Marcos Antonio Dantas de Oliveira[1]
– Que tal a promessa do FEM/Fórum Mundial de Economia – “Você não possuirá nada. E será feliz”. Logo, Rockefeller e outros bilionários, muitos governos e intelectuais avisam: a renda universal é uma das respostas para o indivíduo Ser Feliz; contudo, a livre iniciativa não. Por quê? – https://blocktrends.com.br/voce-nao-possuira-nada-e-sera-feliz-o-que-e-o-tal-grande-reset/
https://gizmodo.uol.com.br/artigo-futuro-2030-aluguel-servicos/
Ora pois, para Aristóteles – “todos os homens que diferem entre si, para pior no mesmo grau que a alma difere do corpo e o ser humano difere de um animal, são naturalmente escravos, e para eles nada melhor do que estarem sujeitos à autoridade de um Senhor"; e de igual modo Marx reforça a submissão do indivíduo ao dirigente De todo modo, para Rousseau – “é absurdo e contraditório que o Soberano se dê um superior; obrigar-se a obedecer a um senhor é entregar-se sob plena liberdade”. Já La Boétie – “considera quase sempre o poder que o povo lhe conferiu como devendo ser transmitido a seus filhos”; e Maquiavel ressalta – “aquele que promove o poder de um outro perde o seu...”. E, um modo do Soberano retomar o poder, é eleger seus representantes por distrito.
A renúncia do indivíduo, por certo, aos seus julgamentos de valor e as normas de conduta justa desobriga-o de pensar e agir sobre suas preferências temporais, individual e coletiva, hoje e amanhã; e resulta no acirramento de sua subordinação social e política ao legislador, sobretudo. Faz sentido, “impedir que o monopólio da força, torne-se também o monopólio da verdade”, anuncia Bobbio; enquanto Rothbard propõe o ”fim da aliança entre intelectuais e Estado, por meio da criação de centros de educação e pesquisas intelectuais independentes do poder estatal”.
– "Será que podemos detectar uma das expressões do mal, qual seja, o mal banal, como fruto do não-exercício do pensar?", enfatiza Arendt.
Dizem – Adam Smith: "por mais egoísta que se suponha o homem, evidentemente há alguns princípios em sua natureza que o fazem interessar-se pela sorte de outros, e considerar a felicidade deles necessária para si mesmo, embora nada extraia disso senão o prazer de assistir a ela” – Rand: o indivíduo “não importa quão sejam primitivas as suas ações, ele precisa projetá-las no futuro e pesar as consequências; o que requer um processo conceitual – e um processo conceitual não pode ocorrer em um vácuo: ele requer um contexto. A escolha do homem não é se ele precisa de uma visão abrangente da vida, mas apenas se sua visão é verdadeira ou falsa. Se ela for falsa, isso o leva a agir como seu próprio destruidor” – Mises, inexoravelmente, a "ação é a vontade posta em movimento e transformada em força atuante”.
Todavia, “temos o direito de nos conduzir de variadas maneiras em relação a uma pessoa, seguindo nossa opinião desfavorável sobre ela, não para oprimir sua individualidade, mas para exercer a nossa” – argumentava Mill. Eis o homem que baseado em seus julgamentos de valor (em suas preferências temporais individuais e coletivas, hoje e amanhã) sob a ótica dos conflitos de interesses e de visões de mundo, ora restrita para muitos, ora irrestrita para outros tantos numa ordem (e realidade) ampliada, pensa, decide e garante os meios para realizar as metas e os fins desejados; se satisfaz com os resultados obtidos, sempre alicerçados no seu julgamento de valor. É o fazer ou não fazer contínuo do indivíduo (do agricultor familiar) para transformar desconfortos e ideias em estados satisfações; pois, "se todos os homens são, como se tem dito livres, iguais e independentes por natureza, ninguém pode ser retirado deste estado e se sujeitar ao poder político de outro sem o seu próprio consentimento", diz Locke.
E Molinari – “para definir e delimitar a função do governo, é necessário investigar a essência e o objetivo da sociedade”. Ademais, a instituição inclusiva, segundo Acemoglu e Robinson, quando políticas "asseguram a ampla distribuição do poder e restringem seu exercício arbitrário.", e quando econômicas "geram uma distribuição mais equitativa de recursos, facilitando a persistência de instituições políticas inclusivas" e desenvolverem-se sustentavelmente baseadas na riqueza privada e na pública. Portanto questioná-las sobre prosperidade e bem viver individual e coletivo, necessariamente "significa que todas as ações do governo são regidas por normas previamente estabelecidas e divulgadas – as quais tornam possível prever com razoável grau de certeza de que modo a autoridade usará seus poderes coercitivos em dadas circunstâncias, permitindo a cada um planejar suas atividades com base nesse conhecimento", o Estado de Direito, como nos ensina Hayek.
– É o homem com auttoestima em alta faz uma avaliação subjetiva sobre competição e cooperação, em troca pacíficas e em um mundo livre, que voluntariamente e eticamente, afiança uma norma de conduta justa (princípios e regras) para prosperar e ser feliz – por exemplo, iniciando-a pela criação do voto distrital puro – pois, a “Lei é a organização coletiva do direito individual em legítima defesa”, anuncia Bastiat. Pois, "o homem desacomodado não é mais do que um pobre animal, nu e dividido", Shakespeare em Rei Lear. Não é feliz.
[1]
Mestre em Desenvolvimento Sustentável, Engenheiro Agrônomo,
professor da Uneal, membro da Academia Brasileira de Extensão
Rural/ABER, dirigente sindical, articulista da Tribuna Independente/Alagoas,
Blog: sabecomquemestafalando.blogspot.com
Aplausos pela atualidade do tema posto e a corroboração dos filósofos citados. Toninho.
ResponderExcluirMuito proveitoso para refletir no cotidiano, nossas dificuldades e desejos. Ana
ResponderExcluirCom precisamos ler mais, aplausos. Manoel
ResponderExcluirArtigo muito profundo, xará!!! (Exclamo 3 vezes) Ando lendo muito sobre a FELICIDADE. Seu texto está salvo para as minhas posteriores anotações. Parabéns.
ResponderExcluirSó posso aplaudi-lo pela reflexão. roberto
ResponderExcluirComo assim, Feliz sem nadica de nada. Vera
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