sábado, 30 de novembro de 2019

SALTA aos OLHOS

                                  Marcos Antonio Dantas de Oliveira[1]

            Ao longo do processo evolutivo das espécies, a humana – homem e mulher – têm usado a comunicação para fazer valer as ordens imaginadas [econômica, política e religiosa], sobretudo em busca da concertação de convívio social sob a salvaguarda dos indivíduos e das instituições inclusivas, econômicas e políticas. Mulher e homem inventam e reinventam todos os dias as relações, reconhecendo nelas os conflitos, os diálogos e a confiabilidade das alianças, que acabam se tornando marcas distintivas. É assim que a Extensão Rural também se reproduz.

             É verdade, os extensionistas, homens e mulheres, nesses 70 anos, além de discutir, manter, inovar e/ou difundir os sistemas produtivos e sociais buscam melhorar à vida com repercussões positivas à vida rural, citadina, e ao cotidiano extensionista; e ainda estimulam a participação dessas categorias no processo decisório: municipal, estadual e federal, para deixar firme e segura a reprodução de suas lógicas familiares – terra e água, trabalho e família, mesmo sob a complexidade da sustentabilidade: econômica, social e ecológica, ora imposta, pode assegurar-lhes o acesso e o aumento da riqueza privada e da pública, do bem-estar .

         A Extensão Rural orienta seus objetivos para à inovação, produtividade e eficiência dos sistema produtivos – recursos, processos e valores – com repercussões no sistema geográfico e social; na distribuição da riqueza privada e pública para a melhoria das condições de vida dos rurícolas, a maioria com renda até 1 salário mínimo, ao usar e preservar os recursos naturais, tributos, capital humano e a eficiência de governo em conformidade com a regra formal e informal; e no exercício da individualidade e posse do agricultor familiar, do rurícola e suas organizações corrigir as imperfeições do processo capitalista, da montante à jusante da produção agropecuária respeitando os estilos de vida, como resposta à sua capacidade de discernir, aceitar, trocar, adotar, manter, indagar e confiar nas relações consigo, com os outros e com o mundo; garantindo-lhes o desenvolvimento sustentável – um processo, conflitos e alianças, que compartilhado em redes multidimensionais pelos indivíduos em pleno Estado de Direito, utilizam a capacidade organizacional, a ideia de negócio, para preservar e usar os fatores de produção e os tributos, transformando-os em bens e serviços, proposta de valor, do autoconsumo ao mercado para suprir as necessidades e desejos, a expectativa de vida, pelo usufruto dos bens inalienáveis – individualidade, liberdade, propriedade, confiança e felicidade – o Estado da Arte.

         Os Extensionistas têm se somado aos agricultores, aos extrativistas e suas famílias para protagonizarem debates sobre temas relevantes para o rural, agropecuário e não agropecuário, em sua multidimensionalidade e funcionalidade, buscando pôr fora de perigo o bem-estar social deles, onde nasceram. Eles participam ativamente da composição, decomposição e recomposição das relações sociais, econômicas e culturais com essas categorias e comunidades rurais e urbanas, e no estreitamento dessas relações pelo debate em espaços públicos, formais e informais, abrindo portas para pensar, dialogar e agir sobre o dia a dia de suas vidas, local e globalmente. Sobretudo, pode-se apurar uma característica vigorosa na relação extensionista/extrativista, agricultor, comunidade – a intensa relação de confiança.

         Assim, a marca distintiva da Extensão Rural, mesmo com as especificidades regionais, é rigorosamente o EXTENSIONISTA – o trabalho de duas dezenas de milhares de mulheres e homens, que pelo respeito que constroem nas comunidades em que trabalham e divertem-se; e pelo autorrespeito animam esse serviço. Essa marca é sustentada também pelas relações com outros milhares agentes sociais e econômicos - há um sentimento de pertencimento.

         A essa atuação cheia de sacrifícios, realizações e prazeres, a esse aprender a conhecer; aprender a fazer; aprender a ser; e aprender a viver junto, “onde a compreensão é a só tempo meio e fim da comunicação” (MORIN, 2000) para enfrentar incertezas e propor soluções. Vida longa aos extensionistas, mulheres e homens, em 06 de dezembro – Extensionistas em audiência pública [07 de novembro] na Câmara dos Deputados participaram da construção da Frente Parlamentar do Congresso Nacional e do Pacto de Reconstrução da ATER estatal:  















[1] Mestre em Desenvolvimento Sustentável, engenheiro agrônomo, acadêmico da ABER, dirigente sindical, jornalista e professor da UNEAL


11 comentários:

  1. Parabenizo-o por essa relevante saudação ao trabalho do extensionista. Artur

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  2. Uma saudação a altura do serviço de Extensão Rural. Glória

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  3. Como extensionista ficou lisonjeado com essa saudação. Toninho

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  4. É um trabalho envolvente, parabéns ao extensionista. Eduardo

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  5. Palmas para o extensionista. Renato

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  6. De fato, a marca distintiva da Emater, é o extensionista. Magda

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  7. Precisamos estar mais presença no Congresso Nacional para debater e buscar soluções para a Ater. Lourdes

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  8. Assiste ao vídeo e digo como extensionistas precisam frequentar as casas legislativas se queremos avançar no atendimento aos agricultores. Claúdio

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  9. O conceito de desenvolvimento sustentável citado no texto é bom para uma reflexão sobre o que falam sobre sustentabilidade. Jason

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  10. Aplausos pelo texto em homenagem ao extensionista. Val

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  11. Parabéns pela excelente saudação ao extensionista, a pela sua fala na audiência pública postada. Vinicius

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