quinta-feira, 31 de outubro de 2024

O Homo sapiens sapiens não é uma tábula rasa

 Marcos Antonio Dantas de Oliveira

 

– “A única liberdade que merece o nome é aquela que busca o nosso bem à nossa maneira, desde que não procuremos privar os outros da sua ou impedir suas iniciativas de alcançá-la”, ecoa Mill.

 

Quão certo é que, a prosperidade e riqueza de um município e do indivíduo originam-se de uma ideia de negócio quanto ao uso e a preservação (planejamento, gestão e resultado econômico) dos recursos naturais e humanos, bens de capital e a eficiência de governo. Isso posto  Uma pesquisa do Banco Mundial e da Cruz Vermelha [2005] avaliou a prosperidade nos países e concluiu: no Brasil, os recursos naturais são responsáveis por 18%, nos Estados Unidos e na Europa 2%, cada um; os bens de capital, respondem por 14%, 13% e 17%; o capital humano e a eficiência de governo somado atingem 68%, 85% e 87%, respectivamente. O que confirma que no Brasil, o usufruto dos bens naturais é mal usado e sujeito à grilagem [a quem serve o Cadastro Ambiental Rural?] e, como é baixo o uso de bens de capital, capital humano e eficiência do governo pelos 3,9 milhões de beneficiários da Lei 11.326/2006, principalmente; esses são apropriados pelos chefes ou tiranos e suas instituições extrativistas, política e econômica – faltam-lhes líderes.


Para empreender e prosperar, principalmente, os jovens necessitam de ambientes e arranjos institucionais, públicos e privados, que diminuam incertezas, emulem tendências e construam cenários que operem políticas públicas efetivas para alavancar seu bem-estar. Se faz necessário em quaisquer atividades e funções desempenhadas por esses indivíduos, suas pluralidades e pluralismo; e assim, a sociedade emule a problematização e aprimore a governabilidade e a governança para solucionar os agravos ao bem-estar pelo difícil usufruto dos bens primários, ora pela prática de um governo de costumes monárquicos, e rigorosamente, em favor da aplicação do imposto regressivo ao indivíduo de menor renda e patrimônio, por exemplo. Logo, essa prática  restringe às preferências temporais, individual e coletiva, hedônica e eudaimônica, no presente e no futuro, entre tantas outras práticas que afrontam o Estado de Direito, e que, via de regra, as representações dos agricultores e outras representações costumeiramente ajudam a mantê-lo, propagandeando-o  https://www.infomoney.com.br/minhas-financas/reforma-tributaria-acende-debate-sobre-impostos-regressivos-e-progressivos-entenda-as-diferencas/

h

É sabido do êxito das pessoas, das empresas e skateholders, que a ideia de negócio na bacia hidrográfica em qualquer negócio sustentável, inclusive do negócio agropecuário eficiente e eficaz quanto ao uso dos fatores de produção, certificação e fiscalização; tributo, lucro e consumo de bens e serviços  – os indivíduos moldam as instituições, e essa interação em redes potencializa e satisfaz suas escolhas, suas preferências temporais individuais; impele-os à prosperidade e ao bem-estar pelo usufruto inalienável dos bens primários – individualidade, liberdade, posse, confiança e felicidade – as instituições inclusivas econômicas e políticas, por certo, são as regras do jogo num mundo que se globaliza velozmente, principalmente pelo uso da interação computador-internet-dispositivo móvel de banda larga, uma conectividade ágil, confiável, barata e onipresente em qualquer atividade exercitada pelo espírito inovador do Homo sapiens sapiens: quanto ao uso dos recursos, processos, valores e tomada de decisão em ofertar bens e serviços de qualidade, funcionais, convenientes, confiáveis e a preços de mercado – uma troca pacífica.

 

É fato. Anuncia Hayek – “Graças à multiplicação, à diferenciação, à comunicação e à interação ao longo de distâncias cada vez maiores, e à transmissão ao longo do tempo, a humanidade tornou-se uma entidade distinta que preserva certas caraterísticas estruturais que podem produzir efeitos benéficos para crescimentos numéricos adicionais”, rumo ao Desenvolvimento Sustentável.

 

O Homo sapiens sapiens não é uma tábula rasa – A tábula rasa, “é uma abstração teórica antivida e anti-humana que nega nossa humanidade comum, nossos interesses inerentes e nossas preferências temporais individuais”, argui Pinker.


– Então, o Homo sapiens sapiens pode e deve criar e avaliar sociedades, governos e estados, com o intuito de diminuir seu desconforto material e emocional. Quiçá, fazer escolhas baseadas em seus juízos de valor sobre razão, ciência, humanismo e progresso, e ora solucionar o trade-off: preferências temporais, individual ou coletiva, hoje ou amanhã, leve-o à prosperidade, à liberdade, ao afeto  ao bem viver do Homo sapiens sapiens.

 

 

9 comentários:

  1. Bianca Maria dos Santos Oliveira30 de novembro de 2024 às 06:06

    Eu concordo que o ser humano não é uma "tábula rasa" e que nossas escolhas são influenciadas por interesses e valores próprios. As boas instituições e políticas públicas são essenciais para o progresso, mas também acredito que a educação e a capacitação, especialmente para os jovens, são fundamentais. No Brasil, a má gestão dos recursos e a desigualdade social são desafios, mas a tecnologia pode oferecer novas oportunidades. Em resumo, é preciso equilibrar a liberdade individual com o cuidado coletivo para promover o bem-estar de todos.

