Marcos Antonio Dantas de Oliveira[1]
– É questionável. O ano de 2024 terminou num caos para o consumidor de bens e serviços, o pagador de impostos (principalmente de ICMS) que ganha até três salários mínimos, é o mais atingido pela coerção governamental, que arrecadou mais de 3,6 trilhões em tributos.
– Ler as manchetes abaixo, convida-o para uma reflexão sobre sua renda, imposto pago e bem viver – cuide-se:
https://economia.ig.com.br/2025-01-05/governo-divida-2024-expectativa.html
https://revistaoeste.com/economia/quanto-custa-o-estado-brasileiro/B
Isso posto, lido e entendido, confirma, “O Estado é a grande ficção através da qual todo mundo se esforça para viver às custas de todo mundo”, como anunciou Frédéric Bastiat. Então esse fascínio pela função e controle estatal tem invadido nossa consciência, mas continua erodindo o exercício da individualidade, liberdade e propriedade, será por ignorância, por comodidade, ou por apatia a esse exercício?
Os agentes públicos e privados, contudo, não só o
vivenciam, como se apropriam Dele pela troca de favores negociando cargos
estatais, emendas parlamentares, licitações e concessões, financiamentos e a
lei orçamentária anual – o Poder Legislativo, Judiciário e Executivo, já
garantem reajustes aos seus salários, em detrimento dos empreendedores e
trabalhadores que geram a riqueza privada (ativos não financeiros e ativos
financeiros).
E os propagandistas do governo, o aplaude entusiasticamente em qualquer lugar, chamam à atenção para a relevância das funções do Estado; logo dão eco aos interesses dos que governam e apropriam-se do Estado, exacerbando assim o exercício do governo de costumes por parte desses, e que ainda são apoiados por aqueles que não revelam nenhum interesse em discutir e fiscalizar a riqueza pública e as atribuições dos agentes estatais; e, assim robustecem o compadrio e as desigualdades nas relações de qualquer outra e desfavorecem à prosperidade e à felicidade.
De modo que, a vida privada – individualidade, liberdade e propriedade – vem sofrendo ataques severos, frequentes e intensos neste século. Mas este século é também marcado pelo avanço rápido, barato, ágil e onipresente da conectividade: computador-internet-dispositivos móveis de banda larga, que dia a dia, expõe o indivíduo a ataques virulentos de terceiros e dos agentes estatais para controlar essa conectividade, sua vida privada.
É fato. Os indivíduos continuam criando sociedades, governos e estados, com o intuito de diminuir seu desconforto material e espiritual, para assegurar seus juízos de valor e suas preferências temporais, individual e coletiva, hedônica e eudemônica, hoje e amanhã, sobre ética, lei, ciência, progresso e bem viver.
Segundo Molinari “para definir e delimitar a função do governo, é necessário investigar a essência e o objetivo da sociedade”. A tal conectividade também beneficia o indivíduo (o agricultor) promovendo o desenvolvimento sustentável pela prática do Estado de Direito – "todas as ações do governo são regidas por normas previamente estabelecidas e divulgadas – as quais tornam possível prever com razoável grau de certeza de que modo a autoridade usará seus poderes coercitivos em dadas circunstâncias, permitindo a cada um planejar suas atividades individuais com base nesse conhecimento" (Hayek).
Afinal, nesse cenário de tantas incertezas e
inseguranças, inclusive a jurídica, o índio, o agricultor, o quilombola, o
faxinalense, o fundo de pasto, o microempreendedor e suas famílias devem
compartilhar a divisão do trabalho e mercado livres com os outros agrupamentos.
É a troca pacífica que ao usar a educação e a tecnologia transformacional
age como força motriz que marqueteia, inova, produz, consume, especializa,
armazena, intercambia e otimiza ideias e bem-estar em escala ascendente; e
garante pelo uso da preferências temporais,
o usufruto da riqueza privada e pública.
Não é um jogo de soma zero, porque "cada pessoa possui uma inviolabilidade fundada na justiça que nem mesmo o bem-estar da sociedade como um todo pode ignorar. Por essa razão, a justiça nega que a perda de liberdade de alguns se justifique por um bem maior partilhado por outros", ecoa Rawls. Nesse sentido, o indivíduo sempre faz e responde perguntas sobre a natureza da moralidade pessoal e do progresso, e livre dá rumo ao bem viver alicerçado nos valores: razão, propósito e autoestima em ambientes institucionais e não institucionais, públicos e privados.
