sábado, 30 de dezembro de 2023

FELIZ !!

 Marcos Antonio Dantas de Oliveira[1]

– Que tal a promessa do FEM/Fórum Mundial de Economia – “Você não possuirá nada. E será feliz”. Logo, Rockefeller e outros bilionários, muitos governos e intelectuais avisam: a renda universal é uma das respostas para o indivíduo Ser Feliz; contudo, a livre iniciativa não. Por quê? – https://blocktrends.com.br/voce-nao-possuira-nada-e-sera-feliz-o-que-e-o-tal-grande-reset/

         https://gizmodo.uol.com.br/artigo-futuro-2030-aluguel-servicos/

Ora pois, para Aristóteles  “todos os homens que diferem entre si, para pior no mesmo grau que a alma difere do corpo e o ser humano difere de um animal, são naturalmente escravos, e para eles nada melhor do que estarem sujeitos à autoridade de um Senhor"; e de igual modo Marx reforça a submissão do indivíduo ao dirigente De todo modo, para Rousseau  “é absurdo e contraditório que o Soberano se dê um superior; obrigar-se a obedecer a um senhor é entregar-se sob plena liberdade”. Já La Boétie  “considera quase sempre o poder que o povo lhe conferiu como devendo ser transmitido a seus filhos”; e Maquiavel ressalta – “aquele que promove o poder de um outro perde o seu...”. E, um modo do Soberano retomar o poder, é eleger seus representantes por distrito. 


A renúncia do indivíduo, por certo, aos seus julgamentos de valor desobriga-o de pensar e agir sobre suas preferências temporais, individual e coletiva, hoje e amanhã; e resulta no acirramento da subordinação social e política, sobretudo. Faz sentido, “impedir que o monopólio da força, torne-se também o monopólio da verdade”, anuncia Bobbio; enquanto Rothbard propõe o ”fim da aliança entre intelectuais e Estado, por meio da criação de centros de educação e pesquisas intelectuais independentes do poder estatal”. 


– "Será que podemos detectar uma das expressões do mal, qual seja, o mal banal, como fruto do não-exercício do pensar?", enfatiza Arendt. 


Dizem  Adam Smith: "por mais egoísta que se suponha o homem, evidentemente há alguns princípios em sua natureza que o fazem interessar-se pela sorte de outros, e considerar a felicidade deles necessária para si mesmo, embora nada extraia disso senão o prazer de assistir a ela”  Rand: o indivíduo “não importa quão sejam primitivas as suas ações, ele precisa projetá-las no futuro e pesar as consequências; o que requer um processo conceitual – e um processo conceitual não pode ocorrer em um vácuo: ele requer um contexto. A escolha do homem não é se ele precisa de uma visão abrangente da vida, mas apenas se sua visão é verdadeira ou falsa. Se ela for falsa, isso o leva a agir como seu próprio destruidor”  Mises, inexoravelmente, a "ação é a vontade posta em movimento e transformada em força atuante”.

 

Todavia, “temos o direito de nos conduzir de variadas maneiras em relação a uma pessoa, seguindo nossa opinião desfavorável sobre ela, não para oprimir sua individualidade, mas para exercer a nossa”  argumentava Mill. Eis o homem que baseado em seus julgamentos de valor (em suas preferências temporais individuais e coletivas, hoje e amanhã) sob a ótica dos conflitos de interesses e de visões de mundo, ora restrita para muitos, ora irrestrita para outros tantos numa ordem (e realidade) ampliada, pensa, decide e garante os meios para realizar as metas e os fins desejados; se satisfaz com os resultados obtidos, sempre alicerçados no seu julgamento de valor. É o fazer ou não fazer contínuo do indivíduo (do agricultor familiar) para transformar desconfortos e ideias em estados satisfações; pois, "se todos os homens são, como se tem dito livres, iguais e independentes por natureza, ninguém pode ser retirado deste estado e se sujeitar ao poder político de outro sem o seu próprio consentimento", diz Locke.


E Molinari  “para definir e delimitar a função do governo, é necessário investigar a essência e o objetivo da sociedade”. Ademais, a instituição inclusiva, segundo Acemoglu e Robinson, quando políticas "asseguram a ampla distribuição do poder e restringem seu exercício arbitrário.", e quando econômicas "geram uma distribuição mais equitativa de recursos, facilitando a persistência de instituições políticas inclusivas" e desenvolverem-se sustentavelmente baseadas na riqueza privada e na pública. Portanto questioná-las sobre prosperidade e bem viver individual e coletivo, necessariamente "significa que todas as ações do governo são regidas por normas previamente estabelecidas e divulgadas – as quais tornam possível prever com razoável grau de certeza de que modo a autoridade usará seus poderes coercitivos em dadas circunstâncias, permitindo a cada um planejar suas atividades com base nesse conhecimento", o Estado de Direito, como nos ensina  Hayek.

 

– É o homem com auttoestima em alta faz uma avaliação subjetiva sobre competição e cooperação, em troca pacíficas e em um mundo livre, que voluntariamente e eticamente, afiança uma lei para prosperar e ser feliz – por exemplo, iniciando-a pela criação do voto distrital puro – pois, a “Lei é a organização coletiva do direito individual em legítima defesa”, anuncia Bastiat. Pois, "o homem desacomodado não é mais do que um pobre animal, nu e dividido", Shakespeare em Rei Lear. Não é feliz.

 

 



[1] Mestre em Desenvolvimento Sustentável, Engenheiro Agrônomo, professor da Uneal, membro da Academia Brasileira de Extensão Rural/ABER, dirigente sindical, articulista da Tribuna Independente/Alagoas, Blog: sabecomquemestafalando.blogspot.com

quinta-feira, 30 de novembro de 2023

O Extensionista vaga-lume!

