Marcos Antonio Dantas de Oliveira[1]
O 'dono-cooperado’, ora pois, deve observar no seu negócio, quais forças causam ameaças e quais as solucionam, e assim viabilizar o planejamento, a gestão, a tomada de decisão, para alavancar sua liberdade individual – e argui Charles Howarth, pioneiro de Rochdale: “preferia renunciar a todas as suas vantagens, si, para consegui-las, se tivesse de attendar contra o princípio da liberdade”.
Um outro detalhe: Rochdale “elegia semestralmente um presidente, um tesoureiro e um secretário”.
Por aqui, via
de regra, uma ameaça danosa é o menosprezo do ‘dono-cooperado’ por sua
cooperativa, pois a inviabiliza por não compartilhar a estrutura
organizacional – recursos, processos e valores – na sua formação
educativa; no baixo número de cooperados, alta inadimplência e fracasso do
edital de convocação com baixo número de presentes; na baixa credibilidade
institucional face a onipresente relação de compadrio; na ausência de
planejamento, gestão estratégica e de um plano de comunicação interna integrada
ao marketing; enfim, é presidida por um dirigente-chefe, aquele que troca
favores.
Então anular o menosprezo dos ‘dono-cooperado’ por sua cooperativa é vital. Essa,
tem estrutura sistêmica e normas estabelecidas e divulgadas, por isso, o
‘dono-cooperado’ é capaz de solucionar essa problemática: 1) usar os
princípios ecológicos (o estudo da casa) e econômicos, (o
manejo da casa) para garantir que o ‘dono-cooperado’ use as ferramentas
gerenciais no planejamento, gestão e tomada de decisões na execução dos
objetivos e metas convergentes; 2) ofertar bens e serviços de qualidade,
funcionais, convenientes e confiáveis a preços correntes pelo conceito de valor
para o consumidor; 3) alavancar a ética, o ativismo, a prática cooperativa para
o sucesso da ideia de negócio – visão de futuro, missão, valores; e 4) escolher
dirigente-líder que compartilhe funções com o ‘dono-cooperado’ é salutar para
operarem um plano de negócio exitoso. Tal êxito está na atuação do dirigente-líder
– aquele que usa a autoridade, para o “controle ou influência sobre o
comportamento de outros para a promoção de metas coletivas, com base em
alguma forma verificável de consentimento destes outros em razão de estarem
informados dessa situação” (Bernardes).
Apenas, enquanto floresce as normas de conduta justa e governo limitado, há
o exercício da liberdade individual. Liberdade e segurança, argui Hayek, só pelo exercício do Estado de Direito, que "significa que todas as ações do governo são regidas por normas
previamente estabelecidas e divulgadas – as quais tornam possível prever com
razoável grau de certeza de que modo a autoridade usará seus poderes
coercitivos em dadas circunstâncias, permitindo a cada um planejar suas
atividades individuais com base nesse conhecimento".
Nesse sentido, o
Estado de Direito possibilita alavancar o Desenvolvimento Sustentável – que se dá quando “o indivíduo que baseado no seu juízo de valor age
numa ordem espontânea e no exercício do Estado de Direito cria uma ideia de negócio, e em cooperação com outros, escolhem satisfeitos
suas preferências temporais, individual e coletiva, hoje e amanhã; por
certo, usam
suas habilidades e competências para preservarem e utilizarem com eficiência os
fatores de produção, bens de capital e tributos, transforma-os bens e serviços
funcionais, convenientes e confiáveis, e com eficácia, oferta-os aos consumidores para bem viverem seus valores”.
Os 'donos-cooperados’, logo, são os construtores da ideia de negócio vis-à-vis à
preservação e o uso dos fatores de produção por gestão baseada nos princípios
cooperativistas e gerenciais nos ambientes públicos e privados, criem e
partilhem ciclos virtuosos que gerem oportunidades para seu negócio pela ágil
interação: computador-internet-dispositivos móveis de banda larga; pelo aumento
poupança e nível de investimento; pela eficiência, resguardem a segurança
jurídica, os recursos naturais e inovem nos bens de capital; capacite-os para
que sua visão de futuro, missão e valores impulsionem seu negócio, à
prosperidade e o bem viver dos ‘donos-cooperados’, stakeholders e outros, podem
alegrá-los.
[1] Mestre em Desenvolvimento Sustentável, professor da
UNEAL, jornalista, dirigente, articulista da Tribuna Independente Maceió e
do sabecomquemestafalando.blogspot.com
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