O indivíduo, por certo, pensa, dialoga e age com integridade e autenticidade, porquanto, objetiva uma ética de compromisso baseada na atenção, investigação, julgamento de valor, responsabilidade e autocorreção contínuas. E ao exercitar o Estado de Direito em 2025, pode romper seu desconforto material e espiritual, pois, quando usa sua “autoridade genuína restringe o exercício arbitrário do poder” (Peterson) para assegura-lhe, um sim à singularidade de sua vida.
[1]
Mestre em Desenvolvimento Sustentável, professor da UNEAL, dirigente sindical,
articulista do jornal, Tribuna Independente e do blog:
sabecomquemestafalando.blogspot.com
Uma reflexão para o ano novo. Artur
ResponderExcluirPor certo, um texto atualíssimo.
ResponderExcluirProfessor, o seu texto mostra (e me relembra) como chegamos a 2025 com problemas que se repetem ano a ano como alta carga tributária, serviços públicos ruins e um Estado que pouco devolve ao cidadão com seus serviços que deveriam ser a base sólida para atender uma sociedade de forma impessoal e justa. A crítica à apropriação do Estado por interesses políticos é muito importante. Vale ressaltar também a reflexão sobre o papel do indivíduo, que precisa agir com consciência, ética e participação ativa nessas contribuições tão importantes. A ideia de que o bem viver depende da liberdade e da responsabilidade pessoal é algo que me fez repensar meu papel na sociedade.
ResponderExcluirMuito interessante por provoca o leitor. Agnaldo
ResponderExcluirO texto expõe um grande desafio: o equilíbrio entre a arrecadação tributária necessária para manter o Estado e a preservação da liberdade econômica e individual dos cidadãos. A alta carga tributária sobre os trabalhadores de baixa renda, somada à má gestão pública e à apropriação política dos recursos, compromete a eficiência econômica e desestimula o empreendedorismo. Para o administrador, é essencial melhorar a transparência, a governança e a participação social na gestão pública, além de investir em educação fiscal e inovação tecnológica.
ResponderExcluirMaria Gabriela Araújo Ferreira - Administração UNEAL
ResponderExcluirO artigo antecipa tendências para 2025, incluindo avanços tecnológicos e mudanças sociais. Administradores devem estar atentos a essas transformações, adaptando estratégias empresariais para aproveitar oportunidades emergentes e mitigar riscos associados às mudanças rápidas.
Raissa Alves da Silva - 2º Administração UNEAL
ResponderExcluirO texto critica o alto custo do Estado e a carga tributária sobre os mais pobres. Mostra como o poder público privilegia a si mesmo em detrimento da população. A liberdade individual e o direito à propriedade estão sendo corroídos. A conectividade, que poderia libertar, também virou alvo de controle estatal. Defende-se um Estado que respeite a lei e promova a autonomia do cidadão. Prosperidade exige menos coerção e mais justiça e liberdade.
O texto levanta reflexões importantes sobre o peso da carga tributária e a fragilidade da liberdade individual diante do avanço do Estado. Como futuro administrador, compreendo que a má gestão pública, aliada ao compadrio político e à centralização do poder, limita a prosperidade da sociedade e desestimula a iniciativa privada. O autor destaca a importância de instituições inclusivas e do Estado de Direito como caminho para um desenvolvimento mais justo. A valorização da ética, da tecnologia e da liberdade individual aparece como essencial para garantir bem-estar e crescimento sustentável.
ResponderExcluirO texto critica o **excesso de tributação e intervenção estatal**, que onera principalmente a população de baixa renda, enquanto agentes públicos e privados perpetuam privilégios via clientelismo e má gestão fiscal. Como administrador, vejo que o **Estado de Direito** e a **liberdade econômica** são essenciais para reduzir desigualdades, mas são minados por corrupção, burocracia e controle excessivo sobre a vida privada. A solução passa por **transparência**, **participação cidadã** e **tecnologia** para fiscalizar o poder público, além de instituições que priorizem **propriedade, livre mercado e ética individual** – pois só assim a sociedade alcançará prosperidade sem depender de um Estado inchado e ineficiente.