Marcos Antonio Dantas de Oliveira[1]

E afirma, o vaga-lume, Diogo Guerra – “Sentíamos a segurança de ter uma luz que nos conduzia para os nossos sonhos”. Essa atuação cheia de significados, ao aprender a conhecer, a fazer, a ser e que juntos daqueles que fazem a Asbraer, a Aber, a Faser, emulam a história, a identidade, a cultura extensionista; apesar da Extensão Rural, essa marca distintiva, está em viés de baixa na iniciativa estatal e ausente na iniciativa privada, ainda pode alavancar o Desenvolvimento Sustentável – Vida longa ao Extensionista!

É o Extensionista com sua autoestima ascendente que escolhe sua preferência temporal individual e coletiva, hoje a amanhã, “não importa quão sejam primitivas as suas ações, ele precisa projetá-las no futuro e pesar as consequências; o que requer um processo conceitual – e um processo conceitual não pode ocorrer em um vácuo: ele requer um contexto. A escolha do homem não é se ele precisa de uma visão abrangente da vida, mas apenas se sua visão é verdadeira ou falsa. Se ela for falsa, isso o leva a agir como seu próprio destruidor” (Rand).

Sobretudo, após a extinção da Empresa Brasileira de Assistência Técnica e de Extensão Rural/Embrater pelo governo Collor, que teve como consequência a aniquilação do Sistema Brasileiro de Extensão Rural/Sibrater, deixando à deriva as entidades estaduais de Extensão Rural, principalmente, as do nordeste e do Norte – um caos para os agricultores e os Extensionistas.

A desorganização administrativa pela extinção da Embrater (e do Sibrater) continua causando danos ao balanço social das entidades estaduais, aumentando a ineficiência de governo, inclusive tornando estes serviços clientelistas, condena-os ao ostracismo, torna-o mais caro e sem perspectiva; e gera um contínuo caos à relação entre Extensionista e Agricultor. Esse fato deixa o Extensionista à deriva, sobremaneira aquele que desenvolve às ações na área social – Em Alagoas, 12 anos após a criação da nova Emater, a lei não foi regulamentada. O precário serviço de extensão rural e pesquisa agropecuária feito por bolsistas, deixou à toa o Extensionista, se é que esse título é válido para quem é bolsita.

Faz sentido, que os governos estaduais continuem dando sequência à extinção, ora fundindo-as com outras empresas estaduais, ou criando autarquias e departamento na secretaria estadual de agricultura, inclusive com salários baixos e muitas sem realizarem concursos públicos, precariza-as, enquanto animadoras e impulsionadoras de prosperidade e bem-estar individual e familiar. Por ora, poucas continuam originais, entre elas, a Emater do Ceará, Brasília, Minas Gerais, Pará, Rio Grande do Sul e Rondônia. Mas a Epagri (resultado de fusões) é exitosa! Visite-a, ela pode ser a chave para debater, um novo “Sibrater”. 

E uma das saídas necessária e oportuna, é criação de uma entidade e um sistema nacional estatal de planejamento e de gestão que represente e defenda os interesses das entidades estaduais de ATER, e assim assegurar um serviço estadual eficiente e eficaz aos agricultores.

À vista disso, nos últimos 30 anos, a ênfase do governo (federal, estadual, municipal e distrital) está na aplicação de políticas de mal-estar pela onipresença de instituições políticas extrativistas repercutindo negativamente na vida profissional e social dos Extensionistas e Agricultores. E, continua gerando em muitos municípios um passivo econômico, social e ambiental alto para os agricultores, ora pela não reposição dos bens de capital, do baixo consumo de bens e serviços, do pouco uso de inovações, da baixa produtividade de todos os fatores, e do sem lucro do empreendimento; esse atendimento de baixa qualidade pelo ineficiente serviço de Extensão Rural, impossibilita-os de prosperarem rumo ao bem-estar individual e coletivo e à felicidade – https://g1.globo.com/economia/noticia/2023/11/07/o-que-e-deficit-primario-e-como-disputa-no-governo-afeta-seu-bolso.ghtml

Os extensionistas, nesses 75 anos, além de discutirem, inovarem e difundirem os sistemas produtivos e sociais, bem como a ética, ainda estimulam a participação dessas categorias no processo decisório para deixar firme a reprodução de suas lógicas familiares, sob a complexa sustentabilidade ora imposta; reinventam suas relações sociais, ao se reproduzirem. É inexorável, que ao reconhecer conflitos, diálogos e confiança fazem alianças; buscam melhorar à qualidade de vida do rurícola, do citadino e dele, extensionista  Parabéns!

 



[1] Mestre em Desenvolvimento Sustentável e professor da Uneal

terça-feira, 31 de outubro de 2023

“Só sei que nada sei.”

 Marcos Antonio Dantas de Oliveira[1]

Nessa afirmativa, Sócrates revela o caráter questionador do Homo sapiens sapiens. 

Se, ”num mundo já ocupado, se sua família não possui meios de alimentá-lo ou se a sociedade não tem necessidade de seu trabalho, esse homem, repito, não tem o menor direito de reclamar uma porção qualquer de alimento: está em demasia na terra. No grande banquete da natureza, não há lugar para ele. A natureza lhe ordena que se vá e ela mesma não tardará a colocar essa ordem em execução...” (THOMAS MALTHUS).

