, a atuação ineficiente das empresas de Ater privadas e públicas (essas abandonadas pelos governos estaduais estão em estado de petição de miséria, e as outras sem capital suficiente para um atendimento aos clientes), nesses 14 anos, não oportunizaram o êxito do empreendedorismo para a grande maioria dos 3,9 milhões – em Alagoas, 82 mil  de estabelecimentos familiares que continuam com renda de até 0,5 salário mínimo; então não há sucesso do empreendedor, nem do contratado, que empobreceram porque não conseguiram acumular a renda do capital, e muito mal acumulou a renda do trabalho, acumular riqueza e usá-la – Riqueza para Piketty (2014), é “o valor total, a preços de mercado, de tudo que os residentes e o governo de um país possuem num determinado momento e que possa ser comprado e vendido em algum mercado”. Essas pessoas, segundo o Conceito Estatístico do Décimo, estão entre os 50% da base da distribuição de renda na pirâmide social pela “deficiência de impulsos e preferências pessoais” (MILL, 2018).

Longe do Estado de Direito, esses homens e mulheres, crianças, jovens e adultos, não têm presença no banquete da riqueza gerada devido aos persistentes e contínuos efeitos causados conscientemente pela apatia dessas pessoas e da sociedade, e pelo ineficiente governo; e momentaneamente pela pandêmica Covid-19, que agrava essa já precária condição de vida. E a liberação do auxílio emergencial, é só uma pequena devolução do imposto pago também pelos desempregados e pelos ilegais ao venderem e ao comprarem os poucos produtos e serviços para sobreviverem em sua vida de mal-estar; enquanto a elite dos servidores públicos mantém os benefícios do emprego estável, vivem o bem-estar. 

E, não liberto de suas necessidades básicas, não estão livres para pensarem e agirem nos assuntos públicos – em Arendt (2018), “liberdade para ser livre”! Dito isso, vale ressaltar que entre esses beneficiários, é alto número de analfabetos; é elevado nível de descapitalização e endividamento bancário; é comum, a insegurança jurídica, a gestão precária, o custo de produção que não remunera a mão de obra familiar; o uso de tecnologia de baixa produtividade, o pouquíssimo uso da interação computador-internet, a incapacidade de repor os bens de capital, a sazonalidade de um mercado de poucos serviços e produtos, e a ineficiência do serviço de ATER, sobretudo por uma visão de futuro sem qualquer prazo, bem como a de curto prazo dos planejadores, estatal e da iniciativa privada, têm aniquilado às preferências temporais orientadas para o futuro dessas pessoas em buscar soluções e superar à hierarquia de suas necessidades básicas para alavancarem seus propósitos de vida. 

E a solução, argumenta Hayek (2010): "... o indivíduo tem liberdade de decisão e é solicitado a sacrificar voluntariamente as vantagens pessoais à observância de uma regra moral”. 

À vista disso, não fiquem em casa! Doravante, nalgum momento, os servidores públicos em campanha – presidente, governador, senador e deputado: distrital, estadual e federal  estão a um passo de adentrar sua casa para "pedir seu voto" – Pense. Aja! Escolha líderes – Líder é aquele que usa a autoridade, que é o “controle ou influência sobre o comportamento de outros para a promoção de metas coletivas, com base em alguma forma verificável de consentimento destes outros em razão de estarem informados dessa situação" (BERNARDES citando BUCKLEY, 2009). Ainda assim, os vigiem, desta vigilância, depende à sua prosperidade, suas preferências temporais e o seu bem-estar individual e da sociedade.

 

 

 

 

 



       [1] Mestre em Desenvolvimento Sustentável e professor da UNEAL, 

quinta-feira, 30 de setembro de 2021

O que HÁ?!

