sábado, 10 de setembro de 2011

EMATER, não se fala de saudade,mas de eficiência!

Marcos Antonio Dantas de Oliveira

Em Alagoas, a relação servil é intensa, está ancorada pelos piores indicadores sociais do País. Influi no atendimento aos agricultores, extrativistas, pescadores e suas famílias [povos e comunidades tradicionais] pelo serviço de Pesquisa e Extensão Rural, um dos mais ineficazes do País. Formal e informal, essa relação fragiliza o tecido social, ora pelo aumento de agricultores sem terra e de pouca terra, ora pelo êxodo rural, e uma certeza, vida marcada pela pobreza e indigência – mais de 50% são pobres [renda per capita de até meio salário mínimo].

E Governador reconhece: “Alagoas tem sido, historicamente, o Estado onde quem mais precisa é quem menos recebe. Mas asseguro que o nosso trabalho e a nossa união podem corrigir esse desvio”, (Honestamente, nunca se fez tanto. Governo de Alagoas, 2007) – “A área rural de Viçosa é formada por 93,7% de agricultores familiares, desses 67% quase sem renda para investir na agricultura de subsistência” (Tribuna Independente, 07/set/2011).

E os agricultores, extrativistas, pescadores e suas famílias como grandes contribuintes [“Pobres no Brasil pagam mais impostos, diz IPEA (Gazeta de Alagoas, 20/mai/2011), exijam do governo estadual que o usufruto das energias despendidas por elas e famílias para gerarem riquezas, rendas, ocupações e tributos sejam-lhes devolvidas, com: serviços decentes para melhorar sua incômoda posição social, e nesse sentido, assegurar-lhes o acesso e a apropriação dos bens primários: riqueza, terra, tributos, água, renda, alimentação, inteligência, felicidade... .

É função do Estado, promover justiça social – distribuir os benefícios e encargos da cooperação social equitativamente.

Assim querem: Uma Empresa Pública de Direito Privado de Pesquisa e Extensão Rural. Uma das soluções para cumprir o Artigo 2, Inciso XIV da Constituição Estadual: Promover as condições necessárias para a fixação do homem do campo, a presente e futuras gerações, através de uma política de desenvolvimento rural, onde o estabelecimento agrícola e não agrícola [Lei 11.326] sejam lugares de regulação do êxodo rural, por emprego de estratégias sustentáveis: o uso da terra e da água, da organização do trabalho, da mais-valia [da maximização da renda líquida], do lazer, e por outras políticas públicas: de saneamento básico, planejamento familiar, segurança alimentar, inclusão digital, rendas não produtivas e de juventude rural [literalmente abandonada].

E, que o incremento de riqueza privada e maior acesso à riqueza pública, favoreçam a reprodução de suas lógicas familiares: modos de produzir, consumir, conviver e entreter sob os princípios ecológicos, e que resultem em conforto material e espiritual, vida digna aos agricultores, extrativistas, pescadores e suas famílias [povos e comunidades tradicionais] como protagonistas.

Por fim, convido-os, segunda-feira, dia 12, às 15h na Assembléia Legislativa à Audiência Pública sobre o serviço de Pesquisa e Extensão Rural – sobre a NOVA EMATER. Vamos lotar a CASA do POVO, por uma EMATER, enquanto Empresa Pública de Direito Privado. Diga não a Autarquia!

Publicado pelo EXTRA, Maceió – Alagoas, 2011

4 comentários:

  1. Você continua sua luta visando o bem estar dos agricultores familiares. Parabéns, Cássio

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  2. Tenho boas razões para participar desta sessão. Joel

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  3. Estou acessando seu blog, agora com recomendação de um amigo. Muito bom. Armando

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  4. Parabéns pelo texto. Sandra

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