Se, “O Estado é a grande ficção através da qual todo mundo se esforça para viver às custas de todo mundo”, como anunciou Frédéric Bastiat. Os agentes públicos e privados não só o vivenciam, como se apropriam Dele pela troca de favores negociando cargos estatais, emendas parlamentares, sentenças judiciais, licitações e concessões, financiamentos e a lei orçamentária anual – os servidores do poder legislativo, executivo e judiciário nessa lei já garantem reajustes próprios aos seus altos salários, em detrimento dos empreendedores e dos trabalhadores que geram a riqueza privada; e seus propagandistas os aplaudem entusiasticamente em qualquer lugar, nada ético nessa atuação – https://noticias.uol.com.br/colunas/carolina-brigido/2023/11/29/procurador-pede-ao-tcu-suspensao-de-beneficios-aprovados-para-juizes.htm

E nesse cenário de tantas incertezas e inseguranças, inclusive a jurídica, o IBPT, anuncia que, 79,02% da população brasileira que ganha até 03 salários mínimos são responsáveis por 53,79% dos impostos arrecadados pelo Estado. E que dentre os 79,02% da população que ganha até 03 salários mínimos, o Censo agropecuário de 2017, informa que existem 3,9 milhões de agricultores (Lei 11,326 de 2006) com renda de até 0,5 salário mínimo. E o IBGE, 2020, informa que, “0,6% dos estabelecimentos foram responsáveis por cerca de 53% da produção, no outro extremo, 69% dos estabelecimentos, os quais três quartos eram produtores familiares e, em grande parte, encontram-se no Nordeste, respondiam por 4% da produção”.

De modo que, a vida privada – individualidade, liberdade e propriedade – do indivíduo vem sofrendo ataques severos, frequentes e intensos há séculos. Mas este século é marcado pelo avanço rápido, barato, ágil e onipresente da conectividade como resultado da interação computador-internet-dispositivos móveis de banda larga que, dia a dia, nos beneficia muito, mesmo nos expondo a ataques virulentos.

"Mas dizei-me, irmãos, se falta objeto à humanidade, não é porque ela mesma não existe – Assim falava Zaratustra (NIETZCHE)". Então, como cheguei até aqui como indivíduo e como espécie? Como quero ser com os outros? Como enxergo e pratico as virtudes e vícios, me leva à prosperidade, bem-estar e felicidade? Por que faço o que faço? Se, via de regra, muitos dos 8 bilhões de habitantes sobrevivem sem praticar sua individualidade, sua liberdade, sua propriedade, sem uma regra voluntária. Tampouco usam seus julgamentos de valor e suas preferências temporais individuais e coletivas, hoje ou amanhã, para gerarem prosperidade e bem viver numa ordem ampliada – o que há? 

Contudo, se o indivíduo exercitar o Estado de Direito, que "significa que todas as ações do governo são regidas por normas previamente estabelecidas e divulgadas – as quais tornam possível prever com razoável grau de certeza de que modo a autoridade usará seus poderes coercitivos em dadas circunstâncias, permitindo a cada um planejar suas atividades com base nesse conhecimento" (HAYEK), aumenta suas possibilidades tanto de questionar para prosperar como para o bem viver e felicidade.

Os indivíduos, de todo modo, em cooperação e troca pacíficas pensam e agem empregando a educação e a tecnologia transformacional como força motriz para usar, preservar, organizar, inovar, produzir, consumir, especializar, armazenar, intercambiar, otimizar os recursos naturais, os bens de capital, os tributos, a cultura e subculturas, para marquetear ideias e bem viver em escala ascendente; e, ao final, garantir pelo uso das preferências temporais, individual e coletiva, no presente e no futuro, o usufruto da riqueza pública e da privada baseada no Desenvolvimento Sustentável (OLIVEIRA) “como um processo, conflitos e alianças, que compartilhado em redes multidimensionais pelos indivíduos em pleno Estado de Direito, utilizam a capacidade organizacional, a ideia de negócio, para preservar e usar os fatores de produção e os tributos, transformando-os em bens e serviços, proposta de valor, do autoconsumo ao mercado para suprir as necessidades e desejos, a expectativa de vida, pelo usufruto dos bens inalienáveis – individualidade, liberdade, propriedade, confiança e felicidade – o Estado da Arte”.

Mas, “só sei que nada sei.”



[1] Mestre em Desenvolvimento Sustentável, Engenheiro Agrônomo, professor da Uneal, membro da Academia Brasileira de Extensão Rural/ABER, dirigente sindical, articulista da Tribuna Independente/Alagoas, Blog: sabecomquemestafalando.blogspot.com

sábado, 30 de setembro de 2023

A palmo de gato!

 Marcos Antonio Dantas de Oliveira[1]

­– De mais a mais, argumenta Oliveira, o Desenvolvimento Sustentável é um “processo, conflitos e alianças, que compartilhado em redes multidimensionais pelos indivíduos em pleno Estado de Direito, utilizam a capacidade organizacional, a ideia de negócio, para preservar e usar os fatores de produção e os tributos, transformando-os em bens e serviços, proposta de valor, do autoconsumo ao mercado para suprir as necessidades e desejos, a expectativa de vida, pelo usufruto dos bens inalienáveis – individualidade, liberdade, propriedade, confiança e felicidade – o Estado da Arte”; que só se realiza com sucesso em um ambiente onde os indivíduos e suas criações, as instituições inclusivas, quando política assegura-lhe o Estado de Direito, quando econômica estimula que a pessoa poupe, invista, inove e consuma; e, multiplicam-se pela atuação de um líder – O líder no "controle ou influência sobre o comportamento de outros para a promoção de metas coletivas, com base em alguma forma verificável de consentimento destes outros em razão de estarem informados desta situação" (BERNARDES) age para o êxito do bem viver de uma sociedade.