 Marcos Antonio Dantas de Oliveira[1] 

É sabido que o êxito das pessoas e das empresas, a ideia de negócio, na bacia hidrográfica em qualquer negócio sustentável, inclusive do negócio agropecuário – preservação e uso dos fatores de produção, certificação e fiscalização; tributo, lucro e consumo de bens e serviços; autonomia e liberdade – moldam as instituições e os homens, essa interação em redes potencializa e amplia às necessidades e às preferências temporais individuais; impele pessoas, empresas e governo à prosperidade e ao bem-estar pelo usufruto inalienável dos bens primários – individualidade, liberdade, posse, confiança e felicidade (Oliveira, 2020)  – e as instituições inclusivas econômicas e políticas são as regras do jogo num mundo que se globaliza velozmente, principalmente pelo uso da interação computador-internet-dispositivo móvel de banda larga, uma conectividade ágil, confiável, barata e onipresente em qualquer atividade exercitada pelo espírito inovador do homo sapiens sapiens: da preservação e uso de bens de capital e de bens e serviços de qualidade, funcionais, convenientes, confiáveis e a preços de mercado – uma troca pacífica.

E o Sistema: Conselho Federal de Agronomia, Engenharia, Geografia, Geologia e Meteorologia/Confea e seus Conselhos Regionais/Crea, tem como finalidade regular e fiscalizar o exercício profissional; e objetiva, garantir que o exercício desses profissionais habilitados se realize, de maneira segura, confiável e ética, em benefício da sociedade. E o Sistema Confea/Crea, atuando assim, é umas dessas instituições inclusivas.

Quiça, o que se vê, é que o Confea, uma autarquia federal, que exerce o papel de instância máxima, que a sociedade pode recorrer no que se refere ao regulamento do exercício profissional; e o Crea, que exerce o papel de primeira e segunda instância de serviços de fiscalização. O Sistema Confea/Crea não tem cumprido com eficácia sua finalidade, objetivo e atribuições, regulando e fiscalizando, garantindo e habilitando o exercício profissional com a missão de defender a sociedade de práticas ilegais. 

Embora, o que não se vê, é que o Sistema Confea/Crea, um serviço público que tem a obrigação de regular e fiscalizar o exercício profissional apresenta baixa eficácia nos resultados de suas atribuições, por não combater eficientemente, o mau exercício das atividades profissionais, também por não habilitados ou leigos, devido, por exemplo, devido baixo número de fiscais. Ainda mais quando, é uma instituição da área tecnológica, que usa pouco a interação do computador-internet-dispositivos móveis de banda larga, uma ferramenta onipresente, rápida, confiável em suas atividades cotidianas.

Tampouco, o que se vê, é que as organizações que integram o Sistema Confea/Crea têm dificuldades para inculcar a ética como bem individual com repercussões e responsabilidades nas atividades e ações desenvolvidas pelas pessoas e empresas na bacia hidrográfica.

Entretanto, o que não se vê na eleição, via de regra, é a razão vencer a ética do compadrio. E, que, historicamente, é impactada negativamente pelo baixo número de eleitores e pela prática de reeleição, com isso, alavanca a baixa eficiência e eficácia do Sistema Confea/Crea; porque, “o perigo que ameaça a natureza humana não é o excesso, e sim a deficiência de impulsos e preferências pessoais”, diz Mill.

Decerto que, o que se vê, é como o Sistema Confea/Crea, um serviço público octogenário, com tantas gerações de eleitos e eleitores, de dirigentes e de conselheiros que ainda não zela pela ética no exercício profissional do engenheiro, geólogo, geógrafo e meteorologista, nem defender e proteger à sociedade.

Pois, o que não se vê, é que a sociedade, em geral, não conhece e não confia ou conhece e não confia, na missão do Sistema Confea/Crea, ora por muitos e persistentes ruídos na comunicação.

Então, o que se vê – é que o homem “não importa quão sejam primitivas as suas ações, ele precisa projetá-las no futuro e pesar as consequências; o que requer um processo conceitual – e um processo conceitual não pode ocorrer em um vácuo: ele requer um contexto. A escolha do homem não é se ele precisa de uma visão abrangente da vida, mas apenas se sua visão é verdadeira ou falsa. Se ela for falsa, isso o leva a agir como seu próprio destruidor” (Rand, 2019).