A leitura do texto traz uma reflexão necessária sobre o peso da carga tributária e a forma desigual como os recursos são administrados pelo Estado. É preocupante perceber que quem mais contribui com impostos é justamente quem menos recebe em retorno. A crítica à centralização de poder e à passividade social é pertinente. Concordo que o fortalecimento da liberdade individual, da ética e da participação ativa nas decisões públicas são caminhos essenciais para romper esse ciclo. A mensagem é clara: pensar, agir e dialogar são urgências de um cidadão consciente.
ResponderExcluirGleyce Kelly dos Santos/ Administração/ Ética nos negócios
Miquéias Melo da Silva
ResponderExcluirDisciplina: Ética nos Negócios - 2025.1
UNEAL - Universidade Estadual de Alagoas
O artigo faz uma crítica contundente à estrutura estatal brasileira, marcada por alta carga tributária, má gestão dos recursos públicos e favorecimento de elites político-administrativas em detrimento da população produtiva. O texto propõe que a solução está na valorização do indivíduo, da liberdade econômica e do exercício pleno do Estado de Direito. A conectividade digital surge como ferramenta de empoderamento, desde que protegida do controle estatal. Para 2025, a esperança está em uma gestão pública mais ética, transparente e inclusiva, que respeite os direitos individuais e incentive o desenvolvimento sustentável e o bem viver.
O texto discute como a alta carga de impostos, combinada com uma gestão pública ineficiente, prejudica a qualidade de vida da população. Mesmo com o avanço da tecnologia e da conectividade, o Brasil segue enfrentando problemas antigos como corrupção, desigualdade e concentração de poder. A reflexão aponta que o verdadeiro caminho para o bem viver está na participação ativa da sociedade e no fortalecimento do Estado de Direito, onde as leis sejam claras e aplicadas de forma justa. O exercício da liberdade individual, aliado à ética e à responsabilidade, torna possível superar o desconforto material e espiritual e alcançar uma vida mais digna e próspera.
ResponderExcluirAlessandra Domingos da Silva
Disciplina: Ética nos Negócios
UNEAL – Universidade Estadual de Alagoas
O texto propõe uma crítica contundente à ineficiência do Estado, à elevada carga tributária e à apropriação do poder público por interesses particulares. A reflexão evidencia a urgência de uma gestão pública mais transparente, descentralizada e comprometida com o bem comum. É fundamental que o administrador atue como agente de transformação, promovendo equidade, eficiência e justiça social. A conectividade e a participação cidadã devem ser utilizadas como instrumentos para fortalecer o Estado de Direito. Assim, é possível construir um ambiente favorável à liberdade, à prosperidade e ao desenvolvimento sustentável.
ResponderExcluirElaine Amaro dos Santos
Disciplina: Ética nos Negócios
UNEAL – Universidade Estadual de Alagoas
Iasmin Vieira Santos Melo
ResponderExcluirDisciplina: Ética nos negócios
Universidade Estadual de Alagoas - UNEAL
O texto critica o uso abusivo do Estado por agentes públicos e privados que se beneficiam de privilégios, enquanto a população produtiva sofre com perdas de liberdade e oportunidades. A conectividade moderna expõe o indivíduo tanto a riscos quanto a ferramentas de emancipação. Defende-se a valorização da ética, da liberdade e do Estado de Direito como caminhos para o bem viver. O indivíduo, guiado por razão e responsabilidade, deve agir com autonomia para romper o ciclo de dependência estatal.
Fabiana da Conceição filho Administracao -uneal
ResponderExcluirO texto fala sobre a irresponsabilidade do Estado e como isso afeta a sociedade como um todo, e o quanto isso vai ser mais visível a medida que o tempo passa, é possível perceber também que o poder legislativo, executivo e judiciário já fazem ações que aparentam estar fazendo o bem para a sociedade mas na verdade estão fazendo isso pensando em ter algo em troca. Com isso o relato é de grande importância para sabermos como funciona a vida em sociedade.
O texto critica o alto custo do Estado para os cidadãos de baixa renda, que pagam muitos impostos, mas recebem pouco em retorno. Mostra como o poder público se mantém por meio de privilégios, compadrio e desinteresse popular na fiscalização estatal. Como futuro administrador, vejo a urgência em promover instituições inclusivas, transparência fiscal e respeito ao Estado de Direito. A tecnologia e a conectividade devem servir ao indivíduo, e não ao controle governamental. A liberdade, a ética e a justiça são caminhos para um desenvolvimento sustentável e humano.
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