A palmo de gato! – Com efeito, é sabido que o Engenheiro agrônomo, dialoga para exercitar sua individualidade e liberdade, e o resultado deste, lhe assegura a tomada de decisão para uma vida confortável a si e aos outros, ao usufruir de suas preferências temporais individuais e coletivas, sobre poupar ou consumir, hoje ou amanhã, principalmente no longo prazo; e, ao abrir mão voluntariamente de algumas delas, em favor de uma regra, que aperfeiçoada sempre, alavancará o desfrute dos bens e serviços funcionais, convenientes e confiáveis. Aliás, os homens ao interagir em redes de cooperações e trocas pacíficas potencializam os recursos, processos e valores e ampliam suas necessidades e desejos, impelindo-os à prosperidade e ao bem-estar tangível e intangível pelo usufruto dos bens inalienáveis.

A palmo de gato! – É vital o êxito das pessoas e das empresas na bacia hidrográfica de qualquer negócio sustentável, inclusive do agronegócio – preservação e uso dos recursos naturais e ciência, propriedade privada e bens de capital, produção e consumo, inovação e livre mercado, lucro e tributo  para o bem viver. O bem viver como fato consumado necessita que o indivíduo e suas criações promovam, primeiramente, a ética e o Estado de Direito, tendo a lei como uma “organização coletiva do direito individual em legítima defesa” (BASTIAT). Para além disso, as instituições inclusivas políticas e econômicas obedecem às regras do jogo – por exemplo, que o resultado das eleições no Crea e na Seagra, as direcionem como instituições políticas inclusivas.

A palmo de gato! – Hábeis, o Engenheiro agrônomo e o agricultor, empreendedores, que impulsionados, também, pela interação do computador-internet-dispositivos móveis de banda larga, importam-se com o debate acerca do trabalho infantil, do intervencionismo do Estado, da sociedade e dos stakeholders"e do seu desconforto material e imaterial; e de avaliarem e corrigirem os benefícios e malefícios da globalização e tecnologia, da transição demográfica e migração, da poupança e capital; da troca desigual econômica e ecológica; da vantagem comparativa e/ou competitiva; e do custo de oportunidade, para planejarem, executarem e corrigirem as estratégicas de maximização dos recursos, processos e valores no desempenho do sistema agroalimentar pela suficiência de ciência e inovação, de poupança e consumo; facilitam o planejamento de curto a longo prazo e a gestão eficiente quanto a visão de futuro, a missão e os valores da ideia do negócio e da proposta de valor dos empreendedores, investidores, empregados e consumidores; incrementam a produtividade de todos os fatores; e pela alta qualidade e valor dos bens e serviços, oferta-os rastreados, fiscalizados e a preços concorrentes aos consumidores – é seguro usá-los – https://jovempan.com.br/noticias/economia/pib-do-agro-deve-ultrapassar-r-26-trilhoes-em-2023.html

A palmo de gato! – É primário contratar o Engenheiro Agrônomo para quaisquer práticas agrícolas e hortícolas em que os empreendedores desejem cultivar o objeto do seu agronegócio, em contínuos processos de aprendizagem, desaprendizagem e reaprendizagem sobre os trade-offs: preservar e usar os princípios ecológicos (o estudo da casa) e os fundamentos econômicos (o estudo do manejo da casa) para  solucioná-los, rumo à sua prosperidade e ao seu bem viver e da sociedade  https://g9portal.com.br/aquamax/?utm_source=taboola&utm_medium=referral&tblci=GiAuMxE36jgrYdCBB_SjI8z1wH20ETj__Zv6EbXS6NlrQiDY91co7pTGsYnY44WJAQ#tblciGiAuMxE36jgrYdCBB_SjI8z1wH20ETj__Zv6EbXS6NlrQiDY91co7pTGsYnY44WJAQ

A palmo de gato! – eis o Engenheiro Agrônomo que ao usufruir dos bens inalienáveis valoriza seu julgamento de valor, e, assim exercita eticamente seu profissionalíssimo – PARABÉNS!!!



[1] Mestre em Desenvolvimento Sustentável, Engenheiro Agrônomo, professor da Universidade Estadual de Alagoas/UNEAL, membro da Academia Brasileira de Extensão Rural/ABER, dirigente sindical, articulista da Tribuna Independente/Alagoas, Blog: sabecomquemestafalando.blogspot.com

quinta-feira, 31 de agosto de 2023

O indivíduo e suas criações: Sociedade e Estado

 Marcos Antonio Dantas de Oliveira[1]

A ação do indivíduo é comentada pelos filósofos (amantes da sabedoria), Russel e Hayek, o primeiro, diz que, ”a pressão da sociedade sobre o indivíduo pode voltar, sob uma nova forma, a ser tão grande quanto nas comunidades bárbaras, e as nações irão se vangloriar, cada vez mais, de suas realizações coletivas em detrimento das individuais”, o segundo, evidencia que, “o Estado, ou seja, a personificação do poder deliberadamente organizado e conscientemente dirigido, dever ser apenas uma pequena parcela do organismo muito mais rico que chamamos de ‘sociedade’, e que o primeiro deve proporcionar somente uma estrutura na qual a colaboração livre dos homens (e, portanto, não ‘conscientemente dirigida’) possui o máximo de escopo”.