Isto posto, o que não se vê, é que, é próprio da natureza do homem à busca conceitual e contextualizada de sua existência e do potencial do seu ser – individualidade, liberdade e posse, como Engenheiro, Geografo, Geólogo e Meteorologista – É inexorável que natureza do homem seja salvaguardada por instituições econômicas e políticas inclusivas que garantam o Estado de Direito e que alavanquem às possibilidades de promover o Desenvolvimento Sustentável – um processo, conflitos e alianças, que compartilhado em redes multidimensionais pelos indivíduos em pleno Estado de Direito utilizam a capacidade organizacional, a ideia de negócio, para preservar e usar os fatores de produção e os tributos, transformando-os em bens e serviços, a proposta de valor, do autoconsumo ao mercado para suprir às necessidades e desejos, a expectativa de vida, pelo usufruto dos bens inalienáveis – individualidade, liberdade, propriedade, confiança e felicidade – O Estado da Arte.

Ah, todo dia, é dia do Engenheiro Agrônomo – APLAUSOS!


[1]  Mestre em Desenvolvimento Sustentável, Engenheiro Agrônomo, professor da Universidade Estadual de Alagoas/UNEAL, jornalista, membro da Academia Brasileira de Extensão Rural/ABER, diretor do Sindagro, articulista da Tribuna Independente/Alagoas, Blog: sabecomquemestafalando.blogspot.com 

 

 

 

terça-feira, 31 de agosto de 2021

BEM VIVER O QUÊ?

              Marcos Antonio Dantas de Oliveira[1]

 

"Mas dizei-me, irmãos, se falta objeto à humanidade, não é porque ela mesma não existe?  Assim falava Zaratustra (Nietzsche)". Então, como cheguei até aqui como indivíduo e como espécie? Porque faço o que faço? Como enxergo e pratico às virtudes e vícios, me leva à prosperidade, bem-estar e felicidade? Como quero ser com os outros, e estes como querem ser comigo? Se a grande maioria dos 7,8 bilhões de habitantes da terra sobrevivem sem praticar sua individualidade, sua liberdade e sua propriedade usam, em viés de alta, suas preferências temporais individuais no presente, no caso, não têm como escolherem àquelas orientadas para o futuro, que geraram prosperidade e bem-estar – o que há?  https://g1.globo.com/mundo/noticia/2021/07/28/brasileiros-lideram-ranking-mundial-de-sensacao-de-viver-em-pais-em-declinio.ghtml

 

As pessoas devem compartilhar leituras e filosofar sobre o pensar e o agir, e assim fazer uso da razoabilidade para prover às necessidades e autorrealizações humanas – Maslow, Diamandis e Oliveira: comida, água, abrigo, energia, tic, saúde, liberdade e individualidade,  educação  –  https://www.ecodebate.com.br/2021/07/27/educacao-basica-271-dos-estudantes-brasileiros-tem-dificuldades-com-interpretacao-de-texto-diz-pesquisa/

 

Afinal, nesse cenário de tantas desigualdades, incertezas e inseguranças, inclusive a jurídica, o índio, o agricultor familiar, o quilombola, a quebradeira de coco, a catadora de mangaba, o faxinalense, o fundo de pasto, a marisqueira e suas famílias que necessitam preservar, usar e  compartilhar os fatores de produção, os impostos, a máquina estatal, a cultura e as subculturas, o bem-viver, com os diversos agrupamentos humanos prósperos. E esse sistema cooperativo ao usar a educação, a tecnologia transformacional, a produtividade age como uma força motriz que protege, conserva, usa, inova, produz, consume, especializa, armazena, intercambia e otimiza ideias e bem-estar em escala ascendente e abundante, e pode garantir que o usufruto da riqueza pública e da privada não é um jogo de soma zero nesse mundo globalizado. Sobretudo porque "cada pessoa possui uma inviolabilidade fundada na justiça que nem mesmo o bem-estar da sociedade como um todo pode ignorar”. Por essa razão, a justiça nega que a perda de liberdade de alguns se justifique por um bem maior partilhado por outros" (Rawls), e salvaguardada pelo império da lei, como assertivamente afirmava Bastiat – “A Lei é a organização coletiva do direito individual em legítima defesa”.

