domingo, 31 de março de 2024

NADICA DE NADA

 Marcos Antonio Dantas de Oliveira[1]

“Foi pelo fato de a vida, a liberdade e a propriedade existirem antes que os homens foram levados a fazer as leis” – Eis o homem, como bem diz Bastiat. 


Então acreditar que o FEM/Fórum Econômico Mundial está certo em propor uma renda universal para romper o nadica de nada; porém, “Você não possuirá nada. E será feliz” – https://blocktrends.com.br/voce-nao-possuira-nada-e-sera-feliz-o-que-e-o-tal-grande-reset/


Ou é o indivíduo (com autoestima em alta) que por sua livre iniciativa rompe o nadica de nada e será feliz ao exercitar o Estado de Direito, que "significa que todas as ações do governo são regidas por normas previamente estabelecidas e divulgadas – as quais tornam possível prever com razoável grau de certeza de que modo a autoridade usará seus poderes coercitivos em dadas circunstâncias, permitindo a cada um planejar suas atividades com base nesse conhecimento" (HAYEK).


Portanto, os indivíduos e os "stakeholders" devem promover uma política de desenvolvimento sustentável, entendido como um “processo, conflitos e alianças, que compartilhado em redes multidimensionais pelos indivíduos em pleno Estado de Direito, utilizam a capacidade organizacional, a ideia de negócio, para preservar e usar os fatores de produção e os tributos, transformando-os em bens e serviços, proposta de valor, do autoconsumo ao mercado para suprir as necessidades e desejos, a expectativa de vida, pelo usufruto dos bens inalienáveis – individualidade, liberdade, propriedade, confiança e felicidade – o Estado da Arte”.

 

Os agricultores e extrativistas familiares, os jovens rurais e outros rurícolas (empregador e empregado) permanecem com dificuldade para empreender e prosperar devido ao não acesso e uso ao recurso natural, bens de capital, financiamento, assistência técnica, mercado, imposto, salário e lucro; bem como, à inovação, produtividade, divisão do trabalho e à oferta de bens funcionais, convenientes e confiáveis de suas unidades produtivas ao consumidor. 


E assim seguem em êxodo rural; esse êxodo acarreta consequências graves, entre elas: a presença em viés de alta de idosos na atividade agropecuária; o insucesso ou a interrupção na sucessão familiar; a consequente masculinização do campo; bem como pelo não aproveitamento do bônus demográfico. De modo que, a fragilidade dos agricultores minifundiários, analfabetos, descapitalizados e de suas representações nos espaços públicos e privados precarizam ainda mais seu modo de vida: social, ecológico e econômico. E continuam em insegurança jurídica. 


Sobretudo é necessária e oportuna suas participações efetivas nas audiências públicas do Plano Plurianual/PPA, da Lei de Diretrizes Orçamentárias/LDO e da Lei Orçamentária Anual/LOA, quer federal, estadual, distrital e municipal. Esse processo aponta para a necessidade de estratégias e conexões sustentáveis para garantir que as diretrizes e a execução de programas, projetos e ações numa ordem e realidade ampliadas e espontâneas sejam exitosas. Por certo, nadica de nada acontece pelas suas ausências nessas audiências públicas, via de regra.

 

Argumentava Stuart Mill – “Temos o direito de nos conduzir de variadas maneiras em relação a uma pessoa, seguindo nossa opinião desfavorável sobre ela, não para oprimir sua individualidade, mas para exercer a nossa”.


É incontestável, que o indivíduo (
empreendedor, investidor, empregador e empregado, consumidor) exercite sua individualidade e sua liberdade, esse exercício faz a diferença para romper ou diminuir às incertezas de qualquer natureza e o ciclo de pobreza de muitos, ora debatendo tendências e traçando cenários e estratégias com possíveis soluções para alavancar o propósito de vida pelo seu pleno exercício do Estado de Direito. 


O indivíduo pensa, age e soluciona os conflitos de visão de mundo e de interesses, que baseados em seus julgamentos de valor, decide sobre: visão de futuro, ideia do negócio e proposta de valor, e promove suas preferências temporais, individual e coletiva, hoje e amanhã, na bacia hidrográfica para prosperar rumo ao bem viver pelo usufruto dos bens primários – individualidade, liberdade, propriedade, confiança e felicidade.


Ou fica valendo o nadica de nada do FEM/Fórum Econômico Mundial e continuam pobres – https://jovempan.com.br/noticias/brasil/taxa-de-pobreza-cai-no-brasil-mas-ainda-atinge-quase-um-terco-da-populacao.html



[1] Mestre em Desenvolvimento Sustentável, engenheiro agrônomo, articulista da Tribuna Independente de Alagoas e do blog:sabecomquemestafalando.blogspot.com, dirigente sindical e professor da Universidade Estadual de Alagoas.

 

 

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