E as repercussões negativas dessas criações: Estado, Sociedade e skateholders sobre o exercício da individualidade, da liberdade e da propriedade, no dia a dia dos indivíduos em geral, dos rurícolas, homens e mulheres, crianças e adultos, com pouquíssima riqueza e renda privadas e escolaridade; que, por isso usam os recursos naturais como ferramentas de manutenção de suas lógicas familiares e relações de compadrio; nesses casos, pela carência de alimentação, vestuário, renda, moradia, saneamento, educação e de políticas públicas que degradam biótopos, biótipos, biomas e sua vida severamente e, principalmente, a dos agricultores familiares (observe a Lei da Agricultura Familiar e Empreendimentos Familiares Rurais de 11.326 de 2006 – que estabelece diretrizes para a formulação da Política Nacional e sua heterogênea tipificação e hierarquia. Essa lei não atende suas demandas e propósitos de vida; de maneira que, as empresas de Ater privadas e públicas e os bancos oficiais não oportunizam o êxito do empreendedorismo pelo insuficiente apoio técnico e creditício para a grande maioria dos 3,9 milhões de agricultores familiares (em Alagoas, 82 mil) com renda de até 0,5 salário mínimo; e, que, além de expulsarem os jovens rurais, enfraquecem a sucessão familiar, perde-se o bônus demográfico em alta. Tampouco tem gerado resultados sociais, econômicos e ambientais esperados  prosperidade, bem-estar e bem viver – é um fato no cotidiano de sua desconfortável vida na bacia hidrográfica. 

Então, não há sucesso em qualquer negócio do empreendedor que não consegue acumular a renda do capital para comprar os bens de capital, nem do contratado de qualquer negócio que mal acumula a renda do trabalho, estão momentaneamente longe da riqueza. Riqueza para Piketty – é “o valor total, a preços de mercado, de tudo que os residentes e o governo de um país possuem num determinado momento e que possa ser comprado e vendido em algum mercado”.

Atentai! Os indivíduos em suas instituições extrativistas, políticas quando usam o poder como controle social na base de troca, e sem restrição ao exercício arbitrário, e econômicas com muita riqueza e renda privadas se apropriam da máquina estatal para exercem uma vigorosa ditadura para o conforto de suas vidas; usam seus julgamentos de valor que baseados suas posições privilegiadas e suas relações de compadrio engendram suas preferências temporais, individual e coletiva, hoje amanhã, como direito secular; uma cultura senhorial, que usam o consumo e a poupança como ferramentas para enfraquecer ou aniquilar os indivíduos em pobreza e miséria, enquanto, tão poucos e vorazes servidores públicos, por exemplo,  praticam e intensificam o patrimonialismo, se apropriam das políticas públicas, idolatram a impunidade e a "ética" de compadrio, sobretudo a apatia dos indivíduos, via de regra, fazem tamanho sucesso na esplanada do poder e na sociedade, em geral – Alagoas detém um dos piores IDHM do Brasil, entre tantas outras razões  Observe os pilares e os indicadores por estado, acessando, https://rankingdecompetitividade.org.br/estados

É fundamental para consumidor e para os skateholders, a dispersão da riqueza privada para a promoção de prosperidade e de bem viver [propriedade privada, bens de capital, mão de obra, produtividade, inovação, produção e consumo de bens e serviços funcionais, convenientes, confiáveis, lucro no livre mercado] e da riqueza pública [uso e preservação dos recursos naturais, leis, patrimônio imaterial e dos tributos] aos milhões de indivíduos desafortunados. Convém lembrar que os pobres, desempregados, subempregados e empregados com baixa remuneração, ora legal ou ilegal, ora recebedores de auxílio governamental por terem baixo nível de compreensão e interpretação sobre as garantias individuais e coletivas como resultado da prática do Estado de Direito e da cooperação e da troca pacíficas criam poucas demandas por bens e serviços, deveres e direitos, a seu favor. E vão, de todo modo, continuarem desacomodados e deslocando suas famílias para atividades precárias e ilegais como prostituição infanto-juvenil e outras delinquências leves e graves; e os parcos recursos financeiros e os impostos regressivos concentram a riqueza e o patrimonialismo para poucos indivíduos.

É o indivíduo que filosofando sobre sua individualidade, liberdade, propriedade, prosperidade e seu bem viver, age, coopera, troca e maximiza o cumprimento com os outros do contrato social posto, em um ambiente institucional ou não, que floresça e disperse as instituições inclusivas, essas, quando políticas "asseguram a ampla distribuição do poder e restringem seu exercício arbitrário.", quando econômicas "geram uma distribuição mais equitativa de recursos, facilitando a persistência de instituições políticas inclusivas", descreve-nas Acemoglu; e, que pela cooperação e troca pacíficas pensam, agem, poupam, consumem e decidem suas preferências temporais, individual e coletiva, hoje e amanhã, para o bem viver.         

O indivíduo e suas criações: Sociedade e Estado – “por mais egoísta que se suponha o homem, evidentemente há alguns princípios em sua natureza que o fazem interessar-se pela sorte de outros, e considerar a felicidade deles necessária para si mesmo, embora nada extraia disso senão o prazer de assistir a ela”, diz Adam Smith.



[1] Mestre em Desenvolvimento Sustentável, Engenheiro Agrônomo, professor da Universidade Estadual de Alagoas/UNEAL, membro da Academia Brasileira de Extensão Rural/ABER, dirigente sindical, articulista da Tribuna Independente/Alagoas, Blog: sabecomquemestafalando.blogspot.com

segunda-feira, 31 de julho de 2023

Em viés de alta, aniquilar outrem

Marcos Antonio Dantas de Oliveira[1]

É um fato inconteste e sutil, a submissão. Em 2016, o Fórum Econômico Mundial e a nova ordem, divulgou o vídeo – “Você não possuirá nada. E será feliz” – https://blocktrends.com.br/voce-nao-possuira-nada-e-sera-feliz-o-que-e-o-tal-grande-reset/

“Todos os homens que diferem entre si, para pior no mesmo grau que a alma difere do corpo e o ser humano difere de um animal, são naturalmente escravos, e para eles nada melhor do que estarem sujeitos à autoridade de um Senhor", afirmava Aristóteles.