    ResponderExcluir

  2. O artigo "O Homo sapiens sapiens não é uma tábula rasa" aborda questões fundamentais sobre desenvolvimento sustentável, governança e a necessidade de ambientes institucionais que favoreçam o bem-estar coletivo. Ao utilizar dados de pesquisa e referências teóricas, o autor evidencia como a eficiência no uso de recursos naturais, capital humano e governança impacta as ameaças de nações, destacando as disparidades no Brasil. A crítica à gestão extrativista e à concentração de poder político e econômico enfatiza a urgência de líderes comprometidos com instituições inclusivas. A proposta de visão sugere que as florestas dependem de escolhas racionais, guiadas por valores de liberdade, ciência e progresso. É uma reflexão que combina economia, ética e sustentabilidade em busca de um futuro mais equitativo

    ResponderExcluir
  3. O artigo discute como a prosperidade de um município e de um indivíduo depende da gestão eficiente dos recursos naturais, humanos e do uso adequado de bens de capital e frisa que o ser humano não é uma "tábula rasa" e que nossas escolhas são influenciadas por interesses e valores próprios. Como futuro administrador, percebo a importância de boas práticas de governança, políticas públicas eficazes e inovação. A crítica ao sistema tributário regressivo me faz refletir sobre a necessidade de uma gestão fiscal mais justa. O texto também enfatiza a importância de criar ambientes que reduzam incertezas e promovam o bem-estar, destacando o desenvolvimento sustentável. Em resumo, vejo que, como administrador, meu papel será otimizar recursos, promover equidade e implementar soluções inovadoras e sustentáveis.

    ResponderExcluir
  4. O texto destaca que a verdadeira prosperidade depende mais do capital humano e da boa gestão pública do que apenas dos recursos naturais. Para o administrador, isso reforça a importância de instituições inclusivas, ambientes favoráveis ao empreendedorismo e políticas públicas eficientes.
    Disciplina Ética nos Negócios

    ResponderExcluir
  5. DARKTIAN HONORIO SANTOS - UNEAL27 de junho de 2025 às 18:44

    Neste texto o destaque é que o ser humano não nasce vazio de ideias ou valores — ele tem capacidades naturais para pensar, escolher e transformar sua realidade. Ao abordar a ética nos negócios, mostra como a prosperidade depende de instituições justas, líderes responsáveis e uso consciente dos recursos. No Brasil, o mau uso dos bens naturais e a baixa eficiência do governo limitam o crescimento. A ética se torna essencial para criar ambientes de negócios que respeitem a liberdade, a justiça e o bem-estar coletivo. Assim, empreender com responsabilidade é um caminho para o verdadeiro desenvolvimento humano e sustentável.

    ResponderExcluir
  6. O texto lembra que prosperidade não vem só dos recursos naturais, mas do jeito como a gente cuida e usa o que tem, com responsabilidade e inteligência. Mostra que muitos jovens têm vontade de crescer, mas esbarram na falta de apoio e em governos ineficientes. Valoriza a liberdade, a inovação e a cooperação como caminhos para uma vida melhor. No fim, reforça que o bem viver começa quando cada pessoa pode fazer escolhas com consciência, afeto e dignidade.

    Cledson Ricardo Vieira Feitosa Filho
    Ética nos negócios - UNEAL

    ResponderExcluir
  7. Iasmin Vieira Santos Melo
    Disciplina: Ética nos negócios
    UNEAL
    A verdadeira liberdade é agir em busca do próprio bem sem impedir os outros, como defende Mill. A prosperidade individual e municipal nasce do uso eficiente dos recursos naturais, humanos e da boa governança, algo ainda frágil no Brasil. A má gestão estatal, a grilagem de terras e a ineficiência dos serviços públicos dificultam o progresso dos agricultores familiares. Jovens e empreendedores precisam de ambientes institucionais que favoreçam inovação e bem-estar. Instituições inclusivas e conectividade digital são essenciais para o desenvolvimento sustentável.

    ResponderExcluir
  8. O texto reforça a ideia de que o ser humano é agente ativo na construção de sua realidade, dotado de valores e capacidade de escolha. Ao discutir a ética nos negócios e na gestão pública, evidencia que o desenvolvimento sustentável exige instituições justas, líderes responsáveis e uso consciente dos recursos naturais. A má governança, a grilagem de terras e a precariedade dos serviços públicos impedem o progresso de agricultores familiares e empreendedores. A verdadeira liberdade, como defende Mill, está em buscar o bem próprio sem prejudicar o coletivo. Para transformar essa realidade, é essencial investir em inovação, conectividade digital e ambientes institucionais inclusivos, onde a ética e o bem comum orientem as decisões.
    Elaine Amaro dos Santos
    Disciplina: Ética nos Negócios
    UNEAL – Universidade Estadual de Alagoas

    ResponderExcluir
  9. O texto defende que o ser humano não nasce vazio, mas com potencial para construir sociedades mais justas e eficientes. Mostra que prosperidade e bem-estar dependem da boa gestão dos recursos naturais, capital humano e instituições inclusivas. No Brasil, ainda há falhas sérias nessa gestão, especialmente na governança pública e no uso dos bens primários. O autor destaca a importância de políticas públicas que reduzam desigualdades e estimulem o empreendedorismo jovem. Como futura administradora, entendo que lideranças conscientes e inovadoras são essenciais para transformar esse cenário. A boa administração é caminho para o desenvolvimento sustentável e para o bem viver.

    Alessandra Domingos da Silva
    Disciplina: Ética nos Negócios
    Universidade Estadual de Alagoas - UNEAL

    ResponderExcluir