É um
processo natural ou artificial, inacabado ou inacabável, que acontece
no campo e na cidade, ora confirmando, ora alterando os estilos de vida de seus
moradores: liberta, envolve, desdobra, cultiva, preserva, distribui, absorve,
dialoga, politiza, felicita e comunica-se com a unidade e a diversidade, ora
nas relações de si para si, com os homens, com a natureza e com o mundo pela dialética e pela ética de
indivíduos e pontos de vista diferentes.
Dito
isso, exige-se para o debate: argumentos e mediações de idéias, estratégias e
responsabilidades; assim, é possível construir ritos de passagem que devem ter
[e ser] uma dimensão virtuosa tal qual foi à invenção da agricultura e da
revolução industrial para as sociedades daquelas épocas, e da abertura dos
portos, em 1808, à vida da então colônia e dos brasileiros.
“Somos
amantes da beleza sem extravagâncias e amantes da filosofia sem indolência.
Usamos a riqueza mais como uma oportunidade para agir que como um motivo de
vanglória; entre nós não há vergonha na pobreza, mas a maior vergonha é não
fazer o possível para evitá-la. Ver-se-á em uma mesma pessoa ao mesmo tempo o
interesse em atividades privadas e públicas, e em outros entre nós que dão
atenção principalmente aos negócios não se verá falta de discernimento em
assuntos políticos, pois olhamos o homem alheio às atividades públicas não como
alguém que cuida apenas de seus próprios interesses, mas como um inútil; nós
cidadãos atenienses, decidimos as questões públicas por nós mesmos, ou pelo
menos nos esforçamos por compreendê-las claramente, na crença de que não é o
debate que é o empecilho à ação, e sim o fato de não se estar esclarecido pelo
debate antes de chegar a hora da ação” [Cícero em: A Oração Fúnebre].
E o
desenvolvimento rural sustentável como processo multidimensional, dialético e libertador: requer ruptura e
limitação, ordenamento e envolvimento, pensar e agir. É a política o
instrumento de compromisso e controle social do processo econômico, patrimonial
e ecológico capaz de traçar os princípios de justiça como equidade, com base na
posição original do indivíduo na sociedade e adotada por todos sem qualquer
distinção, sob a perspectiva de melhorar a vida, no presente, dos que moram no
campo – pequenos comerciantes, trabalhadores de aluguel, agricultores e extrativistas
familiares, povos e comunidades tradicionais: assegurando-lhes autonomia na
escolha de seus planos de vida.
E
não mais o modo de produção dominante, que no seu dia a dia é incapaz de assegurar a
existência de condições de vida digna aos rurícolas face à precariedade da
renda e moradia, da baixa produtividade da terra e da mão de obra, da má
qualidade da alimentação e do lazer, como por serviços essenciais ineficazes;
ora por políticas públicas [distributivas, redistributivas e reguladoras] clientelistas
que solapam seus interesses, depois de ter destruído o campesinato e boa parte
dos artesãos urbanos, desertificado regiões inteiras, apelado para o exército
de reserva de trabalhadores rurais e imigrantes; torna relevante a tirania: da
informação, mídia, dinheiro e corrupção.
E tem criado grandes aglomerações citadinas e pequenas aglomerações rurais, desumanas e inadministráveis que condenam milhões de trabalhadores ao sobretrabalho, subemprego e ao desemprego, marginaliza-os, e agrava as relações culturais e familiares, principalmente em relação às crianças, adolescentes e mulheres – http://www.ecodebate.com.br/2014/03/05/as-desigualdades-de-genero-na-america-latina-e-caribe-artigo-de-jose-eustaquio-diniz-alves/
E tem criado grandes aglomerações citadinas e pequenas aglomerações rurais, desumanas e inadministráveis que condenam milhões de trabalhadores ao sobretrabalho, subemprego e ao desemprego, marginaliza-os, e agrava as relações culturais e familiares, principalmente em relação às crianças, adolescentes e mulheres – http://www.ecodebate.com.br/2014/03/05/as-desigualdades-de-genero-na-america-latina-e-caribe-artigo-de-jose-eustaquio-diniz-alves/
E
para diminuir esse processo de mercadorização crescente [tudo está à venda]:
dos recursos naturais às pessoas; as gerações presentes e futuras [famílias,
empresas, escolas, movimentos sociais e ambientais] devem alfabetizar-se em princípios ecológicos [interdependência, diversidade,
reclicagem, cooperação e flexibilidade (CAPRA, 2002)] em proveito de estilos de
vida interdependentes. Esses princípios são realidades em sociedades autóctones
e tradicionais, onde as trocas desiguais econômicas e ecológicas inexistem.