É inegável, o homem vive em perigo, porque “a vida do homem é solitária, pobre, sórdida, embrutecida e curta”, segundo Hobbes. Todavia, os indivíduos são “perfeitamente livres para agir e dispor de suas posses e pessoas do modo que achem apropriado (...) sem precisar perguntar a ninguém nem depender da vontade de qualquer outro homem”, evidencia Locke, para buscarem à prosperidade e o bem viver.

Acontece, porque os indivíduos onde quer que morem, trabalhem, estudem, andarilhem, filosofem e divirtam-se, em qualquer bacia hidrográfica, todo dia, são acossados por instituições extrativistas políticas, estas "concentram poder nas mãos de uma pequena elite e impõem poucas restrições ao exercício de seu poder", e, quando econômicas, "são incapazes de engendrar os incentivos necessários para que as pessoas poupem, invistam e inovem”, anunciam, Acemoglu e Robinson.

É fato – “Temos o direito de nos conduzir de variadas maneiras em relação a uma pessoa, seguindo nossa opinião desfavorável sobre ela, não para oprimir sua individualidade, mas para exercer a nossa”, argumentava Mill. Por certo, é pelo exercício das liberdades fundamentais que o indivíduo baseado em seu julgamento de valor incorpora estratégias para usufruir do Estado de Direito e de seus benefícios.

É o indivíduo, a ação humana, o solucionador quanto a seu estado de desconforto de qualquer natureza sob a ótica dos conflitos de interesses e de visões de mundo, ora restrita para muitos, ora irrestrita para outros tantos numa ordem (e realidade) ampliada. É fato, a mente humana não é uma tábula rasa. A mente é “a significativa resposta do ego aos estímulos e às condições de seu ambiente; é o consciente ajuste de uma pessoa ao estado do universo que determina a sua vida", afirma Mises.

É a resposta do ego que permite o exercício da liberdade de indivíduos que em cooperação e troca pacíficas garanta-lhes acesso e uso sobre os recursos naturais, ideias de negócio de bens e serviços, tributos e lucro em suas unidades: familiar, produtiva e geográfica, inclusive, por suas participações e avaliações do PPA, da LDO e da LOA. É a ação dos indivíduos, ora consumidores e ora poupadores e dos skateholders; esta ação objetiva melhorar o bem-estar subjetivo do agente acima do estado em que se encontra, a cerca de suas preferências temporais individuais e coletivas, no presente e no futuro, e o livre mercado de bens e serviços salvaguardados pelo Estado de Direito – "significa que todas as ações do governo são regidas por normas previamente estabelecidas  e divulgadas – as quais tornam possível prever com razoável grau de certeza de que modo a autoridade usará seus poderes coercitivos em dadas circunstâncias, permitindo a cada um planejar suas atividades com base nesse conhecimento" (Hayek). Assista, Dr. Ives Gandra sobre Estado de Direito – https://jovempan.com.br/programas/jornal-da-manha/sensacao-de-que-estao-escrevendo-uma-nova-constituicao-diz-ives-gandra-em-critica-a-ministros-do-stf.html

Dito isso, está posto o ponto de inflexão, o questionamento filosófico sobre a conduta do indivíduo (do agricultor) de quaisquer categorias e atividades: econômica, social ou não, de agir em prol de suas preferências temporais fundamentadas em seu julgamento de valor sempre em viés de alta, todo dia, para cooperar e trocar objetivando prosperidade e bem-estar, afiançados por instituições inclusivas políticas que "asseguram a ampla distribuição do poder e restringem seu exercício arbitrário", e econômicas "geram uma distribuição mais equitativa de recursos, facilitando a persistência de instituições políticas inclusivas" (Acemoglu e Robinson). E que, uma lei para o bem viver do indivíduo e suas criações, sociedade e estado, numa ordem ampliada, faz sentido; daí a lei como “a organização coletiva do direito individual em legítima defesa”, como bem diz Bastiat.

– “Você não possuirá nada. E será feliz”. Com efeito, impossibilita o indivíduo de pensar e agir, pois, "ação é a vontade posta em movimento e transformada em força atuante” (Mises). Quer dizer que, “a sociedade não equivale à soma de seus indivíduos, e a diferença entre a adição que ela não é e o sistema que a define consiste na troca e na reciprocidade pelas quais os homens se ligam, diz Clastres. E a solução para esse hiato na comunicação; é que o indivíduo "tem liberdade de decisão e é solicitado a sacrificar voluntariamente as vantagens pessoais à observância de uma regra moral”, afirma Hayek; e age eticamente. 


         Sugestões de leitura sobre “Você não possuirá nada. E será feliz” –

https://gizmodo.uol.com.br/artigo-futuro-2030-aluguel-servicos/

https://revistaoeste.com/revista/edicao-44/sorria-voce-nao-tem-nada/

 

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sexta-feira, 30 de junho de 2023

Quem é o nosso cliente?

      Marcos Antonio Dantas de Oliveira[1]

As organizações cooperativas singulares e centrais que objetivam cumprir seus estatutos – o ideário e a prática cooperativista, ainda são poucas, principalmente aquelas que atuam no ramo de crédito, trabalho e agropecuário. É relevante observar e levar em conta que existem mais de 3,9 milhões de agricultores familiares no Brasil, em Alagoas, 82.369 (Censo Agropecuário, 2019), que ocupam espaços privados e públicos, e poucos, ainda, são cooperados, todavia, objetivam à prosperidade e o bem viver

É relevante notar e anotar que o baixo grau de ativismo e de prática social dos cooperados pelo não exercício da democracia direta, repercute negativamente nos debates, encaminhamentos, alianças e práticas cooperativistas (atos e processos). Assim, é preciso avaliar: 1) a influência de uma ética de compadrio autoritária exercida pelo Estado (e governos) e pelas cooperativas (e dirigentes-cooperados) que agindo com sua mão de força, promove a hierarquização de seus interesses, uma reprodução das práticas clientelistas e paternalistas vigentes; 2) a apatia dos 'donos-cooperados' em relação ao projeto social, ao ideário e à prática cooperativista é generalizada nas assembleias e no dia a dia; e 3) a distribuição de sobras – a sobra é uma preferência temporal individual de poupança ou de consumo do ‘dono-cooperado’ e família. Porém, está em desuso na grande maioria das cooperativas, em outras poucas, a distribuição de sobras é de quantia pequena aos ‘donos-cooperados’. Há casos, que a cooperativa enriquece e o ‘dono-cooperado’ não goza de uma vida confortável, de prosperidade e bem viver, via de regra – urge que o ‘dono-cooperado’ conheça, questione e envolva-se no seu negócio privado com afinco para o seu bem. 

