segunda-feira, 3 de novembro de 2025

Nalgum momento, é bem possível

              Marcos Antonio Dantas de Oliveira[1]

Que o indivíduo (o consumidor) ao compartilhar experiências, leituras e filosofias sobre a liberdade, pensa, age e usa o instinto (liberdade e ação) e a razão (controle e previsão) para prover suas necessidades e autorrealizações: comida, água, abrigo, roupa, produção, consumo, bem viver entre tantas outras, e assim escolhe suas preferências temporais, individual e coletiva, ora poupando ou consumindo, ora hoje ou amanhã, em ambientes públicos e privados, que estimulando suas instituições econômicas e políticas inclusivas impulsionam a livre iniciativa, o livre mercado e o Estado de Direito, pela eficiente cooperação, troca e interação pacíficas nessa era digital acessível, ampliada e onipresente, certamente, pela ação advinda da liberdade espontânea e imprevisível e de seus valores: razão, propósito, autoestima e ética – é uma ação proposital do indivíduo, sob qualquer condição.

Nalgum momento, essa “geração corre perigo de esquecer não só que a moral é, por essência, um fenômeno da conduta pessoal, mas também que ela só pode existir na esfera em que o indivíduo tem liberdade de decisão e é solicitado a sacrificar voluntariamente as vantagens pessoais à observância de uma regra moral” (Friedrich August von Hayek). “Mas se não houvesse liberdade, então a lei moral não poderia de forma alguma ser encontrada em nós” (Immanuel kant). É bem possível.  

Nalgum momento, é bem possível que, os indivíduos, entre eles, os agricultores familiares possam livrar-se desses desconfortos presentes, agindo via suas próprias criações: sociedade, governo entre tantas outras. Isto posto, é vital uma concertação, interna e externa, dessas criações, que ora atuam como instituições extrativistas, para o conforto dos ‘donos-cooperados’ em instituições inclusivas políticas e econômicas. 

Nalgum momento, certamente, impelidos pela ética, que é o agir do indivíduo em obediência ao não obrigatório; e pelas vantagens pessoais à observância de uma regra moral, com outros voluntariamente, busquem realizar suas preferências temporais, individual e coletiva; logo, satisfazem à reciprocidade pelas quais os homens cooperam e consideram sua felicidade e de outros para bem vivenciarem seus valores, que alicerçados na natureza humana, no processo social e no conceito de equidade ora, pela observação e ciência, experiência e utilidade, necessidade e interesse, talento e habilidade, prudência e perseverança prosperam numa ordem espontânea exercitando o estado de Direito; pois, fazem uma gestão estratégica limitada por normas de conduta justa, uma exitosa aliança de qualquer natureza, uma oportuna e vibrante relação triangular entre o indivíduo (com liberdade econômica), o dirigente-líder (com gestão eficiente e eficaz) e o consumidor (com bens e serviços, úteis e agradáveis), dá-lhes, distinção e satisfação consigo mesmo e com outros. É bem possível.

Nalgum momento, por certo, o indivíduo pelo exercício do estado de Direito impulsiona o Desenvolvimento Sustentável que acontece quando “o indivíduo que, baseado no seu juízo de valor, age numa ordem espontânea e, no exercício do estado de Direito, cria uma ideia de negócio  uma organização social em cooperação propositada com outros  escolhe, satisfeito suas preferências temporais, individuais e coletivas. Utilizam o talento, a habilidade e a competência para decidir como preservar e utilizar, com eficiência, os fatores de produção e tributos; transforma-os bens e serviços funcionais, convenientes e confiáveis e, com eficácia, oferece-os no livre mercado, pautado no conceito de valor do consumidor, para bem vivenciar seus valores”. É bem possível.

Nalgum momento, o estado de vida e da vida pode ser salvaguardado por regras voluntárias entre os indivíduos, enquanto, apenas enquanto, a lei for “a organização coletiva do direito individual em legítima defesa”, como anuncia Bastiat; pois, “o mais grave perigo que hoje ameaça a civilização é a intervenção do Estado”, observa Ortega y Gasset. É bem possível. 

 



[1] Mestre em Desenvolvimento Sustentável e professor da UNEAL