Ademais,
a pesquisa agropecuária e a extensão rural, em geral, no país por ser um serviço precário, ineficaz, não promove nem os princípios ecológicos propostos por Capra, nem o Bem-estar aos
usuários e a sociedade baseado no acesso e no usufruto dos bens
primários são vitais [segundo Rawls (2002)
são eles: autoestima, inteligência, imaginação, saúde e
vigor, oportunidades, renda, riqueza,
liberdades, direitos].
Em Alagoas, a EMATER [apesar de se denominar: Instituto de Inovação para o Desenvolvimento Rural Sustentável de Alagoas] realiza um serviço surreal! A EMATER, não tem sido uma ferramenta para a construção de tipos de desenvolvimento rural sustentável, para ajudar os agricultores e extrativistas familiares, os povos e comunidades tradicionais e outros rurícolas, principalmente os jovens rurais e suas famílias descentralizarem decisões e institucionalizarem a igualdade democrática nos diversos territórios, para gozarem de vida digna e de felicidade.
E TEO VILELA, o governador de Alagoas, segue esse raciocínio surreal, pois, continua demitindo, os servidores da CARHP[1], sem pagar o que lhes é devido [inclusive, o FGTS], principalmente os da
EMATER e da ADEAL, confirmando seu desprezo pelo Bem-estar dos agricultores e
extrativistas familiares, dos povos e comunidades tradicionais e suas famílias, e da sociedade em geral. Acesse o link abaixo: questionário que avaliou a opinião de eleitores quanto à aprovação de 27 governadores, e
confirme: TEO VILELA é péssimo governante – http://noticias.uol.com.br/infograficos/2013/12/13/pesquisa-cni-ibope.htm
Em Alagoas, é necessário que o serviço da EMATER seja eficaz [com profissionais concursados e não de bolsitas (que pela alta rotatividade da mão de obra, configura-se num desperdício do dinheiro do contribuinte, há mais de 03 anos), e com servidores da CARHP – Emprego para mais velhos é o que mais cresce no país: http://www1.folha.uol.com.br/mercado/2014/02/1409503-emprego-para-mais-velhos-e-o-que-mais-cresce-no-pais.shtml].
Em Alagoas, é necessário que o serviço da EMATER seja eficaz [com profissionais concursados e não de bolsitas (que pela alta rotatividade da mão de obra, configura-se num desperdício do dinheiro do contribuinte, há mais de 03 anos), e com servidores da CARHP – Emprego para mais velhos é o que mais cresce no país: http://www1.folha.uol.com.br/mercado/2014/02/1409503-emprego-para-mais-velhos-e-o-que-mais-cresce-no-pais.shtml].
Ademais, TEO VILELA propagandeia os
Objetivos de Desenvolvimento do Milênio [http://www.pnud.org.br/ODM.aspx], enquanto
dezesseis dezenas de pessoas morreram por falta de água tratada [http://noticias.uol.com.br/cotidiano/ultimas-noticias/2013/12/05/apos-165-mortes-por-diarreia-policia-investigara-qualidade-da-agua-fornecida-a-sertanejos-em-al.htm];
e continua propagandeando os benefícios futuro do
Canal do Sertão – um despautério com o dinheiro público.
TEO VILELA gaste investindo na EMATER, no seu atual quadro de servidores, em concurso público, em capacitação para promover na esfera pública o debate sobre Bem-Estar dos agricultores e extrativistas familiares, dos povos e comunidades tradicionais, dos jovens rurais, que necessitam de um serviço de Extensão Rural de qualidade. A Extensão Rural é um serviço da sociedade alagoana e brasileira.