Clique e saiba de quanto foi a distribuição de sobras para o 'dono-cooperado' da Cotrijal, Não-Me-Toque/RS   https://www.canalrural.com.br/noticias/nacional/cooperativa-anuncia-faturamento-recorde-e-distribuicao-de-r-26-milhoes-em-sobras/ 

E pode-se afirmar que as cooperativas sobre a influência da "ética" de compadrio, seus presidentes agem como chefe - usa a troca como meio de "controle ou influência tendo por base recursos materiais e recompensas na forma de remuneração pelo recebimento de algum tipo de contribuição" (BERNARDES citando ETZIONI, 2009), e noutras agem como condutor - usa o poder como "controle ou influência sobre as ações dos outros no intuito de atingir as próprias metas, sem o consentimento destes outros, contra a vontade deles ou sem o seu conhecimento ou compreensão" (BERNARDES citando BUCKLEY, 2009). Via de regra, garante suas reeleições.

É fragorosamente inexpressiva uma assembleia geral com o mínimo de 10 'donos-cooperados' em 3ª convocação para discutir, deliberar, validar e votar qualquer pauta; sobretudo, porque sua presença é uma obrigação para com o seu negócio; e esse mínimo de 10 votantes desobrigam até mesmo os dirigentes de comparecem e votarem. Essa atitude é crucial para alavancar o ideário, o ativismo, à prática cooperativista, à ideia de negócio; embora seja crucial, também, porque levanta dúvida sobre a gestão e o objetivo da cooperativa.

Se os 'donos-cooperados' alterarem o estatuto social discutindo, deliberando e aprovando em assembleia geral, ordinária ou extraordinária, em duas convocações: a 1ª (primeira) com 75% e a 2ª (segunda) com 50% mais 1 (um) dos 'donos-cooperados' aptos a votarem, estarão dando passos seguros para que seu negócio seja um caso de sucesso para atender os objetivos propostos no estatuto social. Sobretudo, porque é na assembleia geral que o 'dono-cooperado' comparece, exercita, planeja, decide, fiscaliza, promove e vive o projeto social cooperativista necessário e oportuno para que a democracia direta, a proposta de valor e a ideia do negócio remunere e garanta bem-estar aos 'donos-cooperados' a perder de vista.

É inexorável que as cooperativas estão quase sempre sendo ineficazes e malvistas pelo “menosprezo do exercício da democracia direta” (OLIVEIRA, 2013), principalmente, pelos 'donos-cooperados', de modo que, o exercício dos princípios rochdaleanos é a porta de entrada e de saída para o êxito da prática cooperativista, e que têm na democracia direta a ferramenta para uma evolução no clima e na cultura organizacionais das cooperativas. 

É inegável na prática cooperativista: o menosprezo pelo estatuto; a influência da ética de compadrio entre governo, dirigentes e 'donos-cooperados'; a apatia dos 'donos-cooperados' pela democracia direta e pelo edital de convocação; a não distribuição de sobras; e a frágil cultura e clima organizacionais estão entre as causas que podem aniquilar o êxito da cooperativa, função econômica e social.

Essas atitudes exigem dos 'donos-cooperados', skateholders e consumidores uma reflexão sobre o exercício da preferência temporal, individual e coletiva, hoje e amanhã, no caso, a distribuição de sobras, é um ótimo começo – Eis o ‘dono-cooperado’, no exercício da individualidade, liberdade e posse. E ao agir como dirigente age como líder, faz o "controle ou influência sobre o comportamento de outros para a promoção de metas coletivas, com base em alguma forma verificável de consentimento destes outros em razão de estarem informados desta situação" (BERNARDES, 2009).

Os empreendedores e suas cooperativas necessitam implementar um compartilhamento do aprender, do desaprender e do reaprender às relações estatutárias, sociais e éticas. Nessas condições, é inexorável, a participação cognitiva, instrumental, política e social do 'dono-cooperado' (de qualquer  cooperativa) que assegurará à prosperidade do seu negócio privado – recursos, processos e valores – pela otimização da gestão eficiente dos fatores de produção e da liderança eficaz em sua ideia de negócio – Qual deve ser o nosso ramo? Quem é o nosso cliente? Qual dos nossos produtos, serviços ou atividades já não servem mais ao nosso cliente? Quanta lucratividade precisamos? –, e a essas cooperativas de criarem clientes para negociarem os resultados, econômico e social, prometidos, o bem e o serviço, funcionais e confiáveis, convenientes e comercializados pelo conceito do cliente para o valor o princípio da prosperidade e bem-estar, a distribuição de sobras, ao 'dono-cooperado'; e, assim, alavancarem o Desenvolvimento Sustentável  – o Estado de Direito, o Bem Viver.



[1] Mestre em Desenvolvimento Sustentável, Engenheiro Agrônomo, professor da Universidade Estadual de Alagoas/UNEAL, membro da Academia Brasileira de Extensão Rural/ABER, dirigente sindical, articulista da Tribuna Independente/Alagoas, Blog: sabecomquemestafalando.blogspot.com

quarta-feira, 31 de maio de 2023

Mas dizei-me; irmãos, o que há?


