sexta-feira, 29 de julho de 2022

Fugindo dos Aristóteles

          Marcos Antonio dantas de Oliveira[1]

 

No mundo do século XXI, é comum, os governantes replicarem Aristóteles (384-322 a.C) – “Todos os homens que diferem entre si, para pior no mesmo grau que a alma difere do corpo e o ser humano difere de um animal, são naturalmente escravos, e para eles nada melhor do que estarem sujeitos à autoridade de um Senhor" -

 

Há mais de dois mil anos, em qualquer país, via de regra, o governo atua para manter o exercício uno do poder. E, ainda é comum, também, no Brasil e em Alagoas, que esse exercício de poder continue, vigorosamente, coercitivo e compulsório, longe do Estado de Direito https://oglobo.globo.com/economia/noticia/2022/07/orcamento-nas-maos-do-congresso-parlamentares-ja-dominam-um-quarto-dos-recursos-livres-do-governo.ghtml?utm_source=globo.com&utm_medium=oglobo

  

A face da desigualdade mais eloquente, ora se faz pela prática do governo de costumes monárquicos e dos skateholders, rigorosamente, em desfavor do julgamento de valor do indivíduo, bem como a favor da aplicação do imposto regressivo ao indivíduo, por exemplos, são práticas que restringem à liberdade do indivíduo, entre tantas outras práticas governamentais que afrontam o Estado de Direito e a ética, e que, em geral, as representações dos agricultores e outras representações costumeiramente ajudam a mantê-lo, propagandeando-o.

 

No Brasil, a renda de 0,5 salário mínimo por estabelecimentos agropecuário familiar é comum na grande maioria dos 3,9 milhões de estabelecimentos familiares (em Alagoas, eles são 82 mil); e que, via de regra, pouquíssimos têm: capital, terra para cultivar, e produto e serviço certificados

 

E os moradores, os agricultores, ontem como hoje, têm a presença de um governo mau cobrador e distribuidor de tributos, mas competente, em geral, para manter um ineficiente serviço de assistência técnica e de extensão rural/Ater que priva os moradores desses estabelecimentos familiares de usufruírem dos bens primários: individualidade, liberdade, posse, confiança e felicidade – sobrevivem em desconforto.

 

Ao exercitar a liberdade individual o agricultor, lhe assegura uma vida confortável com escolhas individuais e voluntárias sobre o viés da preferência temporal individual, imediata e de longo prazo, e suas subsequentes escolhas coletivas ao longo da vida para desfrutar dos bens primários em contínuos processos de aprendizagem dos princípios ecológicos e dos fundamentos econômicos, ao pensar, dialogar e agir para que o planejamento e a gestão estratégicos dos recursos naturais e tributos na bacia hidrográfica efetivem os objetivos estabelecidos pelos indivíduos e sua criação, a sociedade, ao primarem pela eficiência no uso do capital (dos bens de capital), da inovação, da produtividade de todos os fatores, do marketing, do serviço de pesquisa agropecuária e Ater para produzir bens e serviços eficazes de qualidade, funcionais, convenientes, confiáveis e certificados a preços concorrentes; e com repercussões nas políticas públicas de educação, saúde, agricultura, segurança pública e judicial, entre outras.

 

Os indivíduos, por certo, podem atingir mortalmente as ditaduras de qualquer natureza que impedem que, a individualidade, a liberdade e a posse alavanquem o Desenvolvimento Sustentável (OLIVEIRA) como um processo, conflitos e alianças, que compartilhado em redes multidimensionais pelos indivíduos em pleno Estado de Direito, utilizam a capacidade organizacional, a ideia de negócio, para preservar e usar os fatores de produção e os tributos, transformando-os em bens e serviços, a proposta de valor, do autoconsumo ao mercado, para suprir suas necessidades e desejos, a expectativa de vida, pelo usufruto dos bens primários: individualidade, liberdade, posse, confiança e felicidade.

 

Logo, ao compreender o estado de vida, o indivíduo contextualiza os riscos, às ameaças, às incertezas, bem como às soluções para reorganizar e melhorar as trocas desiguais ecológicas e econômicas, os indivíduos fazem o necessário para oportunizar alianças para pensar, dialogar, agir, criar, reinventar e compartilhar cenários e tendências rumo à prosperidade e ao bem-estar. 


E a solução, é a disposição de homens e mulheres em exercitarem a lei “como organização coletiva do direito individual de legítima defesa”, como diz Bastiat, e completa: “Se cada homem tem o direito de defender – até mesmo pela força – sua pessoa, sua liberdade e sua propriedade, então os demais homens têm o direito de se concertarem, de se entenderem e de organizarem uma força comum para proteger constantemente esse direito” – fugindo dos Aristóteles https://www1.folha.uol.com.br/poder/2022/08/desembargador-diz-que-moraes-fez-declaracao-de-guerra-e-pede-aposentadoria-durante-sessao-veja-video.shtml



   


[1]Mestre em Desenvolvimento Sustentável, Engenheiro Agrônomo, professor da Universidade Estadual de Alagoas, membro da Academia Brasileira de Extensão Rural/ABER, diretor do Sindagro, articulista da Tribuna Independente/Alagoas, Blog: sabecomquemestafalando.blogspot.com