Uma vez que, indagações sobre
viver junto e pertencimento são necessárias e oportunas para entender os
conflitos (exemplo: pandemia de Covid-19) e buscar soluções para as frágeis,
desiguais e complexas relações sociais, ecológicas e pessoais, nos e entre
países neste século. Todavia não é novidade, há milênios o Homo sapiens é um exímio predador. Ainda assim, nós precisamos atingir mortalmente essas imperativas
ditaduras de qualquer tipo que impedem que a individualidade, a liberdade e a posse
alavanquem o Desenvolvimento Sustentável (OLIVEIRA) “quando o indivíduo baseado em seu julgamento de valor e propositalmente em cooperação cria uma organização numa ordem espontânea e ampliada e em pleno Estado de Direito, uma ideia de negócio, utiliza sua capacidade organizacional para preservar e usar com eficiência os fatores de produção e tributos; transformando-os com eficácia em bens e serviços funcionais, convenientes e confiáveis satisfaz suas preferências temporais, individual e coletiva, para o bem viver – o Estado da Arte” (Oliveira).
E para iluminar o por quê do título: A vida não é um jogo de soma zero. Leia o artigo
abaixo de Juan Ramón Rallo [Mises Brasil] – Por que a economia não é um jogo de soma zero – O bolo não possui
tamanho fixo, ele cresce e permite fatias cada vez maiores para todos.
Apesar de toda a ampla literatura disponível,
ainda há pessoas que genuinamente acreditam que a economia é um jogo de soma
zero, isto é, que para algumas pessoas ganharem outras têm necessariamente de
perder.
Tais
pessoas acreditam que a economia seria uma espécie de bolo, cujo tamanho é fixo
e representa toda a riqueza disponível. Sendo assim, cada indivíduo que se
apossa de uma fatia está na realidade retirando esta fatia da boca de outro
indivíduo.
A
verdade, no entanto, é que este bolo de riqueza não tem um tamanho fixo; ao
contrário, ele cresce de maneira tal que há cada vez mais quantidade disponível
para todos.
As circunstâncias e as ações
O
fundador da Escola Austríaca de economia, Carl Menger, deixou claro que, para que uma coisa
possa ser considerada um bem econômico, quatro circunstâncias devem ser
observadas: 1) deve existir uma necessidade humana; 2) a coisa em questão deve
ser capaz de satisfazer essa necessidade humana; 3) o indivíduo deve conhecer a
adequabilidade da coisa em satisfazer sua necessidade; e 4) o indivíduo deve
usufruir poder de disposição sobre esta coisa.
Tendo em
mente estas quatro circunstâncias às quais o austríaco condicionou a existência
de bens econômicos, podemos deduzir por que a economia não é um jogo de soma
zero na qual toda a riqueza possível já se encontra dada de antemão.
Em
primeiro lugar, a imensa maioria das coisas, na
forma como se encontram em seu estado natural, não nos permite satisfazer
nossas necessidades. Por mais que toda a matéria já exista e esteja disponível
na natureza, ela não nos foi dada de uma forma que nos permita satisfazermos
nossas necessidades. A matéria tem de ser trabalhada e transformada por meio do
trabalho e de investimentos.
A madeira
das árvores deve ser cortada e processada para a fabricação de abrigos dentro
dos quais iremos morar; as terras têm de ser aradas e cultivadas para que
possamos colher alimentos que irão saciar nossa fome; o ferro e o alumínio têm
de ser extraídos das minas para que seja possível a fabricação de aviões que
irão nos transportar de um ponto do globo a outro.
Só é
possível criar riquezas quando transformamos coisas (que não satisfazem
diretamente nossos desejos) em bens (que satisfazem). É por isso que recursos
minerais que estão no subsolo não configuram riqueza por si só. Eles têm antes
de ser transformados. E isso só irá ocorrer com investimentos maciços,
mão-de-obra capacitada e tecnologia avançada.
Em
segundo lugar, a incapacidade dos objetos em seu estado natural em satisfazer
diretamente nossas necessidades advém do fato de que nem sequer conhecemos
todas as suas combinações e usos possíveis. A tecnologia, que é a arte de
combinar e ordenar a matéria para que ela gere o resultado desejado, também não
nos vem dada; antes, ela deve ser descoberta por meio da investigação e da
experimentação, duas atividades que, por sua vez, requerem o uso de outros bens
econômicos.
Em outras
palavras, dado que não somos oniscientes, não apenas temos de criar bens
econômicos a partir das coisas que nos circundam, como também temos de
descobrir informações acerca de como transformar essas coisas em bens
econômicos — informações que, por si só, constituem uma nova fonte de riqueza.
Terceiro
e último, por mais adequado que seja um bem em satisfazer nossas necessidades,
ele será totalmente inútil se não o tivermos ao nosso alcance. A natureza pode
ter sido generosa em nos agraciar com rios caudalosos por todo o planeta; no
entanto, estes rios não proporcionarão nenhum serviço àquele indivíduo que se
encontra no meio do deserto.
Em outras
palavras, não apenas temos de produzir os bens, como também temos de saber
distribuí-los aos seus usuários finais.
Continue lendo e refletindo o artigo: Por que a economia não é
um jogo de soma zero, para continuar indagando por que: A vida não é um jogo de soma zero, acessando o https://www.mises.org.br/Article.aspx?id=1751