“Alagoas detém uma perversa concentração de renda: a maior parte das riquezas está nas mãos de apenas 12 famílias” [3], enquanto “tem 1,67 milhão de pessoas pobres e miseráveis” [4], entre elas, os jovens rurais os agricultores e extrativistas familiares e outros rurícolas. Não obstante, livre entre iguais está vis-à-vis ao discurso do governador TEO VILELA [2]: “Governar é promover o bem comum":
“A esfera pública, é o lugar do exercício da individualidade dos cidadãos,
onde revelam suas identidades e podem conseguir a realização pessoal ao
tratarem dos negócios coletivos”[Cardoso Júnior em Hannah Arendt, 2007]. E o tirocínio
escolar é vital para o exercício de direitos e deveres; no entanto, o
abandono aos moradores rurais-contribuintes é exuberante, a começar pelo
fechamento de escolas – http://noticias.terra.com.br/brasil/cidades/sem-incentivos-8-escolas-sao-fechadas-por-dia-na-zona-rural,62d73c93f8784410VgnVCM3000009af154d0RCRD.html
TEO VILELA gaste investindo na EMATER, no seu atual quadro de servidores, em concurso público, em capacitação para promover na esfera pública o debate sobre Bem-Estar dos agricultores e extrativistas familiares, dos povos e comunidades tradicionais, dos jovens rurais, que necessitam de um serviço de Extensão Rural de qualidade. A Extensão Rural é um serviço da sociedade alagoana e brasileira.
“Alagoas detém uma perversa concentração de renda: a maior parte das riquezas está nas mãos de apenas 12 famílias” [3], enquanto “tem 1,67 milhão de pessoas pobres e miseráveis” [4], entre elas, os jovens rurais os agricultores e extrativistas familiares e outros rurícolas. Não obstante, livre entre iguais está vis-à-vis ao discurso do governador TEO VILELA [2]: “Governar é promover o bem comum":
Aliás,
na esfera pública, com cidadãos livres e iguais, é necessário: indagar, planejar, executar e
corrigir atitudes, práticas e políticas sobre a riqueza privada e a pública: do
uso, conservação e preservação dos potenciais ecológicos [da terra, água,
variabilidade genética à beleza estética] às manifestações culturais [do
patrimônio imaterial ao afeto]; da arrecadação e distribuição dos tributos
[justiça social] ao projeto pedagógico de educação à vida digna.
Publicado pela Tribuna Independente, Maceió/Alagoas
[1] CARHP - Companhia de Administração de Recursos Humanos e Patrimoniais
[2] Primeira Edição, 03-09/01/2011
[3] Extra,
20/01/2011
[4] Gazeta de
Alagoas, 13/02/2011
Bem lembrado essa pesquisa de avaliação de governantes, pois mostra quão péssimo gestores são a maioria esses governantes, a começar pelo de Alagoas. Toninho
ResponderExcluirBom para ler aos domingos, com sempre faço. Mauricio
ResponderExcluirNum estado de agricultores pobres é abusivo demitir servidores experientes como os Carhp, Vera
ResponderExcluirParabéns pelo ótimo texto. Cássio
ResponderExcluirUm bate pronto na apatia da sociedade. Gabriela
ResponderExcluirPara exercer a cidadania, é relevante o tirocínio escolar. Oto
ResponderExcluirPrecisamos ficar indignados para agir? Mauricio
ResponderExcluirVamos votar melhor. Pedro
ResponderExcluirTudo é uma questão de exercício de cidadania. Valter
ResponderExcluirLivres e iguais é o retrato do que não a maioria dos brasileiros. Mariana
ResponderExcluirContinue denunciando os problemas enfrentados pelos agricultores e suas famílias e sugerindo soluções. Marcelo
ResponderExcluirValeu! Gustavo
ResponderExcluirEste comentário foi removido pelo autor.
ResponderExcluirGoverno só de discurso. Hélio
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