Marcos Antonio Dantas de Oliveira[1]
Na noite, de 24 de outubro de 1844, a Sociedade dos Probos Pioneiros de Rochdale,
localizada na Travessa do Sapo, em Rochdale, Manchester, Inglaterra, abre suas portas para atendimento aos operários
e suas famílias, baseada em regras bem estabelecidas,
Essa ideia teve ressonância na região fumageira de Arapiraca, Alagoas, Brasil, que começa com o entusiasmo de Lourenço de Almeida – em 1963, funda-se a primeira cooperativa agrícola na região, a Cooperativa Agropecuária e Industrial de Arapiraca Limitada/Capial, que obteve sucesso entre os anos de 1978-1983, porque garantiu que a oferta e a demanda inelásticas do “dono-cooperado” atendessem à demanda elástica dos consumidores e das indústrias do fumo; a aquisição de insumos para os “donos-cooperados”; e chegou a distribuir as sobras. Hoje, vive em estagnação, mas continua a ser uma referência. Em 1987, mais uma cooperativa abre suas portas para atender aos fumicultores: a Cooperativa Mista dos Produtores de Fumo de Alagoas Limitada/Cooperfumo, de duração efêmera, situação cadastral: extinção por Encerramento Liquidação Voluntária. Alguns sindicalizados e o pessoal das associações comunitárias criam, em 1992, a Cooperativa dos Produtores Rurais de Arapiraca Limitada/Cooperal; está estabelecida, porém, tem uma prática cooperativista tímida. E, por último, a Cooperativa Agropecuária de Desenvolvimento do Agreste Limitada/Coopagreste, que, em 1998, abre suas portas para produzir e comercializar ovos de galinha caipira, com o intuito de ser uma alternativa à cultura do fumo. Também vive momento ruim, não realiza seu Estatuto.
Vale ressaltar, a Cooperfumo, a Cooperal e a Coopagreste nunca distribuíram sobras aos "donos-cooperados".
Essas cooperativas foram e continuam incapazes de
gerenciarem a estrutura de custos e a capacidade organizacional – recursos,
processos e valores –, para criar redes de valor, que as levem a mercadejar com
êxito pela oferta de produtos e serviços funcionais, confiáveis, convenientes a
preço concorrente nesse ambiente de negócio.
Contudo, as experiências
desses "donos-cooperados" continuam lastreando, que medidas essas
cooperativas necessitam para motivá-los, e assim, discutirem e criarem mecanismos
de garantia não só da gestão empresarial, mas assegurando trabalho e produção, renda e consumo de bens e serviços,
sobretudo, a preservação e o uso dos fatores de produção, impostos, e de
melhoria das condições de vida, inclusive da população por elas envolvidas, em
termos econômicos, sociais, ambientais e culturais, em sintonia com o
Desenvolvimento Sustentável – Um processo, conflitos e alianças, que
compartilhado em redes multidimensionais pelos indivíduos em pleno Estado de
Direito, utilizam a capacidade organizacional, a ideia de negócio, para
preservar e usar os fatores de produção e os tributos, transformando-os em bens
e serviços, a proposta de valor, do autoconsumo ao mercado para suprir as
necessidades e desejos, a expectativa de vida, pelo usufruto dos bens
inalienáveis – individualidade, liberdade, propriedade, confiança e felicidade
– o Estado da Arte.
“Nossa
geração corre perigo de esquecer não só que a moral é, por essência, um
fenômeno da conduta pessoal, mas também que ela só pode existir na esfera em
que o indivíduo tem liberdade de decisão e é solicitado a sacrificar
voluntariamente as vantagens pessoais à observância de uma regra moral” (Friedrich
August von Hayek).
[1] Mestre em Desenvolvimento
Sustentável [engenheiro agrônomo], membro da ABER,
professor da UNEAL, diretor do SINDAGRO, articulista da Tribuna
Independente de Maceió - Alagoas, Blog: sabecomquemestafalando.blogspot.com
É verdade, o dono-cooperado precisa fazer esse exercício de motivação. Artur
ResponderExcluirComo as cooperativas estão defasadas em gestão. Carlos
ResponderExcluirÉ verdade, são poucas as notícias de cooperativas que distribuem sobras. Mariana
ResponderExcluirEm geral, as cooperativas são mal gestadas. Agnaldo
ResponderExcluirOportuno o comentário do último parágrafo - a fala de Hayek. Humberto
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