 

Uma vez que, compreender o estado da vida e de vida de todos na bacia hidrográfica, é criar, reinventar e compartilhar tendências e cenários para organizar e melhorar as trocas desiguais ecológicas e econômicas sob regras formais e informais; e o diálogo como exercício máximo da individualidade, da liberdade e da propriedade, lhes assegura não só uma vida confortável, mas, sobretudo usufruir de suas preferências temporais, principalmente as de longo prazo, bem como abri mão voluntariamente de algumas delas, em favor de uma regra moral, que aperfeiçoada ao longo da vida alavancará o desfrute dos bens e serviços em contínuos processos de aprendizagem, desaprendizagem e reaprendizagem sobre os princípios ecológicos (o estudo da casa) e os fundamentos econômicos (o estudo do manejo da casa). Que ao pensar, dialogar e agir, planejar e gestar estrategicamente o uso dos fatores de produção, a estrutura dos impostos e a tomada de decisão efetivam os objetivos estabelecidos, prosperidade e bem viver, pelos indivíduos e pela sociedade, ao primarem pela eficiência, eficácia e ótima qualidade da produção e do consumo; da legislação e da fiscalização; da política pública de educação, de saúde e de segurança pública e jurídica; do serviço de pesquisa agropecuária e extensão rural – da vigilância da mídia e do eleitor à corrupção em qualquer instância social.

 

Tal que, compartilhar ideias, especializações, cooperações, ciência, filantropia bilionária, ética e conectividade em ambientes institucionais e ambientes não institucionais públicos e privados, que salvaguardados por instituições inclusivas econômicas e políticas garantem o Estado de Direito, aumentando às possibilidades de promover o Desenvolvimento sustentável – um processo, conflitos e alianças, que compartilhado em redes multidimensionais pelos indivíduos em pleno Estado de Direito utilizam a capacidade organizacional, a ideia de negócio, para preservar e usar os fatores de produção e os tributos, transformando-os em bens e serviços, a proposta de valor, do autoconsumo ao mercado para suprir as necessidades e desejos, a expectativa de vida, pelo usufruto dos bens inalienáveis – individualidade, liberdade, propriedade, confiança e felicidade – O Estado da Arte.



1 Mestre em Desenvolvimento Sustentável e Engenheiro agrônomo, professor da UNEAL, membro da ABER, diretor do SINDAGRO, articulista da Tribuna Independente de Maceió - Alagoas, Blog: sabecomquemestafalando.blogspot.com 

 




sábado, 31 de julho de 2021

A apatia do 'dono-cooperado'

 

Marcos Antonio Dantas de Oliveira[1]

 

Foi, e continua sendo observada no dia a dia das cooperativas, Capial, Cooperal e Coopagreste, localizadas na região fumageira do estado de Alagoas - e entre tantas outras cooperativas Brasil afora. É uma oportunidade ímpar, sobretudo convidativa, para ler, refletir, inferir e emitir opiniões com clareza sobre os problemas e as soluções. E por certo, resolverem e alavancarem o ideário, o ativismo, a prática cooperativista, a estrutura de custos, a capacidade organizacional – recursos, processos e valores – e a tomada de decisão pelo ‘dono-cooperado’ dessas cooperativas.

