Marcos Antonio Dantas de Oliveira[1]
“Foi pelo fato de a vida, a liberdade e a propriedade existirem antes que os homens foram levados a fazer as leis” – Eis o homem, como bem diz Bastiat.
Então acreditar que o FEM/Fórum Econômico Mundial está certo em propor uma renda universal para romper o nadica de nada; porém, “Você não possuirá nada. E será feliz” – https://blocktrends.com.br/voce-nao-possuira-nada-e-sera-feliz-o-que-e-o-tal-grande-reset/
Ou é o indivíduo (com autoestima em alta) que por sua livre iniciativa rompe o nadica de nada e será feliz ao exercitar o Estado de Direito, que "significa que todas as ações do governo são regidas por normas previamente estabelecidas e divulgadas – as quais tornam possível prever com razoável grau de certeza de que modo a autoridade usará seus poderes coercitivos em dadas circunstâncias, permitindo a cada um planejar suas atividades com base nesse conhecimento" (HAYEK).
Portanto, os indivíduos e os "stakeholders" devem promover o Desenvolvimento Sustentável – "quando o indivíduo baseado em seu julgamento de valor e propositalmente em cooperação com outros criam uma organização numa ordem espontânea e ampliada e em pleno Estado de Direito, uma ideia de negócio, utilizam suas capacidades organizacionais para preservar e usar com eficiência os fatores de produção e tributos, transformando-os com eficácia em bens e serviços funcionais, convenientes e confiáveis, satisfazem suas preferências temporais, individual e coletiva, para bem viver seus valores, razão, propósito, autoestima e ética – o Estado da Arte" (OLIVEIRA).
Os agricultores e extrativistas familiares, os jovens rurais e outros rurícolas (empregador e empregado) permanecem com dificuldade para empreender e prosperar devido ao não acesso e uso ao recurso natural, bens de capital, financiamento, assistência técnica, mercado, imposto, salário e lucro; bem como, à inovação, produtividade, divisão do trabalho e à oferta de bens funcionais, convenientes e confiáveis de suas unidades produtivas ao consumidor.
E assim seguem em êxodo rural; esse êxodo acarreta consequências graves, entre elas: a presença em viés de alta de idosos na atividade agropecuária; o insucesso ou a interrupção na sucessão familiar; a consequente masculinização do campo; bem como pelo não aproveitamento do bônus demográfico. De modo que, a fragilidade dos agricultores minifundiários, analfabetos, descapitalizados e de suas representações nos espaços públicos e privados precarizam ainda mais seu modo de vida: social, ecológico e econômico. E continuam em insegurança jurídica.
Sobretudo é necessária e oportuna suas participações efetivas nas audiências públicas do Plano Plurianual/PPA, da Lei de Diretrizes Orçamentárias/LDO e da Lei Orçamentária Anual/LOA, quer federal, estadual, distrital e municipal. Esse processo aponta para a necessidade de estratégias e conexões sustentáveis para garantir que as diretrizes e a execução de programas, projetos e ações numa ordem e realidade ampliadas e espontâneas sejam exitosas. Por certo, nadica de nada acontece pelas suas ausências nessas audiências públicas, via de regra.
Argumentava Stuart Mill – “Temos o direito de nos conduzir de variadas maneiras em relação a uma pessoa, seguindo nossa opinião desfavorável sobre ela, não para oprimir sua individualidade, mas para exercer a nossa”.
É incontestável, que o indivíduo (empreendedor, investidor, empregador e empregado, consumidor) exercite sua individualidade e sua liberdade, esse exercício faz a diferença para romper ou diminuir às incertezas de qualquer
natureza e o ciclo de pobreza de muitos, ora debatendo tendências e traçando
cenários e estratégias com possíveis soluções para alavancar o propósito de vida pelo seu pleno exercício do Estado de Direito.
O indivíduo pensa, age e soluciona os conflitos de visão de mundo e de interesses, que baseados em seus julgamentos de valor, em normas de conduta justa e legisladas, decide sobre: visão de futuro, ideia do negócio e proposta de valor, e promove suas preferências temporais, individual e coletiva, hoje e amanhã, na bacia hidrográfica para prosperar rumo ao bem viver pelo usufruto dos bens primários – individualidade, liberdade, propriedade, confiança e felicidade.
Ou fica valendo o nadica de nada do FEM/Fórum Econômico Mundial e continuam pobres – https://jovempan.com.br/noticias/brasil/taxa-de-pobreza-cai-no-brasil-mas-ainda-atinge-quase-um-terco-da-populacao.html
[1] Mestre
em Desenvolvimento Sustentável,
engenheiro agrônomo, articulista da Tribuna Independente de Alagoas e do
blog:sabecomquemestafalando.blogspot.com, dirigente sindical e
professor da Universidade
Estadual de Alagoas.
Aplaudo-o pela oportunidade do reflexivo texto. Carla
ResponderExcluirPouco pessoas já ouviram da Fórum Econômico Mundial e menos ainda dos seus objetivos. Manoel
ResponderExcluirA nossa ausência nas audiências públicas do Plano Plurianual/PPA, da Lei de Diretrizes Orçamentárias/LDO e da Lei Orçamentária Anual/LOA municipal é um fato. Precisamos conhecer como funciona a máquina pública. Toninho
ResponderExcluirO artigo aborda a tensão entre a autonomia individual e as propostas coletivistas, como a renda universal do Fórum Econômico Mundial (FEM). Sob a perspectiva de um administrador, destaca-se a importância do Estado de Direito, onde as normas claras permitem planejamento e prosperidade individual. O empreendedorismo é valorizado como meio de superar a pobreza e incertezas, promovendo inovação e sustentabilidade. A participação ativa em audiências públicas e a implementação de estratégias conectadas são cruciais para o desenvolvimento rural e urbano. Em suma, a liberdade individual e a iniciativa privada são essenciais para o progresso, enquanto o coletivismo pode perpetuar a pobreza se não for bem equilibrado.
ResponderExcluirArtigo muito bom e que aborda questões profundas sobre liberdade individual, propriedade e o papel do Estado de Direito, contrastando essas ideias com propostas do Fórum Econômico Mundial, como a renda universal.
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