Marcos Antonio Dantas de Oliveira[1]

Ah! como compartilhar leituras e filosofar sobre o pensar e o agir, sobre a dialética e a ética e assim fazer uso do instinto e da razoabilidade para prover às necessidades e autorrealizações – Maslow, Diamandis e Oliveira: comida, água, abrigo, energia, tic, saúde, liberdade e individualidade, escolhendo suas preferências temporais individuais e coletivas, ora poupando ou consumindo, ora hoje ou amanhã. E nos ensina Boettke, “certamente precisamos entender a economia para sustentar e manter a estrutura institucional que nos permite realizar os benefícios advindos da liberdade de troca e produção”.

Isto posto, exige do indivíduo um propósito de vida salvaguardada pelo império da lei, como assertivamente afirmava Bastiat – “A Lei é a organização coletiva do direito individual em legítima defesa”. De tal maneira, que compartilhar ideias, especializações, cooperações, ciência, filantropia, ética e conectividade em ambientes institucionais e não institucionais, públicos e privados, que baseadas e estimuladas por instituições inclusivas econômicas, a livre iniciativa, o livre mercado, o livre-arbítrio têm garantido o Estado de Direito. Ficou não só mais fácil, sobretudo eficiente pela interação humana global na atual era digital, espontânea e onipresente, com muitos serviços on-line gratuitos. Isso posto, aumenta às possibilidades de promover o Desenvolvimento sustentável – "um processo, conflitos e alianças, que compartilhado em redes multidimensionais pelos indivíduos em pleno Estado de Direito utilizam a capacidade organizacional, a ideia de negócio, para preservar e usar os fatores de produção e os tributos, transformando-os em bens e serviços, a proposta de valor, do autoconsumo ao mercado para suprir as necessidades e desejos, a expectativa de vida, pelo usufruto dos bens inalienáveis – individualidade, liberdade, propriedade, confiança e felicidade.

Logo, "cada pessoa possui uma inviolabilidade fundada na justiça que nem mesmo o bem-estar da sociedade como um todo pode ignorar”. Por essa razão, a justiça nega que a perda de liberdade de alguns se justifique por um bem maior partilhado por outros" (RAWLS), sobretudo. Todavia, nesse cenário de tantas desigualdades, coerções, incertezas e inseguranças, inclusive a jurídica, o consumidor – índio, agricultor, extrativista, militar, empregado privado e público, professor, empreendedor e suas famílias –, afinal de contas, necessita preservar, usar e compartilhar com eficiência e eficácia os fatores de produção, os impostos, o bem viver. É o indivíduo que ao agir como uma força motriz protege, conserva, usa, inova, produz, especializa, armazena, consume, intercambia e otimiza ideias e bem-estar em escala ascendente e abundante, pode garantir que o usufruto da riqueza pública e da privada torne os diversos agrupamentos humanos prósperos, não seja um jogo de soma zero nesta era digital; e a cooperação pacífica amplia o êxito da educação, da tecnologia transformacional, da divisão do trabalho, da produtividade e do livre mercado.

O indivíduo, a priori, ao compreender o estado da vida e de vida na bacia hidrográfica cria negócios, inova no planejamento, gestão e oferta bens e serviços funcionais, convenientes, confiáveis a preços concorrentes, como observa e compartilha tendências e cenários para organizar e melhorar as trocas desiguais ecológicas e econômicas sob regras formais e informais. E o diálogo como exercício da individualidade e da liberdade lhe assegura uma vida confortável, sobretudo usufruir de suas preferências temporais individuais e coletivas, no presente e no futuro, principalmente as de longo prazo; bem como abrir mão voluntariamente de algumas delas, em favor de uma regra, que aperfeiçoada ao longo da vida alavancará o desfrute dos bens e serviços em contínuos processos de aprendizagem, desaprendizagem e reaprendizagem sobre os princípios ecológicos (o estudo da casa) e os fundamentos econômicos (o estudo do manejo da casa).

O indivíduo, por certo, pensa, dialoga, age, planeja, gere e negocia estrategicamente o uso dos fatores de produção, da tecnologia, dos bens de capital, dos bens e serviços, dos impostos e lucro, e dos julgamentos de valor que lhes são caros toma decisão e efetiva os objetivos estabelecidos sobre sua prosperidade e seu bem viver e da sociedade ao primar pela eficiência, eficácia e ótima qualidade da produção e do consumo. A vida significa nossa existência, então, o estado da vida do indivíduo é salvaguardado por uma regra voluntária. E repito Bastiat – “A Lei é a organização coletiva do direito individual em legítima defesa”.

"Mas dizei-me; irmãos, se falta objeto à humanidade, não é porque ela mesma não existe? – Assim falava Zaratustra (Nietzsche)". Então, como cheguei até aqui como indivíduo e como espécie? Como quero ser com os outros? Por que faço o que faço? Como enxergo e pratico as virtudes e os vícios, me leva à prosperidade, bem-estar e felicidade? Se, via de regra, os 8 bilhões de habitantes sobrevivem sem praticar sua individualidade, sua liberdade, sem uma regra voluntária. Tampouco usam suas preferências temporais individuais e coletivas, hoje ou amanhã, para gerarem prosperidade e bem viver – o que há? 

 

 



[1] Mestre em Desenvolvimento Sustentável, Engenheiro Agrônomo, professor da Universidade Estadual de Alagoas/UNEAL, membro da Academia Brasileira de Extensão Rural/ABER, dirigente sindical, articulista da Tribuna Independente/Alagoas, Blog: sabecomquemestafalando.blogspot.com