 

Essas empreendedoras sociais necessitam implementar um intensivo compartilhamento do aprender, desaprender e reaprender as complexas relações estatutárias, sociais e éticas - https://ultimosegundo.ig.com.br/policia/2021-07-21/operacao-policial-cooperativa-reciclagem-para-lavar-mais-50-milhoes-rj.html?fbclid=IwAR2ONAvR_kGSFubWH7Tba6QlviuHuiGnvLZKgRbafnO9z6MiWPzgBQAitX4

 

Nessas condições, é inexorável, a participação cognitiva, instrumental, política e social do 'dono-cooperado' (ou de qualquer outra cooperativa) que assegurará à prosperidade do seu negócio privado – recursos, processos e valores – pela otimização da gestão eficiente dos fatores de produção e da liderança eficaz em sua ideia de negócio – Qual deve ser o nosso ramo? Quem é o nosso cliente? Qual dos nossos produtos, serviços ou atividades já não servem mais ao nosso cliente? Quanta lucratividade precisamos? –, e a essas cooperativas de criarem clientes para entregarem-lhes o resultado econômico e social prometido, o bem e o serviço, funcionais e confiáveis, convenientes e comercializados a preço ajustável pelo conceito do cliente para o valor ('donos-cooperados', stakeholders e sociedade); e assim, alavancarem o Desenvolvimento Sustentável – o Estado da Arte.

 

Então, empoderar o ‘dono-cooperado’ e criar clientes são estratégias promissoras e oportunas, porque alavancam a liberdade de muitos e o êxito dessas cooperativas. E argumentou Charles Howarth, um dos pioneiros de Rochdale (HOLYOAKE, 2003): “preferia renunciar a todas as suas vantagens, si, para conseguil-as, se tivesse de attentar contra o principio da liberdade”.

 

É o 'dono-cooperado' de qualquer cooperativa que ao usufruir dos bens e direitos – autoestima, inteligência, imaginação, saúde e vigor, oportunidades, renda, riqueza, liberdade, individualidade, propriedade, confiança e felicidade, propostos por Rawls (2002); Bastiat (2010); e Oliveira (2013) – e das regras formais e informais em ambientes e arranjos institucionais e não-institucionais no ambiente de negócios pode e deve usar suas habilidades e competências para revolucionar, reformar e potencializar o ativismo, a prática cooperativista, a estrutura de custos, a capacidade organizacional – recursos, processos e valores –, e a tomada de decisão pelo empoderado 'dono-cooperado' em assembleia e executada pelo dirigente-líder – Líder é aquele que usa a autoridade, que é o “controle ou influência sobre o comportamento de outros para a promoção de metas coletivas, com base em alguma forma verificável de consentimento destes outros em razão de estarem informados dessa situação” (BERNARDES citando BUCKLEY, 2009).

 

De modo que, esse dirigente-líder ao aplicar as ferramentas de análise e gerenciais; e no interior da cooperativa, o endomarketing, solucionam as ameaças e incertezas, os conflitos, que salvaguardados pelo exercício do estado de Direito viabilizará o negócio sustentável: a ideia de negócio – pelo planejamento e gestão estratégicos, comunicação integrada de marketing e outros canais de comunicação, inovação, produtividade, logística e pela troca mútua (mercado velho e novo, interno e externo, e redes de valor) – o valor do bem e do serviço para o cliente e para o cooperado, enquanto consumidor – Eis o ‘dono-cooperado’, exercitando à individualidade, à liberdade e à posse.

 

 



[1] Mestre em Desenvolvimento Sustentável [engenheiro agrônomo], membro da ABER, professor da UNEAL, diretor do SINDAGRO, articulista da Tribuna Independente de Maceió - Alagoas, Blog: sabecomquemestafalando.blogspot.com 

 

quarta-feira, 30 de junho de 2021

O Êxito da Ética de Compadrio

Marcos Antonio Dantas de Oliveira[1]

 

Sobretudo, porque o número de organizações cooperativas singulares e centrais ainda é pequeno, principalmente aquelas que atuam no ramo de crédito, de trabalho e do agropecuário, é relevante observar e levar em conta que existem, 3,9 milhões de estabelecimentos familiares no Brasil, em Alagoas, são 82.369 estabelecimentos familiares (IBGE: Censo Agropecuário, 2019), que ocupam espaços privados e públicos objetivando cumprir seus estatutos – ideário e prática cooperativista. 


É importante notar e anotar que o baixo grau de ativismo e de prática social dos cooperados pelo não exercício da democracia direta, repercute negativamente nos debates, nos encaminhamentos, nas alianças e nas práticas cooperativistas (atos e processos). Assim, é preciso avaliar: 1) a influência de uma ética de compadrio autoritária exercida pelo Estado (e os governos) e pelas cooperativas (e os dirigentes-cooperados) que atuando com sua mão de força, promove a hierarquização de seus interesses, muitas vezes, uma reprodução das mesmas práticas clientelistas e paternalistas que as da oligarquia política e fundiária; e, 2) pela apatia dos 'donos-cooperados' em relação ao projeto social, ao ideário e à prática cooperativista é generalizada e irrestrita nas assembleias ordinárias e extraordinárias, principalmente. 


E pode-se afirmar que as cooperativas sobre a influência da ética de compadrio, seus presidentes atuam como chefe - aquele que usa a troca como meio de "controle ou influência tendo por base recursos materiais e recompensas na forma de remuneração pelo recebimento de algum tipo de contribuição" (BERNARDES citando ETZIONI, 2009), e noutras atuam como condutor - é aquele que usa o poder como "controle ou influência sobre as ações dos outros no intuito de atingir as próprias metas, sem o consentimento destes outros, contra a vontade deles ou sem o seu conhecimento ou compreensão" (BERNARDES citando BUCKLEY, 2009).


Ademais, nos ensina: Machiavelli (1998) que diz, “aquele que promove o poder de um outro, perde o seu [...]” e Rousseau (2015), que “é absurdo e contraditório que o Soberano se dê um superior; obrigar-se a obedecer a um senhor é entregar-se sob plena liberdade”.

         

É fragorosamente inexpressiva uma assembleia geral com o mínimo de 10 'donos-cooperados' votantes em 3ª convocação para discutir, deliberar e aprovar qualquer pauta; sobretudo, porque sua presença é uma obrigação para com o seu negócio; e esse mínimo de 10 votantes desobriga até mesmo os dirigentes de comparecem as assembleias, e votarem.  Essa atitude é crucial para alavancar o ideário, o ativismo, à prática cooperativista, à ideia de negócio; embora seja crucial, também, porque levanta dúvida sobre a gestão e o objetivo da cooperativa.

 

É inexorável que as cooperativas estão quase sempre sendo ineficazes e malvistas pelo “menosprezo do exercício da democracia direta” (OLIVEIRA, 2013), principalmente pelos 'donos-cooperados', de modo que, o exercício dos princípios rochdaleanos é a porta de entrada e de saída para o êxito da prática cooperativista, e que tem na democracia direta a ferramenta para promoção de uma evolução no clima e na cultura organizacionais das cooperativas. As causas: influência da ética de compadrio entre governo e dirigentes e apatia dos 'donos-cooperados' pelo edital de convocação com 10 votantes e pelo menosprezo à democracia direta são das mais relevantes para o insucesso do cooperativismo, da função econômica e social da cooperativa.

 

Mas, se os 'donos-cooperados' alterarem o estatuto social discutindo, deliberando e aprovando em assembleia gerail, ordinária ou extraordinária, só em duas convocações: a 1ª (primeira) com 2/3, e a  2ª (segunda) com 50% (cinquenta por cento) mais 1 (um) dos 'donos-cooperados' aptos a votarem, estarão dando passos seguros para que seu negócio seja um caso de sucesso para atender os objetivos propostos no estatuto social. Sobretudo porque é na assembleia geral que o 'dono-cooperado' comparece, exercita, planeja, decide, fiscaliza, promove e vive o projeto social cooperativista necessário e oportuno para que a democracia direta, a proposta de valor e a ideia do negócio remunere e garanta bem-estar aos 'donos-cooperados' a perder de vista. Esses comportamentos exigem uma reflexão que se faz necessária para educar os cooperados, familiares e consumidores com a finalidade de compreender que o que se deve reformar é o conjunto do ambiente social.

 

 

 



     [1] Mestre em Desenvolvimento Sustentável e professor da UNEAL